Por isso mesmo seu depoimento esvaziando um dos mitos mais insidiosos do ambientalismo catastrofista é insuspeito.
Ward qualifica de muito perigoso para a humanidade a ilusão ambientalista que apresenta a natureza de modo idílico e como oposta à civilização.
Para ele, o apelo ambientalista de uma “reconciliação” do homem com a natureza, retornando ao estilo primitivo de vida ‒ como seria o caso dos índios no Brasil ‒ é irreal.
De fato, esse mito é uma utopia que já fascinou os espíritos “iluminados” que preparam as massacres do Terror na Revolução Francesa. Jean-Jacques Rousseau foi o grande bardo.
O mesmo mito foi atualizado com a teoria ambientalista de Gaia, não menos fantasiosa que as de Rousseau.
No Brasil é pregado e posto em prática até com violência por órgãos como o CIMI ou a Funai, por exemplo na Roraima.
Peter Ward, trabalha para a Nasa e para a Universidade de Washington. Ele concedeu elucidativa entrevista a “Veja” sobre a matéria.
Ward escreveu o livro The Medea Hypothesis (A Hipótese Medeia), onde contesta a “hipótese Gaia”, versão Nova Era do velho mito, criada pelo inglês James Lovelock.
Eis excertos da entrevista:
Num mundo com 6 bilhões de habitantes, não poderemos abrir mão das conquistas de nossa civilização tecnológica se quisermos cuidar de doenças e produzir alimentos em larga escala, para ficar nas necessidades mais básicas.
A civilização pré-industrial dos sonhos ambientalistas resultaria, muito rapidamente, em fome global. A fome acarretaria guerras e há poucas coisas feitas pelo homem mais devastadoras para o ambiente do que a guerra.
Esse é um dos motivos por que os “verdes” deveriam deixar de lado sua aversão à tecnologia, e considerá-la uma aliada.
Mas há outra razão para abandonarmos a tese do retorno ao primitivismo. A história do planeta mostra o contrário: a vida está sempre conspirando contra si própria, está sempre no caminho da autodestruição.
Cabe a nós, humanos, refrear essa tendência, mais uma vez, por meio de nossa inteligência e da tecnologia.
‒ Ward: Ao contrário do que propõe uma das teorias mais difundidas nos últimos quarenta anos, a famosa hipótese Gaia, a mãe natureza não cuidará de nós eternamente se apenas voltarmos ao seu seio.
Gaia é uma referência à deusa Terra na mitologia grega, cujo nome também pode ser traduzido como “boa mãe”. A hipótese tem duas versões. Uma diz que os seres vivos colaboram entre si para manter as condições ambientais dentro de parâmetros compatíveis com a manutenção da vida.
A outra, mais radical, afirma que os organismos não apenas estão programados para manter os padrões de “habitabilidade” da Terra, como ainda conseguiriam melhorar a química da atmosfera e dos oceanos.
Essas duas versões da hipótese Gaia estão totalmente erradas.
Tomados em conjunto, os organismos existentes na Terra interagem com o ambiente de tal maneira que, a longo prazo, a vida tende a desaparecer. A natureza se comporta como Medeia, a mãe impiedosa que, na mitologia grega, mata os próprios filhos.
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Excelente Blog.
ResponderExcluirBoa Sorte.
FBonSin