domingo, 29 de dezembro de 2024

Santo Natal e Feliz Ano Novo !

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs





domingo, 15 de dezembro de 2024

Ruínas da coroa portuguesa e gravuras rupestres milenares afloraram na seca da Amazônia

Artefatos de guerra do antigo forte português de São Francisco
Artefatos de guerra do antigo forte português de São Francisco
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






A histórica seca de 2024 na Amazônia trouxe à tona aspectos históricos brasileiros abafados pela grande mídia. Cabe destacar a labor ignorada de esforçados cientistas que agora viram confortada parte de seus trabalhos.

Com a diminuição do nível das águas, emergiram gravuras rupestres no sítio Caretas confirmando que a Amazônia albergou outrora civilizações que moravam em grandes aldeias em frente ao Encontro das Águas, como explicou o arqueólogo Filippo Stampanoni Bassi, segundo “Amazonia Real”.

É errôneo supor que os pobres e decadentes tribos indígenas que hoje apenas sobrevivem na extrema penúria sejam o modelo de organização social, política, econômica e cultural acorde com a floresta úmida amazônica.

Perto de Manaus foram encontradas grandes quantidades de fragmentos de cerâmica e gravuras rupestres, terras negras resultantes de um trabalho sistemático de adubação e agricultura inteligente.

Os petróglifos do afloramento rochoso em Lajes apresentam fortes semelhanças estilísticas com figuras em formato de cabeça que se encontram gravadas ao longo de numerosos pedrais ribeirinhos da Amazônia central.

Eles ocupam paredes extensas debaixo da água, o que torna complexos os estudos, mas ao mesmo tempo revelam uma mística até agora desconhecida.

Elas também desmentem os exageros ecologistas de uma Terra que aquece e seca. Pois ditos petróglifos não permitem negar que quando foram feitos há mais de mil anos, o nível dos rios atingia um nível mais baixo do que o atual.

Gravuras com o mesmo padrão do sítio Caretas, em Itacoatiara
Gravuras com o mesmo padrão do sítio Caretas, em Itacoatiara
“Ou eles foram feitos numa época de grande seca ou houve alguns episódios de seca no passado”, disse o arqueólogo Eduardo Goes Neves, patenteando que a pronunciada seca de 2024, atribuída ao CO2 de procedência humana, bem pode ter acontecido durante milênios em que não havia a atual atividade industrial.

“A gente achava que devia ter uma época que era mais seca na Amazônia. Marta Cavallini encontrou coisas parecidas no rio Urubu e conseguiu fazer umas datações e a idade era de pouco mais de mil anos ou dois”, conta. Novas procuras científicas estão em andamento.

No bairro Colônia Antônio Aleixo de Manaus, na área Onze de Maio, em 2012 foi identificada uma urna funerária resgatada pelo arqueólogo Carlos Augusto Silva e levada para o laboratório de arqueologia da Universidade Federal do Amazonas (Ufam).

Uma das imagens mais impressionantes do pedral foi identificada em 2020. Trata-se do desenho de um rebojo (palavra local para “redemoinho”) de rio, desenhado em um fragmento cerâmico.

Por sua vez, a mesma seca severa revelou outro tesouro histórico na região: as ruínas do Forte São Francisco Xavier de Tabatinga. Construído no século XVIII, foi uma peça-chave para garantir o domínio de Portugal, e, portanto, do futuro Brasil, numa região disputada pela Espanha, registrou “G1”. 

O forte que teve um papel estratégico desanimando expedições espanholas estava no fundo do rio, mas com o baixo nível atual das águas, as ruínas reapareceram.

O historiador Luiz Ataíde que dedicou 20 anos a estudar a região do Alto Solimões achou peças de louça e munições usadas pelos militares quando o forte ainda funcionava.

A conquista da área de fronteira entre o Brasil, Colômbia e o Peru foi marcada pelo Tratado de Madri, em 1750, que garantiu a soberania da região ao governo português; e o Tratado de Santo Idelfonso, em 1777, onde a coroa espanhola pede de volta à Portugal da área territorial onde hoje se encontra a região do Alto Solimões.

Ruínas do Forte São Francisco Xavier de Tabatinga
Ruínas do Forte São Francisco Xavier de Tabatinga
Os acordos diplomáticos não tinham efeito real se não havia uma efetiva ocupação do território. E o forte português cumpriu essa meritória tarefa.

Para honrar a coragem dos militares, o Exército Brasileiro construiu um memorial que reproduz parte da estrutura do forte. Esse inclui canhões e outras peças da época, e pode ser visitado no Museu do Comando de Fronteira Solimões, em Tabatinga.

A seca também permitiu recuperar dois canhões de bronze e uma bala de formato esférico, do forte que vigiava a atual tríplice fronteira com Santa Rosa, do Peru, e Letícia, da Colômbia.

A descoberta dos artefatos bélicos “foi por acaso, contou o cabo militar Alex Pontes, 29 anos. (...) Quando cheguei em uma ponta da praia, me deparei com o canhão”, contou.

Em novas buscas no terreno apareceu um segundo canhão parcialmente submerso e uma bala de canhão com formato esférico, também enterrada, noticiou “O Estado de S.Paulo”.

E põe-se a questão: o Forte São Francisco Xavier pode ter sido erigido embaixo da água ou foi inundado pelas águas do Solimões?

Da segunda hipótese, aliás que teria acontecido em 1932, se tira a conclusão de que historicamente existiram oscilações climáticas e geográficas pronunciadas, não havendo razão para o alarmismo ambientalista com as mudanças atuais.


domingo, 1 de dezembro de 2024

“Exéquias religiosas” para animais: auge do ecologismo e do ateísmo

Altar na igreja de São Paulo onde serão velados animais mortos
Altar na igreja de São Paulo onde serão velados animais mortos
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







O setor de enterros de animais de estimação está crescendo: cada vez mais donos desejam uma despedida igualitária de seus animais de estimação. Os teólogos aggiornati também lidam com essa crença ecológica panteísta.

No estado alemão de Baden-Württenberg surgiu a primeira igreja na Alemanha para sepultamentos de animais, noticia Katholiche.de.

Onde até recentemente as pessoas cantavam e rezavam todos os domingos, a partir de agora Minka e Waldi serão sepultados com uma parodia de bênção do Altíssimo, ou melhor um sacrílego rito.

A primeira igreja funerária de animais da Alemanha surgiu na pequena igreja de São Paulo em Albstadt-Pfeffingen, Baden-Württemberg, Suábia.

Ellen Weinmann e Florian Düsterwald são os gerentes do cemitério de animais de Schönhalde e vinham observando uma mudança social na forma como se lida com os animais de estimação.

“Minka não é mais apenas o gato de casa que caça ratos”, diz Düsterwald. “Ela é um membro de pleno direito da família que, quando morre, é lamentada de forma semelhante a alguém próximo a ela.”

Enquanto a despedida dos parentes falecidos vai ficando um negócio ou um despacho da atrapalhação de um ‘velho’.

Cruz para um cachorro em Ferkinghof
Cruz para um cachorro em Ferkinghof
Uma igreja para enterros de animais, como a que surge em Albstadt-Pfeffingen, não era concebida na Alemanha, nem mesmo entre os ateus.

A pressão para enterrar animais de maneira cristã não é um despropósito nov. O teólogo protestante Thomas Klie, de Rostock, por exemplo, defende que os enterros de animais sejam um novo ato oficial da igreja bem de acordo com o ecologismo do pontificado de Francisco I.

Ele estaria interessado em desenvolver um rito reconfortante para o enterro de animais de estimação, explicou Klie em 2021 em evento sobre novos rituais fúnebres.

A cruz e o altar da Paulskirche darão lugar à fatia de árvore de um abeto prateado de 150 anos, sobre a qual os amigos de quatro patas falecidos serão futuramente dispostos para se despedirem.

O seu colega católico na teologia moral “verde” Michael Rosenberger, da Baixa Francónia, disse em entrevista que enterraria um animal de estimação a qualquer momento, se lhe fosse pedido. Os padres progressistas não estão assim tão dispostos para o enterro de um fiel.

Ellen Weinmann e Florian Düsterwald também querem isso e montam um cenário da cerimônia de despedida que depende da vontade dos clientes, explica Weinmann.

“Algumas pessoas simplesmente querem entregar o animal o mais rápido possível em meio ao luto, outras celebram um ritual de quatro horas com o Pai Nosso em aramaico, a língua de Jesus”.

Após o funeral, o animal é levado ao crematório do Schwäbisch Hall. As cinzas são então devolvidas aos proprietários em uma urna.

Só este ano, Weinmann e Düsterwald enterraram 600 animais – incluindo um cabrito e Charly e o papagaio balbuciante de Stuttgart.

O teólogo moral católico Michael Rosenberger, respondeu muito ecumenicamente que a Igreja não é nada contrária a esse igualitarismo fanático que acaba ensinando pelo rito que o animal também tem alma, ou que os humanos não a têm como os animais.

Pastores rezam em enterros de animais em Schönhalde Tierbestattungen
Pastores rezam em enterros de animais em Schönhalde Tierbestattungen
Onde há uma “relação pessoal séria” entre famílias e seus animais a prática do funeral conjunto de humanos e animais no túmulo da família é óbvia, sofisma o professor

E não hesita na blasfêmia de achar que Cristo também morreu por eles. As igrejas devem, portanto, superar sua atitude multissecular.

Na Alemanha, cerca de 120 cemitérios de animais foram criados nas últimas duas décadas. As igrejas devem reconhecer esse “sinal dos tempos” e afinar com ela como já fizeram com o socialismo e com a sociedade materialista.

Do ponto de vista do teólogo da Baixa Francônia escreve, as igrejas cristãs poderiam explorar elementos centrais, como o funeral tradicional, em tais celebrações, como a vela de Páscoa, a cruz, o rito da terra e a água benta.

No entanto, uma missa fúnebre na igreja deveria ser evitada, ao menos pelo momento, registrou KNA.

domingo, 24 de novembro de 2024

Supressão ambientalista de defesas contra enchentes causou centenas de mortes

Ordens ambientalistas na raíz das centenas de mortes
Ordens ambientalistas na raíz das centenas de mortes
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs








A então ministra da Transição Ecológica, Teresa Ribera (foto) promoveu a demolição de 109 barragens e barreiras fluviais que teriam impedido a catastrófica enchente em Valência que levou a vida de entre mais de 200 ou até mais de 400 vidas.

Agiu contra o parecer unânime das comunidades agrícolas, da mídia e das redes sociais.

Desde 2005, foram eliminadas 559 estruturas, entre açudes, degraus e travessias, de uma vasta e custosa rede de desvios para impedir a catástrofe registrada, informou o jornal espanhol “La Gaceta”.

O ministério para a Transição Ecológica pensa gastar ainda 2,5 bilhões de euros até 2030 para demolir mais defesas até 2030 executando ordens da UE que aplicam a Agenda 2030 da ONU para combater as “mudanças climáticas”

Em 2021, Espanha liderou a remoção de barreiras fluviais na Europa alegando que impedem o fluxo natural dos rios e assim contribuem para o aquecimento do planeta.

Pela agenda 2030, España demoliu mais de 550 barragens, açudes e moinhos
Pela agenda 2030, España demoliu mais de 550 barragens, açudes e moinhos
Nesse ano foram removidas 108 estruturas, quase metade das 239 suprimidas em todo o continente. 

O projeto de Remoção de Barragens é da organização Mundial de Migração de Peixes, para supostamente “promover a conectividade dos ecossistemas aquáticos e restaurar habitats naturais”.

O Ministério, a União Europeia e a Agenda 2030 da ONU defendem que a demolição de obstáculos fluviais é essencial para a restauração ecológica dos rios espanhóis segundo um compromisso ambiental consensuado.

A Comunidade Valenciana sofreu a tempestade mais catastrófica da sua história: centenas de mortos e milhares de desaparecidos, cidades inteiras inundadas e danos materiais incalculáveis.

A população lembrou que só não foi pior em virtude de uma obra de engenharia anti-enchente de dimensões faraônicas construída há mais de 50 anos, e que os líderes ambientalistas no governo não tinham completado a demolição, registrou o jornal espanhol “El Debate”.

Se tivessem completado a destruição, a cidade de Valência quase não existiria hoje pelo projeto “verde” de liberar a água do rio Turia para correr atravessando livremente o núcleo urbano.

Valência foi construída em torno do rio Turia que lhe fornecia a água e atravessava o centro urbano pelo meio. 

Temporal DANA em Valência, outubro 2024
Temporal DANA em Valência, outubro 2024
O fenômeno chamado DANA (acrônimo de Depressão Isolada em Níveis Altos) se repete anualmente desde 1312, com intensidades diversas e é bem conhecido. Mas a cidade cresceu muito e em 1957 a ‘Grande Inundação’ atingiu 3 metros de altura causando 84 mortes.

O governo nacional de então ordenou construir o Plano Sur, uma megainfraestrutura que erradicou o perigo de inundações, desviando as águas do Turia para que as maiores chuvas não escoassem pela cidade.

Este ‘salva-vidas’ protegeu Valência das enchentes durante mais de 50 anos até que veio o projeto ecológico de fazer do leito do rio um grande corredor verde, que “renaturalizaria” seu fluxo.

Uma vez completado o “plano verde” não haveria o que segurasse o fenômeno DANA.

Em 2019, o arquiteto Rafael Rivera, responsável da demolição assassina, declarou que não se deveria temer grandes cheias, porque “elas só ocorrem a cada 200 anos, por isso não faz sentido deixar o resto do canal sem aproveitamento”.

A leviana e muito ecológica ação não se importou com o que todos os valencianos sabem: que o fenômeno atmosférico DANA é impossível de prever com precisão, muito menos seus possíveis danos ou consequências.

Cinco anos após os sofismas do arquiteto executor da ambientalista Agenda 2030 da ONU, Valência foi atingida pela maior inundação da sua história.

Protestos indignados em Valência pelas normas ecologistas genocidas
Protestos indignados em Valência pelas normas ecologistas genocidas
A catástrofe teria sido pelo menos grandemente evitada se não se tivesse preferido “combater a mudança climática” e optado pela “restauração do leito natural dos rios e a preservação do ecossistema fluvial”, aplainando centenas de infraestruturas para conter e desviar as enchentes, criadas pelos odiados capitalistas, franquistas, fascistas, etc., etc.

Os responsáveis ambientalistas nos governos se dizem comprometidos pela Agenda 2030 a continuar com seu péssimo operar.

A população indignada cobriu de lama e sujeiras ao rei e à rainha que foram se solidarizar com os danificados, humilhando o benéfico papel moderador que a monarquia tem na Espanha.

O primeiro ministro socialista se deu à fuga antes de ser atingido.


domingo, 10 de novembro de 2024

Carros elétricos incendeiam e explodem em ruas e parkings

Facilidade com que carros elétricos pegam fogo levou países a vetar seu ingresso em estacionamentos fechados
Facilidade com que carros elétricos pegam fogo
levou países a vetar seu ingresso em estacionamentos fechados
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






Na Ásia e na Europa, prefeituras restringiram ou pensam restringir o estacionamento de carros elétricos em locais públicos dependendo de seu nível de carregamento: aqueles com mais de 80 ou 90% não poderão estacionar em locais fechados.

As novas regulamentações são uma resposta a incêndios ou explosões recentes ligadas a baterias de lítio, segundo registrou reportagem do “La Nación”.

Em Seul, capital da Coreia do Sul, um Mercedes-Benz EQE estacionado numa garagem fechada de apartamentos pegou fogo e o incêndio, que se espalhou rapidamente, afetou 880 veículos e deixou sem água e luz a 1.600 casas por uma semana.

As autoridades então baniram por lei os carros elétricos com carga de bateria superior a 90% em estacionamentos subterrâneos.

O caso do Mercedes não foi isolado, mas um dos 139 incêndios em carros elétricos registrados nos últimos três anos no país.

68 aconteceram com os veículos em circulação, 36 quando estavam estacionados e 26 quando estavam sendo carregados.

Outro regulamento em curso de implementação limitará os carregadores ultrarrápidos e deterá automaticamente a carga quando o veículo atingir 80% da capacidade.

Em cidades como Ningbo na China, os proprietários de carros elétricos foram solicitados a estacionar em locais remotos onde há mais espaço entre os veículos.

Na Europa há conversas a esse respeito. No hospital Alder Hey, em Liverpool, o estacionamento de carros elétricos foi temporariamente proibido alegando que poderiam explodir.

Na Alemanha, Países Baixos e Noruega, os proprietários de veículos elétricos são convidados a carregar as baterias abaixo dos 80% para evitar o sobreaquecimento e algumas estações já ajustaram os níveis máximos de carga para esta percentagem.

As baterias de íon de lítio pegam fogo por sobreaquecimento, curtos-circuitos ou danos físicos.

Carros elétricos ainda são perigosos
Carros elétricos ainda são perigosos

À medida que a bateria se aproxima da carga total, há maior probabilidade de fuga térmica.

Em espaços pequenos e com tetos baixos, em caso de incidente, os danos se espalham mais rápido e controle do fogo torna-se mais difícil.

Quando a quantidade de energia armazenada é menor se evitam falhas causadoras de incêndios.

Para além do problema técnico, que eventualmente poderá ser superado, encontra-se desígnios político ideológicos que são o que deveras deveriam preocupar mais.

Há um esforço chinês que faz parte de um plano de hegemonia comercial e industrial mundial aproveitando as janelas abertas pelo ecologismo no Ocidente.

De ali uma produção exagerada a preços inferiores para dominar o mercado. Não é o único rubro em que a China aplica seu plano de conquista.

Resultado: estão mandando modelos imaturos que causam o problema referido.

De outro lado o ambientalismo contrário à civilização ocidental tenta forçar com leis e subsídios uma quase obrigatoriedade de as montadoras só produzirem carros elétricos em breves prazos.

As redes energéticas atuais não têm condições de alimentar a recarga dos carros a combustão existentes se forem substituídos por elétricos.

Resultado: drástica diminuição dos veículos individuais, promoção forçado do transporte coletivo, com a correspondente degradação do nível de vida nas cidades e países mais desenvolvidos, tornando mais próximo o ideal de vida comunitária rumo ao regime tribal.

Paradigmático incêndio de um Mercedes que motivou as restrições




domingo, 3 de novembro de 2024

Da teologia da luta de classes à da Pachamama,
mas sempre contra os homens

Bispos na maior festa religiosa da Patagônia atacam o enrriquecimento para 'salvar' a Mãe Terra
Bispos na maior festa religiosa da Patagônia
atacam o enriquecimento para 'salvar' a Mãe Terra
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







Em tempos de infiltração profunda da Teologia da Libertacao, pronunciamentos episcopais e clericais “engajados” costumavam surpreender com escandalosas adesões aos princípios marxistas da luta de classes radicalmente opostos ao Evangelho.

Nos últimos anos, porém, essas declarações que promoviam o materialismo marxista vêm sendo substituídas por outras que endeusam a Pachamama, ou Mãe Terra, ou ainda Gaia na fraseologia ecologista.

Na essência, continuam as mesmas posições em favor do materialismo, ateu no caso da “Teologia da Libertação”, panteísta no caso da Pachamama.

No primeiro caso o pretexto preferido era agir na defesa dos pobres. No segundo caso o pretexto mais amado é sair na defesa da natureza.

Em ambos casos o inimigo é o mesmo: o capitalismo privado, nacional ou internacional, apontado como fonte de todos os males e desastres sociais e econômicos, agora acrescidos dos ambientais.

Males dos pobres e da pobreza no primeiro caso, sofrimentos e queixas da Terra ferida e violada pelos investimentos humanos no segundo caso.

Houve apenas uma mudança no pretexto, na essência continua o culto ateu à matéria. Mas com a mudança, a sorte dos pobres ficou esquecida ou mandada à breca.

Foi-se o tempo em que D.Casaldáliga pregava a luta de classes comuno-indigenista
Foi-se o tempo em que D.Casaldáliga pregava
a luta de classes comuno-indigenista em clave socioeconômica
Exemplo clamoroso disso foi dado recentemente pelos bispos argentinos da Patagônia.

Num pronunciamento conjunto clamaram contra uma iniciativa da propriedade privada que viria trazer um fabuloso enriquecimento à escassa e parcialmente pobre população patagônica.

Eles visavam um oleoduto que cruzará o planalto patagônico do Rio Negro e um porto está sendo construído no sul da província e que fornecerá anualmente 15 bilhões de dólares com exportações de petróleo.

O investimento em andamento, é feito no âmbito do Regime de Incentivos aos Grandes Investimentos (RIGI), no qual o novo governo aguarda de inicio 30 bilhões de dólares e uma entrada anual de 2,5 bilhões de dólares, a partir de 2026, e que fornecerá por volta de 7.000 ou 8.000 empregos diretos e algumas dezenas de milhares de empregos indiretos, quando completado.

Na peregrinação anual à cidade de Chimpay, estado de Rio Negro, o bispo de Alto Valle, Mons. Alejando Benna, junto com os bispos de Viedma, D. Esteban Laxague, e de Bariloche, Mons. Juan Carlos Ares, se voltaram contra o projeto enriquecedor insinuando que seus promotores “não se importam com a terra, com os projetos que hipotecam água e terra”, noticiou “Clarín” de Buenos Aires.

Porto exportador de petróleo e gás liquida enriquecerá a Patagônia
Porto exportador de petróleo e gás liquida enriquecerá a Patagônia.
Mas bispos são contra alegando defender a Pachamama
O bispo de Rawson, Mons. Roberto Álvarez no vizinho estado de Chubut, também manifestou a sua preocupação pela sorte da Mãe Terra.

“É pertinente perguntar-nos se (a obra) não prejudicaria alguns dos ecossistemas pertencentes ao nosso mar territorial e outros que com eles são partilhados”, indagou esquecido dos pobres.

Endereçou nesse sentido uma carta ao governador de Chubut, ao vice-governador, ao procurador-geral, e aos legisladores provinciais, “tendo ouvido vários atores sociais que me expressaram a sua preocupação”, leia-se aos ativistas ecologistas e quiçá indigenistas, dando as costas ao povo que comemora a entrada de um fator que tirará da necessidade a grande parte da população local.

O bispo pergunta na carta às autoridades: “Tem certeza de que isso não afetará o assentamento dos Pinguins de Magalhães, que é vulnerável a derramamentos de petróleo?

“E no repovoamento da Baleia Franca Austral, antes dizimada pela caça e que escolheu o golfo para se produzir?

“O que acontecerá”, acrescenta, “com as principais atividades econômicas das comunidades locais, como a pesca artesanal, o turismo orientado para a pesca desportiva, a caça e a observação da vida marinha, se o tráfego de barcos mudar os seus hábitos face aos derrames que são produzidos?”.

Grupelhos comuno-indigenistas manifestam contra o enriquecimento da Patagônia
Grupelhos comuno-indigenistas manifestam
contra o enriquecimento da Patagônia "em defesa da Mãe Terra"
Nenhuma referência a Deus, à festa religiosa, nem aos fiéis. Só veiculação de suspeitas, em geral demagógicas, da militância ecolo-tribalista visceralmente anti-capitalista.

Ele esclareceu que “nenhuma de minhas formulações tenta estabelecer posições científicas”, e assim se joga a semear dúvidas sem tomar conhecimento das ‘posições científicas’ que nestes casos é indispensável conhecer para formular propósitos sensatos.

Tentou fugir de eventuais críticas dizendo que “ninguém mudou minha posição ideológica”, portanto reconhecendo que tem uma posição ideológica que, como vimos, acerta o passo com o ambientalismo panteísta.

E encerra com a escapatória de que “só a minha preocupação cívica aumenta o peso de ser o bispo que exerce o ofício pastoral nesta área da província de Chubut”.

Nosso Senhor Jesus Cristo que instituiu a ordem episcopal para ensinar o Evangelho, ficou para outra vez. Agora é a hora de outra divindade e da matéria em clave ecologista.


domingo, 27 de outubro de 2024

Saara fertiliza o Atlântico e terras tropicais americanas

Ventos com elementos fertilizadores vindos do Saara
Ventos com elementos fertilizadores vindos do Saara
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






A vida nos oceanos depende de uma fonte inesperada: a poeira do deserto do Saara que, carregada pelos ventos por longas distâncias, alimenta a vida marinha, escreveu “Veja”.

Cientistas descobriram que quanto mais essa poeira viaja, mais ela libera ferro, um nutriente essencial que impulsiona o crescimento de organismos microscópicos no oceano, como o fitoplâncton.

O ferro é indispensável para a sobrevivência de diversos organismos, e é fundamental para a respiração e a fotossíntese. No oceano ele é escasso, o que limita o crescimento de organismos essenciais, como o fitoplâncton.

A maior parte do ferro que chega ao oceano vem de rios, geleiras e, eis a surpresa para os homens modernos, especialmente do vento que carrega poeira de lugares como o Saara.

Nem todo o ferro contido nessa poeira está imediatamente disponível para os organismos marinhos.

Mas estudo liderado por cientistas dos EUA mostrou que à medida que a poeira viaja pela atmosfera, processos químicos tornam o ferro mais “biorreativo”, ou seja, mais facilmente assimilável pelos seres vivos.

As amostras foram extraídas em diferentes distâncias do corredor de poeira que vai do Saara até o Atlântico, abrangendo locais que variam de 200 km da costa da África até a costa leste dos EUA.

Em outro post reproduzimos a importância da poeira do deserto como fertilizante para a Amazônia: Amazônia: estonteante dependência do Saara.

Cientistas acompanham no dia a dia os efeitos dos ventos do Saara
Cientistas acompanham no dia a dia os efeitos dos ventos do Saara
Neste estudo, usando amostras de sedimentos do fundo do Atlântico, acumuladas em milhares de anos, os pesquisadores mediram o quanto do ferro das amostras era “biorreativo”.

Quanto mais longe da fonte de poeira, maior a quantidade de ferro que se torna disponível para a vida. Os processos atmosféricos transformam o ferro em formas mais solúveis e, portanto, mais úteis para os organismos.

Assim, o ferro que chega, por exemplo, à Bacia Amazônica ou às águas das Bahamas, tem uma alta chance de ser absorvido antes de se depositar no fundo do oceano.

A pesquisa publicada na Frontiers in Marine Science, sugere que a poeira do Saara desempenha um papel crítico na fertilização dos oceanos e dos ecossistemas terrestres.

“O ferro transportado parece estimular processos biológicos, assim como a fertilização artificial pode impactar a vida nos oceanos e continentes”, explicou o professor Timothy Lyons, da Universidade da Califórnia, coautor do estudo.

Isso significa que as tempestades de poeira no Saara têm um impacto significativo na saúde do nosso planeta.

NASA vem estudando o efeito fertilizante dos ventos do Saara sobre Atlántico e Amazônia
NASA vem estudando o efeito fertilizante dos ventos do Saara
no Atlântico e na Amazônia
À medida que essas tempestades aumentam o papel do ferro de um modo vital para pode se prever como os ecossistemas marinhos responderão às mudanças futuras.

A pesquisa revela que o nosso planeta é interligado patenteando como a poeira que atravessa oceanos e continentes desde o distante deserto do Saara sustenta a vida em locais distantes.

Essa transferência de nutrientes destaca a importância de fenômenos naturais em escalas globais, e como eles influenciam diretamente o meio ambiente e, por fim, o clima da Terra, de modo mais relevante que seu aspecto de fenômeno meteorológico.

A poeira do deserto é um elo essencial que mantém o equilíbrio da vida no planeta.

domingo, 20 de outubro de 2024

Amazônia: estonteante dependência do Saara

Poeira fertilizante do Saara todo ano passa por cima do Atlântico e sustenta a vida na Amazônia e no Caribe
Poeira fertilizante do Saara todo ano passa por cima do Atlântico e sustenta a vida na Amazônia e no Caribe
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







A Amazônia é a maior floresta tropical úmida da Terra. E o Saara é o maior e mais quente deserto do mundo.

Na aparência, nada de mais diverso e sem relação um com outro. Uma imensa selva verde úmida no coração da América do Sul, e um infindável areal, composto de poeira e pedra, onde sopram ventos ardentes no norte da África.

Porém, se, por ventura, os dois estivessem vitalmente unidos? Se o mais pleno de vida dependesse do mais morto para sobreviver, quem ou o quê poderia ter criado essa inter-relação?

Por certo, uma interdependência tão profunda foge à imaginação do homem e a qualquer instrumentalização ou fabrico também humano.

Também fugiria às regras da teoria da evolução de Darwin, segundo o qual tudo o que há procede de uma realidade pré-existente, e essa de outra, por uma série intérmina e jamais demonstrada de mutações atribuíveis ao azar e à necessidade.

Há, porém, um fenômeno que envolve ventos e minérios sem vida e que sustenta a vida vegetal e animal na maior floresta tropical úmida do planeta.

Amazônia: estonteante dependência do Saara criada por Deus
Amazônia: estonteante dependência do Saara criada por Deus
Chegando no III milênio a ciência com seus mais avançados instrumentos pode documentar e mensurar esse fenômeno colossal.

Dito fenômeno une essas duas imensas realidades geográficas tão dissemelhantes passando por cima de um oceano.

Pela primeira vez um satélite da NASA mensurou em três dimensões a quantidade de poeira do Saara trazida pelos ventos por cima do Atlântico.

E calculou não só a poeira, mas também o fósforo que vem no meio dela: 22.000 toneladas de fertilizante puro, do qual a selva da Amazônia depende para existir.

A equipe comparou o conteúdo de fósforo da poeira do Saara na depressão de Bodélé com dados das estações científicas de Barbados, no Caribe, e de Miami, nos EUA.

Os resultados do estudo foram publicados na Geophysical Research Letters, revista da American Geophysical Union, segundo divulgou a NASA (vídeo embaixo).

O líder do trabalho foi Hongbin Yu, cientista da atmosfera da Universidade de Maryland que trabalha no Goddard Space Flight Center da NASA em Greenbelt, Maryland. Yu e sua equipe fizeram os cálculos com base em dados coletados pelo satélite Calipso, da NASA, entre 2007 e 2013.

Yu e sua equipe estudaram a poeira que provém especialmente da Depressão de Bodélé, no Chade. Trata-se de um antigo lago seco cujas rocas compostas por micro-organismos mortos estão carregadas de fósforo.

Esse é um nutriente essencial para o crescimento das plantas e a vegetação depende dele para florescer.

O estudo analisou especialmente a depressão de Bodélé de onde sai boa parte do fósforo fertilizador.
O estudo analisou especialmente a depressão de Bodélé de onde sai boa parte do fósforo fertilizador.
Os nutrientes são escassos no solo amazônico e alguns deles, como o fósforo, são lavados pelas chuvas. Sem os fosfatos (sais do fósforo), a floresta da Amazônia estaria condenada à morte.

Porém, segundo Yu, o fósforo que chega do Saara, estimado em 22.000 toneladas por ano, equivale aproximadamente à mesma quantidade levada pelas chuvas e pelas enchentes.

Esse fósforo é apenas 0,08% das 27,7 milhões de toneladas de poeira do Saara depositadas anualmente na Amazônia.

No total, os ventos do deserto africano levantam cada ano 182 milhões de toneladas de poeira. O volume encheria o volume de carga de 689.290 caminhões. O pó viaja 2.800 quilômetros sobre o Atlântico até cair na superfície arrastado pela chuva.

Perde-se uma parte pelo caminho. Chegando à costa do Brasil, ficam ainda no ar 132 milhões de toneladas. Por fim, 27,7 milhões de toneladas – capazes de encher 104.908 caminhões – caem sobre a superfície da bacia Amazônica. Outros 43 milhões de toneladas seguem para o Caribe.

É o maior transporte de poeira do planeta. Há importantes variações segundo os anos, dependendo dos ventos e de outros fatores.

Desta maneira o deserto morto sustenta a vida na exuberante floresta amazônica tropical e úmida. Sem o Saara a mata da Amazônia não existiria.

Vídeo: Amazônia: estonteante dependência do Saara criada por Deus



Quem teria imaginado algo tão extraordinário funcionando há milênios de anos como uma engrenagem supremamente sábia?

Fenômenos como o identificado pela NASA postulam a existência de um Deus que criou o mundo com infinita sabedoria e o governa com insondável poder. Mosaico siciliano do século XII
Fenômenos como o identificado pela NASA postulam a existência de um Deus
que criou o mundo com infinita sabedoria e o governa com insondável poder.
Mosaico siciliano do século XII
Há certos fenômenos naturais que nos obrigam a reconhecer um Criador de uma sabedoria e de um poder infinitos.

Isso apesar de uma intensa propaganda que chega ao absurdo de dizer que o ecossistema do planeta depende decisivamente de nós.

Sem o homem saber, desde que o Saara e a Amazônia existem o pó fertilizante do deserto africano chega na dose certa, mas colossal, todo ano, por cima do Atlântico.

Quem tem a sabedoria para imaginar esse processo sustentador de uma floresta como a amazônica da qual depende a Terra toda, a outros títulos?

Quem tem o poder para criar e depois garantir esses processos em sua regularidade constante há milênios?

Sem dúvida a ciência presta um inestimável tributo com uma descoberta como esta que postula a existência de um Deus criador e sustentador do céu e da terra.

domingo, 13 de outubro de 2024

Imposições anti-CO2 não são viáveis nem no ar nem na terra

Air New Zealand abandonou meta anti-CO2
Air New Zealand abandonou meta anti-CO2
pela inviabilidade da meta nas condições atuais da tecnologia
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






A artificialidade da pressão ecologista para impor a antinatural redução do CO2 da atmosfera, levou à Air New Zealand, principal linha aérea do país oceânico, a abandonar a meta de redução de emissão de CO2 fixada para 2030, noticiou o “Estado de S.Paulo”.

Os motivos alegados são a falta de motores compatíveis com a meta e a ausência de suporte regulatório e político global e nacional.

A companhia da Nova Zelândia é a primeira grande empresa aérea que desiste da meta climática reclamada pela ONU em suas assembleias anuais, ou COPs.

A empresa empurrou a meta de emissões zero de carbono para 2050, confirmou a presidente da Air New Zealand, Dame Therese Walsh.

A empresa também abandonou o programa Science-Based Targets initiative (SBTi), em que companhias adotam metas baseadas em ciência para frear o fictício aquecimento global.

A ciência aqui é o seleto clube pago pela ofensiva internacional ambientalista, cujas conclusões são crescentemente contestadas por grandes cientistas imparciais.

Para atingir as metas anunciadas as companhias aéreas deveriam encontrar facilmente os denominados “combustíveis sustentáveis de aviação” (SAF, sigla em inglês) que mal existem.

Os SAF existentes são “mais caros do que os combustíveis tradicionais, e não há capacidade suficiente para produzi-los em grande escala”, explicou o porta-voz da empresa de análise de aviação Cirium, Ellis Taylor.

Facilidade com que carros elétricos pegam fogo levou países a vetá-los em parkings fechados
Facilidade dos carros elétricos a pegar fogo levou países a vetá-los em parkings fechados
Por sua vez a Ford dos EUA que queria sair à frente de outras montadoras na produção de carros elétricos diminuiu ainda mais seus investimentos nesse setor, noticiou também o jornal paulista.

A empresa atrasará em 18 meses a introdução de uma nova picape elétrica e descartou a produção de um novo SUV elétrico.

A empresa também fez essa redução visando conter as perdas multibilionárias causadas por essa tecnologia ainda não dominada.

A razão é simples: o mercado não quer esses carros.

“Esses veículos precisam ser lucrativos e, se não forem, vamos tomar decisões difíceis”, explicou o diretor financeiro da Ford, John Lawler.

“Certamente, essa não é uma boa notícia em termos de progresso da Ford em relação aos veículos elétricos”, disse Sam Abuelsamid, principal analista de pesquisa da empresa de pesquisa Guidehouse Insights.

“Claramente, eles ainda não conseguiram lidar com os veículos elétricos e colocar produtos mais acessíveis no mercado”, acrescentou.

As vendas de veículos elétricos diminuíram significativamente nos EUA e na Europa.

Nessa queda, a Ford perdeu US$ 2,5 bilhões num semestre. A boa procura por seus modelos a combustão clássica lhe rendeu um lucro de US$ 3,2 bilhões.

Os modelos elétricos, inicialmente favorecidos por um fogo de palha, afastaram os consumidores.

Os compradores relutantes se voltaram para os modelos híbridos elétricos e a gasolina, enquanto os elétricos de segunda mão sofriam severas quedas de preço.

Outros fabricantes padecem dificuldades análogas. A Volkswagen teve queda de 28% nas vendas do primeiro semestre do ano nos EUA.


Casos de carros elétricos BYD que explodiram na China


domingo, 6 de outubro de 2024

Ecologista muçulmana dispara contra imagem de Nossa Senhora e do Menino Jesus

Ecologista islâmica posta fotos disparando contra imagem de Nossa Senhora e do Menino Jesus
Ecologista islâmica posta fotos disparando
contra imagem de Nossa Senhora e do Menino Jesus
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






A política ecologista Sanija Ameti, do Partido Liberal Verde (GLP), muçulmana imigrante causou indignação publicando em Instagram suas fotos disparando contra uma imagem de Jesus e Maria que aparece furada pelas balas em diversos pontos, segundo publicou “Infovaticana”.

A indignação suscitada em seu partido e na opinião pública pelas reveladoras fotos, a levaram a excluir as imagens depois de ser interrogada pela publicação Blick.

A juventude ecologista de seu partido a interpelou, e os dirigentes partidários cogitaram em expulsá-la.

Ela renunciou após, em outra postagem, “lamentar profundamente se ofendi alguém com isso”.

Impossível fingir que não perceberia que iria a ofender aos católicos, sendo além do mais uma militante política que quer se granjear a simpatia do público.

Capturas de tela do exercício de filmagem foram divulgadas nas redes sociais e também coletadas no exterior.

Seu partido se distanciou da ação: “A postagem de Sanija Ameti no Instagram não reflete os valores dos Verdes liberais, nem no tom nem no conteúdo”, disse Nora Ernst, copresidente do partido no cantão de Zurique.

O presidente dos Liberais Verdes descreveu o comportamento de Ameti como “inaceitável”: “Foi uma provocação deliberada”. O partido está agora a tentar falar com ela e pesadas consequências não podem ser descartadas.

Nicolas Rimoldi, presidente do movimento suíço “Mass-voll”, que se rebelou contra as medidas governamentais durante a pandemia do coronavírus, também anunciou que apresentaria denúncias criminais contra Ameti porque apelou à violência contra os cristãos.

Ataques terroristas como o de Solingen são consequência de atos desse tipo, segundo comentário no X do movimento.



domingo, 29 de setembro de 2024

China bate recordes de intoxicação pelo quarto ano consecutivo

Termoelétricas queimam mais carvão que todas suas equivalentes no resto do mundo
Termoelétricas queimam mais carvão que todas suas equivalentes no resto do mundo
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







As emissões de dióxido de carbono da China (CO2) completaram mais um ano em alta e o país pode ter alcançado seu pico de emissão em 2023, sete anos antes do ano projetado, mostrou relatório do geógrafo finlandês Lauri Myllyvirta de repercussão nacional e internacional, segundo já noticiou a “Folha de S.Paulo”. 

Myllyvirta é fundador do Centro de Investigação em Energia e Ar Limpo de Helsinque e especialista em China do think tank nova-iorquino Asia Policy.

Há quatro anos o ditador Xi Jinping trombeteou na Assembleia Geral da ONU que: “Nosso objetivo é alcançar a neutralidade de carbono antes de 2060”.

Foi mais um gigantesco blefe engolido entusiasticamente pela diplomacia e pela mídia ocidental.

O geógrafo só constatou em 2021 que “Pequim havia atingido o pico em 2012”, pela manutenção das políticas de aumento de usinas de carvão.

“Precisamos deixar de aprovar novas centrais a carvão, deixar de construí-las”, disse ele.

Geógrafo Lauri Myllyvirta a China deve parar de aprovar termoelétricas
Geógrafo Lauri Myllyvirta a China deve parar de aprovar termoelétricas
O ministério chinês para redução de emissões neste ano e no próximo reafirma, contra os fatos, que a China está fazendo tudo para acabar com uma situação que, do ponto de vista ecologista, e simplesmente humanitário, é desastroso.

O sinal dado foi aplaudido até por Myllyvirta como “bastante positivo”, embora a China nunca cumpra suas belas agendas.

Essas são mais concebidas em função da propaganda e da desmoralização das economias ocidentais.

Alguma diminuição da queima de carvão pode ser registrada por caausa da decadência da produção industrial e da menor atividade na construção civil, dos últimos anos.

Mas o geólogo encerra o relatório com “um grande ponto de interrogação”, sobre o que pode acontecer porque há “visões amplamente divergentes” sobre o que a China fará visto seu longo histórico de falsos testemunhos.


domingo, 15 de setembro de 2024

Setor eólico fecha portas no Brasil

Afetados por parques eólicos relatam impactos danosos na saúde e no meio ambiente
Afetados por parques eólicos relatam impactos danosos na saúde e no meio ambiente
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







Em Jacobina, na Bahia, Adilson Jordão, 33, hoje entrega produtos da chinesa Shopee para poder arcar com suas despesas após ser demitido da Torres Eólicas do Nordeste (TEN), joint venture entre a brasileira Andrade Gutierrez e a americana GE.

A TEN demitiu, em junho de 2023, 500 funcionários por falta de demanda. Adilson foi um deles teve que se resignar a um emprego que lhe rende a terceira parte em dinheiro e sem benefícios trabalhistas.

A empresa criada em função do futuro da “energia renovável” ficou reduzida a 50 empregados.

O caso informado pela “Folha de S.Paulo” não é isolado. As indústrias eólicas vivem seu pior momento em décadas no país, escreve esse jornal.

A Aeris Energy, produtora de pás eólicas, por exemplo, demitiu mais de 1.500 funcionários que trabalhavam em Pecém, no Ceará, também por falta de demanda.

A empresa encerrou o contrato com a europeia Siemens Gamesa. Aliás essa empresa também suspendeu suas operações em Camaçari, na Bahia. E a GE já tinha adotado o mesmo caminho em 2022.

A indústria eólica que se jogou atrás de uma utopia agora vê que cai a construção de novos parques eólicos.

Edna Pereira mostra as caixas dos remédios que usa continuamente
Edna Pereira mostra as caixas dos remédios que ficou obrigada a usar continuamente
com a saúde prejudicada pelos aerogeradores
Como no mundo todo, o setor eólico gerador dessa “energia alternativa” nasceu no Brasil impulsionado por leilões públicos organizados pelo Ministério de Minas e Energia e pela Agência Nacional de Energia Elétrica.

Os preços eram favoráveis porque definidos pelo governo em leilões com contrato de 20 anos. Assim alavancados os parques eólicos atingiram um recorde de acréscimo de capacidade instalada produzindo irrealmente.

Quando foi instalado o mercado livre de preços ninguém vendeu contrato e em 2023 e 2024 [os contratos] não estão chegando. A realidade bateu na utopia.

A primeira iniciativa do ministério de Minas e Energias do novo governo petista foi reverter o cenário livre e natural.

Segundo a BNEF, organização de pesquisas sobre transição energética da Bloomberg, o Brasil atingiu em 2023 o, totalizando 4,98 GW (gigawatts) . Nos próximos quatros anos, porém, a tendência é ladeira abaixo, chegando a apenas 1,4 GW adicionados em 2027.

Turbinas eólicas no mar acabam com a pesca
Turbinas eólicas no mar acabam com a pesca
James Ellis, chefe de pesquisa da BNEF na América Latina, afirma sua empresa foi a que mais entregou aerogeradores no Brasil em 2023 (2,2 GW), mais de 40% do total instalado no país. A empresa, porém, não está nem um pouco satisfeita com o atual momento do setor.

Uma das causas dessa crise foi a repetição do esquema de subsídios e vantagens comerciais desta vez dadas a instaladores de placas solares, ainda considerando que esses importam quase 100% dos componentes da China.

Enquanto não vem uma solução imediata, se as estrangeiras estão indo embora, e as empresas brasileiras procuram uma tábua de salvação no mercado internacional.