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domingo, 4 de julho de 2021

Dirigismo e privação em “lockdowns climáticos”

Absurda ideia de lockdowns climáticos para salvar o clima prospera em altas esferas
Absurda ideia de lockdowns climáticos para salvar o clima
prospera em altas esferas
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs








O líder da maioria do Senado dos Estados Unidos, o democrata Charles “Chuck” Schumer está pedindo ao presidente Biden que declare uma “emergência climática nacional”.

Com essa medida de exceção os governadores ambientalistas teriam “poderes de emergência” ditatoriais, denunciou Marc Morano, do informado site Climate Depot, no programa Fox News.

Mas não é só ele que pede poderes arbitrários, prosseguiu Morano. Também “os funcionários da Organização Mundial de Saúde estão recomendando bloqueios climáticos. ...

“No Reino Unido, eles propuseram cartões de racionamento de CO2 para que o governo ou empregadores monitorassem seus níveis de CO2, seu uso de energia.....

E acrescentou que “um orçamento de CO2 para cada homem, mulher e criança no planeta foi proposto por um consultor climático alemão”.

Morano denunciou nesse sentido o “principal relatório do Reino Unido” e o “relatório da Agência Internacional de Energia (...) pedindo essencialmente o mesmo tipo de bloqueio”.

Esse lockdown restringe a movimentação dos cidadãos a ponto de que na “emergência climática você só pode voar quando é 'moralmente justificável'”.



Nenhum destes absurdos ditatoriais é muito novo, mas agora seus fanáticos propugnadores estão muito bem posicionados.

Lockdowns dos voos para salvar o clima? A ideia outrora seria de um louco.
Lockdowns dos voos para salvar o clima?
A ideia outrora seria de um louco.

Acresce que a confusão introduzida pela pandemia lhes permite ousar a aplicação de seus planos preconcebidos sobre uma humanidade desavisada.

Morano alertou: “Eles estão visando a liberdade de movimento; eles estão perseguindo a propriedade de um carro particular, eles estão indo atrás de tudo que significa ser uma pessoa livre e entregando isso ao Estado que administraria tudo”.

Em poucas palavras um Estado totalitário verde/vermelho.

A economista italiana Mariana Mazzucato, professora do Centro de Economia da Inovação e Valor Público da University College de Londres, abriu mais jogo na hora de detalhar esse radical “bloqueio climático”.

“Os governos limitariam o uso de veículos particulares, proibiriam o consumo de carne vermelha e imporiam medidas extremas de economia de energia, enquanto que as empresas que trabalham com combustíveis fósseis teriam que parar de perfurar [poços de extração]”, disse ela.

Mas, astuciosa – e tal vez, imprudentemente – abre ainda mais jogo e enuncia o verdadeiro objetivo que seria apresentado como a alternativa para evitar um futuro tão negro.

“Para evitar tal cenário, devemos reformular nossas estruturas econômicas e fazer o capitalismo de maneira diferente”.

 Esta proposta já se sai do estritamente ecológico ou ambiental e envolve imensas transformações socioeconômicas que não explica direito, mas soam a anticapitalismo radical propagado por uma militante que o The New York Times definiu como "a economista de esquerda com uma nova história sobre o capitalismo". Cfr. BBC News "A economista que defende uma mudança radical do capitalismo para o mundo pós-pandemia".

Pois enuncia um objetivo que há tempos só as esquerdas mais extremistas reclamam na política e na economia.

O plano da prof. Mazzucato foi publicado pela primeira vez em outubro de 2020 pelo Project Syndicate, uma organização de mídia financiada pela Open Society Foundations, da Bill & Melinda Gates Foundation.

O churrasco será também proibido pelos planos de lockdowns climáticos
O churrasco será também proibido pelos planos de lockdowns climáticos???
Foi republicado pelo Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável (WBCSD), que se descreve como “uma organização global liderada por CEOs de mais de 200 empresas líderes trabalhando juntas para acelerar a transição para um mundo sustentável”.

A WBCSD reúne grandes empresas cujas receitas anuais somadas atingem 8 trilhões de dólares, diz Morano. É um grupo que representa quase todos os bancos, empresas de petróleo e gigantes da tecnologia do planeta.

As propostas contidas nas fontes acima mencionadas não contem tanto argumentos, mas sim um ultimato, disse ainda Morano.

São como uma arma apontada para a cabeça coletiva do público, defendeu ele.

Mazzucato no fundo diz aos simples cidadãos: “não queremos trancá-los dentro de suas casas, forçá-los a comer cubos de soja processados e levar embora seus carros”.

Para evitar esse horror propõe que os homens se curvem à proposta ambientalista. Mas “talvez seja necessário, se você não seguir nosso conselho” ameaça Mazzucato.

Em poucas palavras: uma chantagem planetária por uma Revolução Cultural monstruosa que o Papa Francisco já preparou religiosamente na encíclica ‘Laudato Si’ e no Sínodo da Amazônia.


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