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domingo, 14 de dezembro de 2014

Boas notícias do espaço: “muro invisível”
protege a Terra contra radiação letal

As sondas de Van Allen da NASA, instrumentos da descoberta do "escudo" protetor da Terra
As sondas de Van Allen da NASA,
instrumentos da descoberta do "escudo" protetor da Terra


Notícias tranquilizadoras sobre a natureza e o nosso meio ambiente provêm com relativa frequência da ciência objetiva.

Mas elas não obtêm espaço na mídia, que prefere os anúncios estarrecedores ou deprimentes, e rara vezes verdadeiros, do ambientalismo radical.

É o caso da descoberta surpreendente, e até agora inexplicada, feita por uma dupla de satélites da NASA (National Aeronautics and Space Administration – Administração Nacional da Aeronáutica e do Espaço) e reportada em 27.11.14 pela revista científica britânica “Nature”.


Os satélites detectaram um campo de força invisível e impenetrável, a cerca de 11 mil km da superfície da Terra, que protege nosso planeta de doses letais de radiação. O anúncio foi noticiado por Salvador Nogueira blogueiro da Folha de S.Paulo.

As sondas Van Allen foram lançadas em agosto de 2012 com o objetivo estudar os ‘cinturões de Van Allen’, dois anéis de radiação resultantes da interação do campo magnético terrestre com as partículas emanadas constantemente do Sol.

Os dois cinturões, aliás, foram a primeira descoberta da era espacial, feita em 1958 pelo cientista americano James Van Allen, da Universidade de Iowa.

Ilustração didática da atividade dos anéis de Van Allen
Ilustração didática da atividade dos anéis de Van Allen
Agora houve uma nova surpresa. E foi obra dos cientistas do MIT e da Universidade de Colorado, em Boulder, liderados por Dan Baker, ex-aluno do próprio Van Allen e diretor do Laboratório de Física Atmosférica e Espacial da Universidade de Colorado, em Boulder.

Eles perceberam que todos os elétrons com níveis altíssimos de energia, que chegavam a velocidades próximas à da luz, eram barrados um pouco acima do primeiro dos cinturões. Nenhum deles conseguia passar a barreira dos 11 mil km.

Essas barreiras funcionam como um escudo protetor altamente benéfico, pois essa radiação seria nociva se chegasse à superfície da Terra.

Caso atingissem regularmente a superfície do planeta, tais partículas inviabilizariam o desenvolvimento da vida, além de “fritar” os circuitos eletrônicos de satélites, explicou “O Globo”.

A surpresa aumentou pelo fato desse bloqueio abrupto contrariar a expectativa dos pesquisadores. Eles imaginavam que esses elétrons paravam na atmosfera terrestre e a ideia de uma barreira a 11 mil km nem sequer era suspeitada.

“É quase como se esses elétrons estivessem trombando com uma parede de vidro no espaço”, disse Baker. “É um fenômeno extremamente intrigante.”

“É um fenômeno muito raro, extraordinário. Ele indica que, se colocarmos um satélite ou uma estação espacial em órbita do lado de dentro dessa barreira impenetrável, podemos esperar que eles tenham vida útil muito maior”, declarou John Foster, diretor do Observatório Haystack do MIT, citado pelo "O Estado de S.Paulo".

A ilustração didática mostra a proporção de uma tempestade solar frequente e a Terra (pontinho azul)
A ilustração didática mostra a proporção de
uma tempestade solar e a Terra (pontinho azul)
Montagem de sucessivas fotos de tempestades solares  que chegam pouco depois até a Terra. O corpo solar é representado pelo círculo branco.
Fotomontagem de sucessivas explosões solares
que chegam pouco depois até a Terra.
O corpo solar é representado pelo círculo branco.
Os cientistas ainda não têm uma explicação clara sobre a origem da barreira. O campo magnético da Terra parece não ter nada a ver com isso.

O campo magnético terrestre é 30 vezes mais fraco na chamada Anomalia do Atlântico Sul — um “buraco” no campo magnético perto da costa oriental da América do Sul.

Nessa região, os cinturões de Van Allen chegam um pouco mais perto da superfície.

E se isso fosse causado pelo magnetismo terrestre, seria natural que os elétrons penetrassem mais na região. Mas não.

Baker e seus colegas elaboraram a hipótese de um gás ionizado chamado plasmasfera, que emitiria ondas eletromagnéticas responsáveis por rebater os danosos elétrons altamente energéticos.

Durante os momentos de grande atividade solar, os dois cinturões se desdobram em três, reforçando a defesa da Terra.

Os tripulantes das missões Apollo, que atravessaram esses cinturões entre 1968 e 1972, reportaram, até com os olhos fechados, flashes luminosos durante a travessia.

Gráfico da NASA apresentando os escudos magnéticos de Van Allen em volta da Terra  e as duas 2 sondas da NASA, também conhecidas como Radiation Belt Storm Probes
Gráfico da NASA apresentando os escudos magnéticos de Van Allen em volta da Terra
e as duas 2 sondas da NASA, também conhecidas como Radiation Belt Storm Probes
Segundo os cientistas, as ondas magnéticas de baixa frequência produzidas pela plasmasfera, tal como o “chiado” em uma transmissão de rádio, seriam as responsáveis por desviar os elétrons de alta energia, “erguendo” o escudo.

Ainda é preciso ver como essa plasmasfera se comporta quando atingida por tempestades geomagnéticas mais intensas.

“Se o Sol eventualmente bombardear a magnetosfera terrestre com uma ejeção de massa coronal, suspeito que ela será capaz de romper o escudo por um período de tempo”, especula Baker.

Em qualquer hipótese, a descoberta confirma mais uma vez a ordem profunda que existe na natureza. Ela também põe em evidencia os sapienciais mecanismos que reconstituem essa ordem quando atingida por fatores mais adversos.

E tudo isso sem que o homem tenha ideia desses mecanismos benéficos, suas ameaças e suas capacidades de auto-restauração.

Em face de esses fenômenos, como são limitadas as forças do homem e limitados os efeitos de sua atividade!

E nossos ardidos ambientalistas continuam achando que o homem pode desertificar ou torrar o planeta com aerossóis, carros ou cidades!

Um comentário:

  1. Trata-se de engenharia espacial de terra-formação de alta complexidade.
    Nada é por acaso, por obra da natureza
    A termodinâmica nos ensina que tudo (na natureza) tende ao estado de distribuição estatística mais provável, ou seja, ao caos (entropia positiva).
    Ordem (entropia negativa) é obra da inteligência.

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