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domingo, 29 de janeiro de 2023

Ambientalista implora não cair no conto das energias alternativas

Capital ucraniana na escuridão atingida por mísseis de Putin. Ecologia gostaria ver nossas cidades assim empobrecidas
Capital ucraniana na escuridão atingida por mísseis de Putin.
Ecologia gostaria ver nossas cidades assim empobrecidas para "salvar o clima"
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







Enquanto soldados russos na Ucrânia votam com os pés contra a guerra vergonhosa de Putin, abandonando armas, bagagens, uniformes, e até se entregando prisioneiros para não morrer numa guerra que não desejam, o ditador tenta novas formas de guerra.

Especialmente visa deixar os civis ucranianos sem serviços básicos como energia, água, esgotos, e até hospitais. Manda chuvas de mísseis sobre centrais elétricas, de água potável e até de uma maternidade onde matou um recém-nascido.

Seu objetivo é ver se o rigoroso frio invernal (pode chegar a -30º C na Ucrânia) quebra a resistência do povo ucraniano, paralisa as fábricas, corta os alimentos e diminui os fornecimentos bélicos.

É uma “guerra fria” atroz contra civis desarmados, em sua maioria idosos, mulheres e crianças.

Também neste inverno tenta literalmente congelar a Europa Ocidental cortando o fornecimento de petróleo e gás russo para cortar as ajudas que essa envia para a Ucrânia.

Energias alternativas ainda não mostraram eficácia para substituir combustíveis fósseis
Energias alternativas ainda não mostraram eficácia para substituir combustíveis fósseis
Os antecessores soviéticos de Putin levaram milhões à morte para consolidar sua ditadura e vencer resistências aparentemente invencíveis.

Putin tem na rede ecologista um poderoso aliado que sabota com muita propaganda as fontes de subsistência dos países ocidentais.

São os companheiros de estrada verdes que convergem com os objetivos da tentativa de ofensiva putinista.

O famoso jornalista de esquerda Thomas Friedman, chegou a implorar “que os EUA e seus aliados ocidentais parem de viver em um mundo de fantasia verde que diz que podemos passar de combustíveis fósseis sujos para energia renovável limpa com o apertar de um botão”.

Friedman que há 27 anos defende a energia limpa e milita na movimentação ecologista pelas mudanças climáticas escreveu isso no “The New York Times”.

Ele reconhece que “apesar de todos os investimentos em energia eólica e solar nos últimos cinco anos, os combustíveis fósseis (petróleo, gás e carvão) ainda representam 82% do uso total global de energia primária em 2021 (necessário para aquecimento, transporte e geração de eletricidade), apenas abaixo de 3 pontos percentuais nesses cinco anos”.

Essa iniciativa ambientalista ajuda a Putin que quer jogar muitos milhões de famílias na miséria, na fome e até a morte.

A introdução das tecnologias hoje apresentadas pelo ambientalismo não serve como substituto das fontes conhecidas de energia. Só uma transição inteligente e pragmática poderá dar certo, segundo Friedman.

Pela via atual, Putin e seus amigos ambientalistas preparam uma desgraça planetária que teve prefiguras nos extermínios de milhões de pessoas ordenados por Stalin na própria Ucrânia, ou Holodomor.

Drama da Europa sobreviver sem gás russo. Com sofrimento o continente está sobrevivendo
Drama da Europa: sobreviver sem o gás e o petróleo russo.
Com sofrimento o continente está se livrando da chantagem
Na Europa, sem suprimentos alternativos ao gás russo, informou o Financial Times, algumas fábricas tiveram que fechar “incapazes de arcar com o custo do combustível”.

As contas de energia, que aumentaram 400% em alguns países europeus, “estão levando os consumidores à beira da pobreza”, acrescenta o jornal.

Para muitos ucranianos e não poucos europeus, a escolha neste inverno pode ser aquecer ou comer.

Os verdes adoram painéis solares, mas odeiam linhas de transmissão e tecnologias como as atuais, então é só com boa sorte que pode se salvar o planeta.

Mas essa roleta russa é o contrário do uso da inteligência e o preludio do insucesso mortal, acrescentamos nós.


domingo, 15 de janeiro de 2023

França recupera independência elétrica reativando usinas nucleares

As usinas nucleares salvaram a independência energética da França
As usinas nucleares salvaram a independência energética da França
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







A França se preparava para preocupantes arrochos energéticos resultantes dos cortes de gás russo e a subsequente redução da produção de energia elétrica.

Para regozijo de Putin, os cidadãos franceses sofreriam severos cortes no aquecimento, aliás necessário no inverno do Hemisfério Norte.

O ditador do Kremlin imaginava com a colaboração de seus movimentos amigos da extrema esquerda e da extrema direita provocar distúrbios sociais que pressionassem os auxílios franceses à flagelada nação ucraniana.

A falta de eletricidade e a dependência do gás russo foi provocada pelo ativismo ecologista que levou a desativar muitas usinas nucleares. A França tem um papel destacado na instalação e aproveitamento dessas usinas.

Mas apenas 30 reatores tinham ficado ativos pela sabotagem propagandística dos “Verdes”.

A França reativou 6 dessas usinas, passando de 30 a 36 em operação e passou a atender inteiramente suas necessidades de eletricidade. E ainda tem mais 20 reatores que podem ser reativados.

Xavier Piechaczyk, presidente do conselho de administração da Réseau de Transport d'Électricité (RTE), empresa operadora da transmissão da eletricidade na França, anunciou pelo canal France Inter “boas notícias registradas nos últimos dias”, informou o jornal “L’Indépendent”

Desmantelamento de uma usina nuclear francesa
Desmantelamento de uma usina nuclear francesa.
O ecologismo teria querido acabar com todas elas, mas não conseguiu.
Ele informou que a Électricité de France – EDF (a maior produtora e distribuidora de energia da França), conseguiu “arrancar 37 reatores”.

No entanto, de acordo com dados da RTE, existem 36 reatores atualmente ativos na França. Em meados de setembro, havia apenas 32 reatores ativos e tinha caído para 30 no início de novembro. O total é de 56 reatores nucleares.

Acresce, segundo Xavier Piechaczyk, que a França reduziu seu consumo de eletricidade de -6 para -7%. “Uma queda puxada pelos fabricantes à medida que começamos a ver a queda no consumo das famílias”.

“Devemos continuar a ter esse equilíbrio entre menor consumo e maior produção”, indicou o gerente da RTE.

O governo tinha anunciado um plano de possíveis cortes de energia que tem gerou alguma ansiedade no país.

Xavier Piechaczyk explicou que “é normal e responsável preparar” esse tipo de planos. De fato mais vale prevenir que curar.

A pressão da frente comum Putin-extremas direita e esquerda francesas-ecologistas se está mostrando furada.