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domingo, 25 de setembro de 2022

Crocodilos canibais em Corumbá?????

Yacarés no Pantanal
Jacarés no Pantanal
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs





O assunto que segue parece brincadeira. Entretanto é muito verdadeiro.

Segundo o apresentador de rádio americano Ken Rutkowsk, inteiramente crédulo nos blefes ecologistas, em Corumbá, MS, está em andamento “uma invasão de várias centenas ou mesmo milhares de crocodilos em uma praia, e a população local está em pânico”.

Num tweet exasperado ele ilustra o “drama” de Corumbá com um vídeo mostrando centenas de saurios se aquecendo ao sol nas margens arenosas de um rio.

A imagem impressiona a quem não está acostumado a ver esses animais em outros lugares que não em zoológicos, comenta o site “Science et Avenir”

A verdade começa pelo fato que não são “crocodilos”, que não existem nas Américas – excetuado algum zoo – mas os bem conhecidos jacarés que proliferam à vontade nas nossas terras e águas.

O fato tampouco tem nada de inusitado ou preocupante para os mato-grossenses, e no Pantanal.

No vídeo o autor do vídeo (que não é Ken Rutkowski) com voz calma comenta simplesmente: “Para você que nunca viu um jacaré...”, e só depois especifica o local onde filma: a cidade de Corumbá, no Pantanal.

Uma cidade no coração da América do Sul, localizada na fronteira entre Brasil e Bolívia.

Acresce que eles não pertencem à família dos crocodilos, como afirma o autor do tweet, mas à dos jacarés. A tapeação para americano ver é completa.

Os jacarés distinguem-se dos crocodilos, entre outras coisas, por uma mandíbula mais larga e encorpada.


Maria chama jacarés pelo nome e apresenta animais para Geraldo Luís



Também são menores. O autor do vídeo lembra que na região são chamados de “Jacarés”, nome originado na língua indígena tupi "jaeça-karé", que significa "aquele que tem os olhos para o lado".

Há cerca de 6 espécies desses jacarés encontradas na América do Sul esclarece o site “Science et Avenir”

Zilca Campos, pesquisadora brasileira especializada nesses répteis, na empresa pública de pesquisa agropecuária Embrapa, esclarece que pertencem à espécie “Jacarés do Pantanal” que migra em grandes bandos para caçar, ou para se reproduzir.

“Esses ajuntamentos de animais são comuns, principalmente em épocas de seca”, explicou a pesquisadora para “Science et Avenir”.

“Nos períodos de estiagem, os jacarés se reúnem em torno dos poucos leitos dos rios ainda com água, em busca de alimentos”.

Eles não representam perigo real para os seres humanos.

Crocodilo não existe no Brasil e é um dos maiores predadores da Terra
Crocodilo não existe no Brasil e é um dos maiores predadores da Terra
Há cerca de 3 milhões de jacarés no Pantanal e os ataques a humanos são anedóticos e raramente sérios.

A população mato-grossense não se espanta, nem dá importância, a essas aglomerações naturais.

Mas, poucos no exterior conhecem esta particularidade e também não poucos confundem pela aparência jacaré com crocodilo.

Mas, eles pertencem a famílias diferentes: à dos Alligatoridae (8 espécies diferentes, 5,5 metros, até 600 quilos) o primeiro, e à dos Crocodilidae (14 espécies, mais de oito metros, até mais de uma tonelada) o segundo.

A diferença no perigo entre eles é gritante. Crocodilos são muito, mas muito mais perigosos e fortes que jacarés. Mas, no Brasil não há crocodilos!

Pelas similitudes, explorando a ignorância no exterior, são prato feito para a demagogia ambientalista.


domingo, 18 de setembro de 2022

86% das espécies da Terra são desconhecidas

O Cirrhilabrus finifenmaa, ou peixe arco-iris foi descoberto entre corais profundos no início do ano
O Cirrhilabrus finifenmaa, ou peixe arco-íris
foi descoberto entre corais profundos no início do ano 2022
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







Cerca de 86% das espécies da Terra ainda não foram descritas, de acordo com estudo publicado por PLoS Biology que calcula que nosso planeta abriga 8,7 milhões de espécies.

Em outros termos os cientistas catalogaram menos de 15% das espécies existentes.

O co-autor do estudo, Boris Worm, da Dalhousie University, no Canadá, considera que ainda “estamos muito longe” de conseguir calcular tudo.

Há 250 anos, o botânico sueco Carl Linnaeus criou a classificação vigente para mensurar a diversidade da natureza. Hoje o catálogo de classes como mamíferos e pássaros está quase completo. Mas em outras classes são lamentavelmente escassos, diz o National Geographic.

Urso andino de pelagem dourada achado no Peru é descoberta de 2021. Cor da pelagem foi surpresa
Urso andino de pelagem dourada foi achado no Peru em 2021.
Cor da pelagem foi surpresa
Por exemplo, foram identificados apenas 7% dos fungos e menos de 10% das formas de vida nos oceanos do mundo.

O que foi descoberto até agora são “as coisas que são fáceis de encontrar, que são visíveis e relativamente grandes”, disse Worm.

Até agora, cerca de 1,2 milhão de espécies são conhecidas pela ciência. Especular sobre a porcentagem de espécies desconhecidas, é já de si uma árdua tarefa que oscila entre três e cem milhões, segundo as hipóteses.

As espécies semelhantes são agrupadas em gêneros, esses em famílias até a categoria máxima chamada reino.

Existem cinco reinos: animal, vegetal, fungos, chromistas – vegetais unicelulares – e protozoários, ou animais unicelulares.

O número de espécies recém-descobertas continua a aumentar acentuadamente.

O Passarinho Cocktail Cinamono é mais uma variante achada
O Passarinho Cocktail Cinamono é mais uma variante achada
Worm e colegas chegaram ao número: 8,7 milhões.

O novo estudo “toma uma abordagem extremamente inteligente, e acho que vai se tornar um estudo muito importante”, disse Lucas Joppa, ecologista conservacionista da Microsoft Research, o ramo de pesquisa da gigante do software.

“Se eu pedisse para você contar 8,7 milhões de centavos, isso levaria um tempo, mesmo se você tivesse um monte de gente fazendo isso.”

Mas Dan Bebber, ecologista do grupo ambientalista Earthwatch Institute, disse que o estudo se baseia em métodos estatísticos impróprios.

A equipe de estudo usou um método chamado regressão linear para calcular o número de espécies da Terra. Mas Bebber acha que esse método é o errado para os dados e que a equipe deveria ter usado uma técnica conhecida como regressão ordinal.

Como resultado, o número real de espécies pode ser muito maior ou menor que 8,7 milhões, disse ele.

No geral, categorizar formalmente um novo organismo é muito mais complicado do que descobrir um, disse Worm, coautor do estudo. Os cientistas devem comparar seus espécimes com amostras de museus, analisar seu DNA e preencher resmas de papelada.

O calamar Sepioteuthis lessoniana apareceu na noite, em 2021, no fundo de Tulamben, Bali, Indonesia
“É um processo longo”, disse ele. A maioria dos cientistas “descreverá dezenas de espécies ao longo da vida, se tiverem muita sorte”.

Infelizmente, as taxas de extinção aceleraram de dez a cem vezes seu nível natural, acrescentou Worm.

A informação a ser obtida quando novas espécies são descobertas “é a biblioteca da natureza, e nós apenas começamos a decifrar os primeiros dez livros”, disse Worm.



domingo, 4 de setembro de 2022

Comunismo é pior para o meio ambiente
que o regime de propriedade privada

Uma catástrofe ambiental habitual na China
Uma catástrofe ambiental habitual na China
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







Temos documentado em numerosos posts a infiltração da ideologia marxista nos órgãos de governo nacionais e internacionais, visando subverter o reto aproveitamento da natureza pelo homem, em suas leis e costumes econômicos, culturais e sociais.

Porém saudamos com gosto quando ambientalistas inscritos nas fileiras das esquerdas e extremas esquerdas reconhecem os absurdos a que tem chegado o movimento em que militam.

Entre eles saudamos as palavras do sociólogo e escritor francês Frédéric Martel durante sua palestra no ciclo Fronteiras do Pensamento em São Paulo, ecoado por “Yahoo! Notícias”.

Ele afirmou com clareza que “muitos ambientalistas dizem que precisamos acabar com a economia de mercado. E vamos fazer o que? Recriar a União Soviética?

“O comunismo é pior para o meio ambiente que o capitalismo, que também não é o melhor, mas precisamos alimentar oito milhões de pessoas por dia e isso não se faz com a política comunista da China”, sublinhou.

Frédéric Martel, escritor e jornalista francês de esquerda “O comunismo é pior para o meio ambiente que o capitalismo”
Frédéric Martel, escritor e jornalista francês de esquerda:
O comunismo é pior para o meio ambiente que o capitalismo”
O sociólogo é autor de best-sellers de forte sabor esquerdista e até denegridor da Igreja Católica como “No Armário do Vaticano”.

Estamos, pois, diante de um autor nas antípodas deste blog, mas que coincide nessa grande verdade: “muitos ambientalistas dizem que precisamos acabar com a economia de mercado. E vamos fazer o que? Recriar a União Soviética? O comunismo é pior para o meio ambiente que o capitalismo”.

Defensor do uso do meio ambiente como uma influência para a cultura e para a economia de um país, Martel salpicou sua palestra com elogios aos governos de Lula e de Dilma Rousseff, ambos do PT.

Tal vez sem deseja-lo, pôs a nu o ideologismo ardorosamente socialista que infesta a grande mídia internacional distorcendo verdades e fatos a respeito do Brasil e de seu meio ambiente.

Ele afirmou categoricamente que quando o PT estava no poder e ele dizia que vinha ao Brasil todos tinham inveja dele.

“As pessoas vinham ao Brasil imaginando o futuro. Gilberto Gil era um deus ministro”.

Mas quando a esquerda no está no poder como no momento atual, disse, “hoje ninguém mais fala do Brasil, ou fala mal. É o país que queima a Amazônia, que não aceita ajuda do G7 para conter queimadas.” ...

Contaminação ambiental na China
Contaminação ambiental na China
O escritor ponderou o papel das redes sociais nas causas políticas, mas observou que essas não servem só a conservadores, mas também podem eleger a centro-esquerdistas como Joe Biden e Macron, e a esquerdistas como Lula.

Entre os fatores mais prejudiciais das redes, ele focou as fake news, aliás apropriadamente, pois são as mais alimentadoras de falsos medos e fatos distorcidos pelo ecologismo radical.

No fim, ele voltou à verdade ocultada na grande mídia de que “a globalização [e nela nós incluímos o excelente trabalho do agronegócio brasileiro] é o que permite alimentar oito milhões de pessoas, vesti-las, fazê-las trabalhar a preços baixos, precisamos disso”.

Martel encerrou com uma outra verdade de bom senso no sentido de “corrigir os excessos” danosos aliás em todos os sentidos inclusive os verbais que são tão frequentes na propaganda “verde”.