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domingo, 23 de abril de 2023

Eólicas tiram o sono e danificam a saúde

Ditatorialismo ambientalista pouco liga para o bem-estar da população
Ditatorialismo ambientalista pouco liga para o bem-estar da população
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






Um argumento habitualmente usado pelo ambientalismo para frear projetos consiste em exigir um estudo provando a priori que ele não causará danos ambientais ou relevantes. Trata-se das tão abusadas "análises de impacto ambiental".

Porém, quando se trata do capricho ideológico verde esse argumento não vale. E assim as turbinas eólicas, decretadas fonte de energias “limpas” e “boas”, invadiram a paisagem europeia.

E o bem-estar dos cidadãos? A pergunta soa como uma blasfêmia. Se os verdes dizem que são “limpas” e “boas”, os cidadãos que engulam!

Agora, após instalarem milhares dessas turbinas, a saúde dos sofridos vizinhos desses engenhos dá sinais de graves prejuízos.

Os parques de energia eólica causam danos “claros e significativos” à saúde mental e ao sono dos vizinhos, como ficou constatado pelo primeiro estudo científico “full peer-reviewed” sobre o problema, vinha informando o jornal inglês “The Daily Telegraph”.

Cientistas americanos e britânicos compararam a saúde de dois grupos de residentes no estado americano de Maine, um dos quais morava no raio de uma milha de um parque de energia eólica, enquanto o outro não.

Embora os dois grupos fossem socialmente semelhantes, os pesquisadores descobriram importantes diferenças na qualidade do sono dos dois.

Os pesquisadores usaram duas escalas de medição científica: 1) o Pittsburgh Sleep Quality Index, que mede a qualidade do sono; 2) o Epworth Sleepiness Scale, que mede a sonolência das pessoas acordadas.

“As pessoas que vivem perto de parques eólicos industriais têm pior sono”, segundo os dois critérios, observou o trabalho dos pesquisadores Michael Nissenbaum, Jeffery Aramini e Chris Hanning.

“Houve clara e significativa relação, com a diminuição dos efeitos na medida em que aumenta a distância das turbinas”, acrescenta.

Os pesquisadores também acharam “significativa” relação com uma saúde mental empobrecida, provavelmente por causa do mau sono.

Mais de 25% das pessoas disseram que foram diagnosticadas com depressão e ansiedade desde que as eólicas começaram a funcionar perto de suas casas. Também 25% passaram a tomar comprimidos para dormir.

No outro grupo não houve nenhum caso registrado.

O estudo “Effects of industrial wind turbine noise on sleep and health” foi publicado na revista “Noise and Health”.

Diferentemente de outros fatores perturbadores do sono, o ruído das turbinas eólicas varia muito em função da direção e da velocidade do vento, durante períodos muito longos de tempo.

A lei inglesa fixa o barulho máximo dessas turbinas em 42 decibéis, o que equivale a dizer que não podem ser instaladas a menos de 320-502 metros das residências, segundo os moradores locais.

Agora a Comissão Nacional de Infraestrutura (NIC) recomendou para persuadir as comunidades que se opõem às eólicas e seus maus efeitos que sejam tranquilizadas com compensações do gênero playgrounds e instalações esportivas, informou o mesmo “The Daily Telegraph”.


Vizinhos das turbinas têm que frequentar psiquiatra e tomar psicotrópicos para dormir
Vizinhos das turbinas têm que frequentar psiquiatra e tomar psicotrópicos para dormir
Porém, as queixas da população estão crescendo e os municípios pedem um maior afastamento. Wiltshire, por exemplo, adotou distâncias mínimas entre 1.300 e 2.900 metros, dependendo do tamanho das turbinas.

O Dr. Lee Moroney, diretor da Renewable Energy Foundation, declarou que “esta situação obviamente é inaceitável e está criando um monte de vizinhos zangados, mas a indústria e o governo respondem de modo lerdo e com muita relutância”.

O então ministro de Energia britânico, John Hayes, denunciou que as turbinas eólicas “pipocaram em todo o país sem prestar atenção nos interesses das comunidades locais ou nos seus desejos”.

Dizendo “demais é demais” Hayes pareceu defender uma moratória de novas instalações, mas essas continuaram atropelando a paz dos moradores do interior.

Na ocasião, também o ministro da Justiça em cargo, George Osborne, manifestou-se cada vez mais cético quanto à eficácia dessas turbinas, que são pesadamente subsidiadas pelo Estado, peso econômico que não cessa de aumentar.

Na realidade, os parques de energia eólica só geram a quarta parte de sua capacidade teórica, devido à mutação dos ventos. Em 2013, 100 deputados conservadores pediram ao primeiro ministro para deter a expansão dessa insensatez.

Porém, o governo parece importar-se pouco com o que pensam e sofrem os cidadãos. E a União Europeia, não para de preparar novas diretivas para impor mais dessas instalações insalubres à Grã-Bretanha e à Europa.

Além de imposições ditatoriais baixadas por Bruxelas, o Parlamento Europeu aprovou aumentos obrigatórios na produção dessas energias renováveis até 2030.

O dirigismo ambientalista não pensa sequer nos humanos, como que um velho imperador romano que não pensava muito em seus escravos e no máximo oferece em troca o vil "pão e circo".



Um comentário:

  1. Se o barulho causado pelos cataventos incomoda aos ingleses, talvez seja porque eles os instalam no fundo do quintal. Mas, aqui no Brasil temos espaço de sobra para eles, longe das casas, onde o tal 'barulho' só pode incomodar algum joão de barro que tenha feito a casa no topo da torre do catavento. Isto não é motivo para não aproveitarmos a única fonte de energia que está disponível praticamente em qualquer lugar.

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