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domingo, 7 de maio de 2023

Holanda recusa ambientalismo oficial

Fundadora do BBB se emociona com a vitória eleitoral inesperada de seu partido anti-ambientalista
Fundadora do BBB se emociona
com a vitória eleitoral inesperada de seu partido anti-ambientalista
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







O novel Movimento Cidadão Agricultor (BoerBurgerBeweging), ou BBB, partido de agricultores contrários à política ambientalista do governo, ganhou entre 16 e 17 das 75 cadeiras do Senado holandês e se transformou no maior partido da Holanda, relatou o “Correio Braziliense”.

O BBB foi o partido mais votado na maioria das 12 províncias do país.

Duro golpe também sofreu o partido ecologista de esquerda ou “GroenLinks” que após a derrota nas urnas se uniu ao Partido Socialista para formar um bloco apresentável no Senado.

A política ecologista do governo sofreu um duro golpe, após ter aplicado medidas que danificam os produtores rurais com o pretexto de lutar contra o aquecimento global.

O partido do governo – Partido da Liberdade e Democracia (VDD) do primeiro-ministro Mark Rutte – que vinha promovendo os projetos ambientalistas reprovados, ficou relegado a 10 vagas.

Nem a líder do BBB, Caoline van der Plas, podia acreditar nos resultados oficiais quando foram divulgados.

Ela acabou adotando a posição geral de que sua vitória se deveu à repulsa popular às reformas ambientalistas: “as pessoas fizeram ouvir suas vozes, e de que maneira!”, disse.

Os verdadeiros conhecedores da natureza derrotaram o esquerdismo ecologista
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O BBB foi criado há apenas quatro anos, e juntou-se a uma onda nacional de protestos contra os planos do primeiro-ministro de reduzir as emissões de gases do efeito estufa recortando o número de cabeças de gado até fechando fazendas, após compra pelo Estado.

Uma reforma agrária à holandesa.

O BBB ecoou os sentimentos populares mais amplos, inclusive citadinos, numa população que não suporta mais as imposições da Uniao Europeia e do IPCC da ONU.

“A histórica vitória do BBB é o resultado de muitos votos de protesto”, reconheceu Marleen de Roy, jornalista política da televisão pública NOS.

Os holandeses estão indignados com as medidas que supostamente reduziriam as emissões de nitrogênio em 50% até 2030. Medidas que junto com outras demagogias propalam combater às mudanças climáticas mas, na prática, vão reduzir em até 30% da pecuária do país, escreveu “El Debate” de Espanha.

A pecuária holandesa ia ser reduzida de 30% para 'salvar o clima'
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O principal objetivo do BBB é impedir a redução drástica do rebanho bovino, tão famoso no mundo sobretudo na área dos laticínios.

O primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, admitiu que ouviu-se “um grito muito claro para os políticos” e que foi “sinal muito claro” dos eleitores.

Queira Deus que a classe política holandesa leve a sério essa advertência.

Segundo a BBC News, até a líder do partido triunfante Caroline van der Plas reconheceu que essa votação anti-verde “não é normal, mas na verdade é! Todos os cidadãos normais votaram”.

A reação do coração rural contagiou os habitantes das cidades que veem os mesmos ambientalistas atentarem contra os valores sociais e morais holandeses tradicionais e conservadores.

Caroline não acreditava em tamanha vitória porque os eleitores sensatos normalmente não votam e ficam em casa porque perderam a fé na política, e nos políticos obviamente: “mas hoje as pessoas mostraram que não podem mais ficar em casa. Não seremos ignorados mais”.

A participação na votação foi de 57,5%, a maior em anos, e o maior perdedor foi o partido de extrema-direita Fórum para a Democracia.

Defensores da agropecuaria ganharam apoio dos citadinos fartos das leis ambientalistas invasivas
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Os Verdes e grupos ambientalistas, entretanto, anunciaram que continuarão teimosamente na sua obra demolidora que obsessivamente proclamam que consiste em “restaurar a natureza”.

A convocação para “a espécie de terremoto na política holandesa” foi feita com tratores de agricultores nas ruas de Haia, segundo o comentarista Ben Coates, acrescentou a BBC.

Caroline teve que se afastar da campanha pública por causa de ameaças de morte que acenavam com um assassinato como o sofrido por Pim Fortuyn, apunhalado na rua por um imigrante muçulmano.

Para o site BFMTV deu-se uma como que vingança da sensatez do mundo rural sobre a política maluca dos partidos citadinos. A vitória foi mais do que simbólica, acrescentou com dados de Franceinfo.

Caroline descreveu a vitória inesperada como “indescritível” polemizando com a televisão pública NOS que estaria veiculando “uma espécie de dogma” ditado “a partir de Haia”, ou seja do governo nacional.


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