Para atualizações gratis via email: DIGITE SEU EMAIL:

domingo, 14 de julho de 2024

Fiasco dos carros elétricos chineses

Carros elétricos chineses empilhados em portos europeus
Carros elétricos chineses empilhados em portos europeus
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







A China montou numa megaestrutura produtora de carros híbridos e elétricos imaginando dominar o mercado mundial de carros, explicou “La Nación”.

Os capitais do regime maoista financiaram marcas novas como a BYD, que surgiram do nada para se posicionar por cima das maiores montadoras ocidentais de carros elétricos e dominar o setor a nível mundial.

A China chegou a construir pelo menos oito megacargueiros capazes de distribuir no Ocidente a fabulosa produção dos novos carros.

Em outros rubros o regime de Pequim já vinha dando poderosos sinais dessa vontade hegemônica com ambiciosos planos de expansão mundial, incluindo Europa e América Latina.

A capacidade das montadoras chinesas tocada a ritmo de produção militar, entretanto, atingiu logo o desequilíbrio e superou a procura por esses carros. Simultaneamente, os consumidores do velho continente e da América do Norte vinham se afastando dos carros elétricos por problemas novos ligados a essa tecnologia.

O resultado é que veículos de diversas marcas chinesas, bem melhores que os miseráveis primeiros modelos, se acumulam nos portos europeus e entopem as atividades.

O “Financial Times” exemplificou com a situação no porto de Antuérpia-Brugge, Bélgica, e o de Bremen, na Alemanha, principais terminais onde chegam os rodados chineses para serem distribuídos na União Europeia (UE).

Catástrofe dos carros elétricos chineses estocados nos portos europeus. Mais de100.000 em Bruges
Catástrofe dos carros elétricos chineses estocados nos portos europeus.
Mais de100.000 em Bruges
A própria UE estava pavimentando o mercado para a entrada chinesa obrigando as montadoras europeias a cessarem a produção de carros com motores a explosão em prazos ultra-apertados.

A UE errou em todos os sentidos e hoje se discute a subsistência futura dessa União. No que se refere aos carros elétricos chineses, eles saturam há meses a capacidade de armazenamento dos portos que os recebem.

Por falta de escoamento no mercado, muitos deles ficam estacionados por períodos prolongados, que podem levar até 18 meses até serem vendidos ao usuário final, conforme informa o setor de logística automotiva à mídia internacional.

Segundo as mesmas fontes diversas montadoras chinesas do novo estilo alugaram grandes áreas em zonas próximas dos portos para armazenarem veículos sem clientes.

“Os fabricantes chineses de automóveis elétricos estão cada vez mais a utilizar os portos como estacionamento ou armazéns”, se queixou um porta-voz de uma empresa de logística ao “Financial Times”.

E um executivo do porto de Antuérpia explicou que “em vez de exibi-los nas concessionárias, eles os vendem com retirada direta no terminal portuário”. Mau sinal.

Porto de Bruges inundado por carros chineses sem saída
Porto de Bruges inundado por carros chineses sem saída
À queda de interesse pelos carros elétricos na Europa soma-se o fato de que em 2024, alguns países da UE retiraram os subsídios financeiros para sua compra.

O financiamento governamental tem sido decisivo para a expansão das “energias alternativas” e suas aplicações, sendo aproveitado pelos consumidores enquanto existe. Mas cessando a distorção do mercado assim induzida, as promessas futuristas ambientalistas esmorecem ante a realidade.

A Alemanha, pioneira neste tipo de benefícios e de sua retirada, é um exemplo paradigmático: só em março 2024 a venda dos carros elétricos teve uma queda de 29%.

O baixo consumo abalou as ofensivas hegemônicas da China, embora ofereça preços comparativamente muito baixos.

Em 2022, as exportações chinesas de carros elétricos para a Europa aumentaram 58%, notadamente das marcas Great Wall, Chery, SAIC e BYD. Mas agora a tendência se inverteu acentuadamente.

Acresce que as marcas chinesas são cada vez mais vistas como predadoras incomparáveis que não compensam as exageradas facilidades nas tarifas europeias de importação que se aproximariam a um fim.

Na terminal do porto de Zeebrugge na Bélgica, os carros elétrricos chineses ficam em até 18 meses aguardando comprador
Na terminal do porto de Zeebrugge na Bélgica,
os carros elétricos chineses ficam até 18 meses aguardando comprador
“Os portos estão saturados há muito tempo”, disse Wolfgang Goebel, presidente da Associação Europeia de Logística de Veículos Acabados. “Temos um mercado fraco, o que provoca poucas vendas”.

As utopias ambientalistas não convenceram aos homens e só seriam implantáveis com uma introdução acelerada por governos que atropelam os desejos profundos de seus governados.

As diversas tecnologias “alternativas” estão irritando aos cidadãos não convencidos pela propaganda de quiméricas catástrofes espalhadas pela imprensa.


domingo, 30 de junho de 2024

Fakes sistemáticas do sensacionalismo midiático sobre “derretimento do Ártico”

Superfície do gelo do Ártico oscila segundo os meses e os anos. Mídia aproveita fases de dsiminuição para espalhar fakes apavorantes. Foto NASA.
Superfície do gelo do Ártico oscila segundo os meses e os anos.
Mídia aproveita fases de diminuição para espalhar fakes apavorantes. Foto NASA.
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







“Cientistas calorosos” concordaram que o gelo marinho do Ártico desaparecerá antes do final da primeira metade deste século.

No entanto, eles não concordam com a data de cumprimento da sua previsão. E isso causa confusão nos jornais que publicam as suas declarações sem sequer consultar seus próprios arquivos. Incorrem assim em risíveis contradições..

O jornal espanhol “ABC”, propriedade do grupo Vocento e com uma linha editorial favorável à monarquia e ao PP, de “direita” ou “conservador” portanto, coincide com o jornal de esquerda “El País”, e os de “centro” El Mundo” ou o “Público” na tarefa de aterrorizar seus leitores com alucinantes alterações climáticas, sem se incomodar com o que publicaram previamente, escreveu “La Gaceta” de Espanha.

Em março de 2024 o “ABC” trombeteou apocalipticamente que “todo o gelo do Ártico poderá desaparecer no verão a partir de 2035”.

O anúncio foi reproduzido em manchete por outros jornais espanhóis, como se tivessem uma ordem de “Inserção obrigatória” partida de algum local ignoto.

Nesses assustadores presságios não faltou, como se fosse ordem, a foto de um urso polar sobre um iceberg procurando uma presa, mais a reportagem insinua que ele está ameaçado de morte por cruéis motoristas de carros com motores a combustão.

Uma revisão dos arquivos do jornal “ABC” levou a outras notícias idênticas a esta, exceto pela data.

Há menos de um ano, em junho de 2023, o jornal publicava um relatório científico que profetizava o desaparecimento do gelo no mar Ártico até no máximo em 2030.

Em setembro de 2012, o jornal supostamente conservador deu voz a um especialista segundo o qual a calota polar do Polo Norte derreteria completamente entre agosto e setembro de 2016. E alguns anos antes, em 2008, publicava que o Ártico poderia ficar sem gelo em 2013.

Se os apocalipses anunciados em outras décadas não aconteceram, por que os previstos agora aconteceriam?, duvida sensatamente “La Gaceta”.

Nenhuma dessas previsões se concretizou. A previsão confirmada pela experiência, é que em verdade esse desastre nunca se realizará.

Ursos polares proliferam, estão gordos e pescam mais, mas mídia faz com eles um falso drama de extinção'
Ursos polares proliferam, estão gordos e pescam mais,
mas mídia faz com eles um falso drama de extinção
No primeiro augúrio negativo teria acontecido em 2013, depois se incomodar o jornal pulou para 2016, posteriormente empurrou para o futuro 2030, e agora fala de 2035.

E não é o único caso. “La Gaceta” apresenta outros exemplos.

O cientista espanhol Carlos Duarte, vencedor do Premio Nacional de Investigação em 2007, previu nesse mesmo ano que “veremos o Ártico sem gelo em 2020”.

Foi um fiasco que não o impediu de atacar aqueles que considera “negacionistas do clima” no verão de 2023.

E em 2001, “El Mundo” saíra na frente com uma das reportagens que começaram a enganar com alarmismo climático ao leitor espanhol.

Nela descrevia uma Espanha que em 2020 teria perdido as suas praias mediterrânicas devido ao “aumento do nível do mar” e por culpa do “aquecimento global”.

Basta olhar para ver que o Mediterrâneo com suas praias espanholas continua igual. Mas os jornais alarmistas climáticos não perdem a vergonha e redobram as notícias conhecidas a priori como errôneas.

O “ABC” e seus colegas da grande mídia acham que protegem o meio ambiente e que informam honestamente a seus leitores reciclando continuamente anúncios fracassados, como são os das datas do derretimento do Ártico.

E “La Gaceta” põe o dedo na chaga perguntando: por que esses jornais vendem cada vez menos exemplares em papel?

E adianta uma resposta sensata: talvez seja porque os leitores se cansaram de ser tratados como tolos por jornalistas, editores e diretores do poder midiático que vão fechando, um após outro, pelo abandono dos leitores.


domingo, 23 de junho de 2024

A utopia da União Europeia agoniza com seu fanatismo ecologista

A União Europeia pode morrer diz Macron
A União Europeia pode morrer diz Macron
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







Em sucessivas ocasiões, o presidente francês Emmanuel Macron se exibiu alarmado pela perspectiva de que a utopia da União Europeia “possa vir morrer”, citaram diversas fontes midiáticas.

Ele se espraiou sobre o futuro da aliança continental que é o motor de uma República Universal, velha utopia dos movimentos revolucionários como a Revolução Francesa de 1789.

Macron tal vez sonhava lidera-la como um novo campeão desse ovo de República Universal que é a UE ao menos na presente fase.

Mas, foi-se o tempo em que os europeus comemoravam os avanços utópicos da unificação europeia que diluiria os países membros sob um governo único instalado em Bruxelas.

Por exemplo, os anos do entusiasmo tolo pela adoção da moeda “euro” ou a descaracterização dos países após a II Guerra Mundial renunciando gradualmente à sua soberania para integrar um bloco econômico bem sucedido.

Bruxelas viu os maiores protestos agrários da história recente
Bruxelas viu os maiores protestos agrários da história recente
Hoje grandes setores dos povos europeus se insurgem contra o ditatorialismo ‒ agora descobriram! ‒ do governo da UE instalado em Bruxelas e reclamam sua identidade nacional, cultural, política e social.

“Devemos ver com lucidez que atualmente a nossa Europa mortal, pode morrer”, discursou o presidente francês na emblemática Universidade da Sorbonne em Paris.

Ele apontou que o futuro do continente depende de “decisões” que devem ser tomadas “agora”.

Entre os temas que pedem essas decisões destacou “a transição ecológica” escondido num enorme plano escravizador da agropecuária sob pretexto de salvar o planeta do suposto “aquecimento global”.

Mas, a UE teve que retirar o vasto plano diante da recusa exprimida por colossais manifestações de homens do campo dos grandes países.

Sem agricultores não há comida nem futuro
"Sem agricultores não há comida nem futuro". O ambientalismo tirou a máscara
e apareceu seu rosto anti-humano, contrário à natureza e à civilização.
Macron também mencionou o rearmamento militar acelerado em função do conflito na Ucrânia e sua provável extensão ao continente até o Atlântico.

Para o chefe de Estado francês, outras situações, como o Irã perto de conseguir a bomba atômica, mudaram “as regras do jogo”.

Mas Macron acabou perdendo o apoio popular com falta de energia e pensamento fresco, escreveu a CNN.

O eleitorado francês infligiu uma formidável derrota à utopia da República Universal nas eleições gerais para o Parlamento Europeu, ratificando o que para Macron é o pior dos males atuais.

O levantamento dos agricultores da Europa toda contra o Pacto Ecológico continental fpi o mais clamoroso dos protestos havidos há muitas décadas.

Na Ucrânia a Rússia se desangra, milhares de russos patenteiam seu descontentamento, mas Putin insiste no espantoso derramamento de sangue e poderá usar as armas nucleares.
Na Ucrânia a Rússia se de-sangra, milhares de russos patenteiam seu descontentamento,
mas Putin insiste no espantoso derramamento de sangue e poderá usar as armas nucleares.
Governos pro-putinistas poderão capitular ante Putin, como ante Hitler em Munique em1938
Macron vem cutucando a Rússia a propósito da Ucrânia, porém parece não ter claro a periculosidade e a imoralidade política do ogro russo comandado por Putin.

Ele pede um novo impulso na capacidade de segurança cibernética europeia, laços de defesa mais estreitos com a Grã-Bretanha pós-Brexit e a criação de uma academia europeia para treinar militares de alto escalão.

Mas, isto deveria ter acontecido há muito.

O Kremlin sabe que se os europeus tomam a iniciativa nesses campos o horizonte menos pior para a Rússia estaria numa III Guerra Mundial.

Hoje encontraria uma Europa anestesiada após décadas de distensão imprudente e de líderes como Emmanuel Macron.

Este reconheceu o despreparo militar europeu dizendo que “não há defesa sem uma indústria de defesa … tivemos décadas de subinvestimento. Temos que produzir mais, temos que produzir mais rápido, e temos que produzir como europeus”, disse ele.

Protestos franceses foram os mais furiosos
Protestos franceses foram os mais furiosos
A percepção popular não distingue em Macron as qualidades fundamentais para realizar o que propõe e a popularidade pessoal do presidente cai.

Seu partido moderado foi esmagado pelo Rassemblement National (RN) de extrema-direita na votação para o Parlamento Europeu.

O RN infelizmente alimenta suspeitas de colaboração sorrateira com Putin e acabaria atraiçoando as esperanças que hoje depositam nele os melhores setores de França.

Em consequência, o horizonte político-militar europeu e mundial está se carregando com os mais pesados interrogantes.


domingo, 16 de junho de 2024

Espanha rural não quer “energias renováveis”, e tampouco o Brasil

Ambientalismo prometia salvar a natureza, mas suas turbinas eólicas a estão destruíno e adoentando os homens
Ambientalismo prometia salvar a natureza,
mas suas turbinas eólicas a estão destruíndo e adoentando os homens
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs








Em Castela e Leão, região do norte de Espanha, 95% da produção de eletricidade provem de parques eólicos e fotovoltaicos cuja proliferação virou um flagelo para a população local, informou “France24”

O arqueólogo Jaime Nuño González que mora no sopé da montanha Palentina, a poucos quilômetros do “caminho esquecido”, um dos ramos mais antigos da estrada dos romeiros para Santiago de Compostela.

Mas esse atrativo, diz ele, “hoje está ameaçado por três usinas fotovoltaicas, ou 150 hectares de painéis solares”.

O peregrino, em vez de atravessar uma paisagem natural, encontrará uma paisagem totalmente industrial, diz o arqueólogo.

Quer dizer, afundará no contrário do que lhe prometia a ecologia no sentido de uma recuperação das belezas naturais e uma limitação das feiuras das áreas industriais.

Acresce que o execrado projeto foi desenvolvido nos arredores da área protegida Natura 2000 e no meio de um sítio pomposamente batizado de Geoparque pela UNESCO. Mistérios bem conhecidos das cumplicidades do movimento ambientalista com os políticos envolvendo corrupção.

Trata-se de uma aberração para Jaime e seus companheiros, unidos numa plataforma de defesa do cidadão. Denunciam a proliferação destes grandes projetos num território rico em biodiversidade e patrimônio cultural que estão sendo destruídos.

“Eles instalam-se aqui porque o terreno não é caro”, denuncia Jaime. E como somos poucos e velhos, não há massa crítica que se oponha a isso. Não há piedade com os idosos preservadores das tradições e do patrimônio cultural local.

Antes de se instalarem, as empresas deviam realizar um estudo ambiental para obter o sinal verde do governo autonômico ou do Ministério do Meio Ambiente.

Agricultora brasileira tem que usar ansiolíticos e antidepressivos por causa dos aerogeradores. Foto Vinícius Sobreira-Brasil de Fato
Agricultora brasileira tem que usar ansiolíticos e antidepressivos
por causa dos aerogeradores. Foto Vinícius Sobreira-Brasil de Fato
“Nunca utilizamos terras de alto valor ambiental”, tenta se eximir Silvia Alonso Guijarro, assessora de imprensa de Solaria, uma empresa que instala 40% dos seus parques fotovoltaicos em Castela e Leão.

Os políticos do conselho regional também querem tranquilizar a população que não aguenta mais, não é ouvida e sofre com procedimentos administrativos e legais complicados. Esses parecem feitos para desanima-los e favorecer empresas que desconhecem a população local, explica Rosa Pardo, presidente da Aliente, a aliança nacional de plataformas de defesa do cidadão.

Não faltam sofismas como o de facilitar a “descarbonização” e objetivos ambiciosos da União Europeia para reduzir as emissões de CO2 em 55% até 2030, diz Juan Carlos Suárez-Quiñones.

Aliás, a UE teve que abandonar essas ousadas metas ecológicas diante da indignação continental dos agricultores europeus severamente ameaçados pela utopia de Bruxelas.

“A prioridade do governo e das regiões é atingir objetivos para poder publicar números”, lamenta Rosa Pardo. “Então eles dizem para si mesmos que só precisam instalar as usinas onde não há nada – mas há paisagens, agricultura, pessoas que vivem!” os quais obviamente estão sendo desrespeitados pelos que diziam ser seus salvadores!!!

Três regiões representam metade da capacidade eólica instalada: Castela e Leão, Aragão e Castela-La Mancha. Foi prometido aos habitantes a prioridade ao autoconsumo e às comunidades energéticas.

Mas, deploram eles, o objetivo fundamental da iniciativa ambientalista mostrou ser “a especulação financeira e não a produção de energia verde”. Uma fraude que agora está mostrando suas verdadeiras consequências.

O parques eólicos reeditam por toda parte o drama do arrasamento da saúde das pessoas mais fracas e da destruição da natureza.

Até no Brasil! Veja por exemplo: Caetés: parque eólico causa depressão, insônia, surdez, destrói a vida e produção dos mais pobres


O drama de viver sob hélices gigantes no Nordeste brasileiro










domingo, 2 de junho de 2024

Lei ambientalista multiplicou crocodilos assassinos na Austrália

Crocodilo australiano devora porco pego por surpresa.
Crocodilo australiano devora porco pego por surpresa.
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







A campanha ambientalista visando proteger os crocodilos assassinos de água salgada obteve sanção de lei que os declarou “em perigo de extinção” e proibiu sua caçada.

Governo e ambientalistas passaram por cima do sofrimento de incontáveis familiares das vítimas, dos pescadores e do enorme número de turistas que frequentam praias hoje infestadas de cruéis e gigantescos predadores que atacam os seres humanos.

Um resultado do ditatorialismo “verde” foi que esses crocodilos assassinos que se multiplicam velozmente agora nadam às centenas num rio perto de Darwin, no norte da Austrália.

Os habitantes tremem porque têm que viver podendo ser atacados até em praias.

As ondas que morrem na praia podem trazer o perigo de ser atacado, mutilado ou até morto por crocodilos “extremamente perigosos”, segundo informou a mídia internacional.

Antes que o governo australiano começasse a proteger esses crocodilos de água salgada, na década de 1970, 98% da população selvagem deles tinha desaparecido do Território do Norte, devido à procura de couro e ao abate.

Hoje, as autoridades estimam que existam mais de 100 mil crocodilos, com até seis metros de comprimento e pesando até uma tonelada, que caçam ao longo das costas, rios e zonas úmidas do extremo norte do país continental.

“Não se pode persuadir os crocodilos” (de não comer gente), defende insensatamente Grahame Webb, gestor do programa de conservação dos perigosos animais anfíbios.

Crocodilo do tipo Crocodylus porosus avança sigilosamente
Crocodilo do tipo Crocodylus porosus avança sigilosamente
Malgrado as vítimas, o militante ambientalista comemora essa proliferação. “Foi um verdadeiro sucesso”, repetiu Grahame Webb à AFP.

Mas, proteger os animais assassinos para o ecologismo foi apenas o primeiro passo.

Agora o movimento trabalha para dar de comer a mais de 100.000 crocodilos de seis metros!, e “reabastecer sua população”.

O sofisma é fácil: “se você não fizer isso eles começarão a comer pessoas novamente”, explicou Grahame.

Para Charlie Manolis, especialista em crocodilos da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), na década de 1980 as pessoas tiveram que se resignar a tê-los como vizinhos.

O parque Crocodylus Park, fundado por Grahame Webb, é um “paraíso” para os “crocodilos problemáticos”, animais retirados da natureza porque representam um perigo para a população ou porque atacam o gado.

O focinho verde de Prince, um crocodilo conhecido como “comedor de gado”, surge lentamente no parque, seguido por seus olhos brilhantes.

De repente, a fera pula verticalmente, com as mandíbulas abertas, antes de fechá-las na carne e cair de volta na água.

O espetáculo atrai curiosos, mas quanto gado deverá ser sacrificado para alimentar uma população de mais de 100.000 crocodilos em rápida multiplicação?

Crocodilo gigante pula para pegar carne oferecida
Crocodilo gigante pula para pegar carne oferecida
A mensagem para os visitantes é clara: tenha cuidado nos locais onde estes animais caçam e vivem.

Como discernir esses locais?

De fato, o perigo ronda por toda parte: “você sempre deve presumir que há um crocodilo na água, não importa o que aconteça”, observa Jess Grills.

À medida que a população de crocodilos cresce os ataques a seres humanos tendem a aumentar, alerta Charlie Manolis.

Resultado: a face da Terra vai ficando cada vez mais inóspita para o homem, criado por Deus para ser rei da Criação.


domingo, 19 de maio de 2024

Precipitar uso de carros elétricos pode trazer grande dano

Mídia se pergunta por que caiu o interesse pelos carros elétricos.
Mídia se pergunta por que caiu o interesse pelos carros elétricos,
quando a promoção da imprensa, 'verdes' e governos foi gigantesca.
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







O carro movido por motores elétricos é mais uma opção para os veículos. Até nos livraria da chantagem dos países árabes e da Rússia, imensos produtores de petróleo, e afastaria os danos da poluição dos motores a explosão.

Quando foram introduzidos os veículos a motor circularam alguns modelos movidos a vapor, e hoje se experimenta o motor a hidrogênio, muito mais prometedor que o elétrico no futuro.

Porém a introdução precipitada do carro elétrico e seu sistema de recarga das baterias colapsaria nosso sistema elétrico e nos jogaria num desastre porque a civilização atual é incapaz de sustentar o brutal e súbito aumento do consumo de eletricidade.

A prudência é necessária em seu uso e introdução massiva, como, aliás, de qualquer outra invenção.

Diante do desastre anunciado e previsto por causa da precipitação, a ofensiva ecologista esfrega as mãos e esconde os perigos.

As esquerdas comemoram que altos organismos como a União Europeia constrinjam as montadoras a suprimir os carros a combustão em prazos precipitados e com consequências danosas.

A nova tecnologia ainda está começando e os obstáculos, que podem ser superados, estão aparecendo.

Agora resulta que os motoristas não querem comprar veículos elétricos usados, o que atrapalha o mercado de veículos novos.

No mercado de segunda mão que movimenta US$ 1,2 bilhão, os preços dos carros elétricos estão caindo mais rapidamente do que os de veículos com motor a combustão.

A empresa líder dos carros elétricos barateou preços mas segue caindo.
A empresa líder dos carros elétricos barateou preços mas segue caindo.
Os compradores evitam adquiri-los devido à falta de subsídios, e o desejo de esperar por uma tecnologia melhorada para superar as deficiências na infraestrutura de carregamento.

Os modelos chineses fazem a guerra de preços contra a Tesla deprimindo ainda mais os valores dos elétricos novos e usados e ameaçando os lucros da Volkswagen e a Stellantis.

Os fabricantes de automóveis e as concessionárias na Europa que financiam o leasing dos elétricos tentam recuperar as perdas aumentando os custos dos empréstimos.

Alguns dos maiores compradores de carros novos, incluindo empresas de aluguel, estão reduzindo a participação de veículos elétricos porque perderam dinheiro nas revendas. É o caso da Sixt, que retirou modelos Tesla da sua frota.

Os problemas com os carros elétricos de segunda mão, disse Christian Dahlheim, diretor de serviços financeiros da VW, têm o potencial de destruir bilhões de euros em lucros para a indústria em geral.

A crise de confiança dos consumidores ameaça o plano de descarbonização da União Europeia que inclui eliminar as vendas de carros novos a combustão até 2035.

“Não há procura por veículos elétricos usados”, disse Matt Harrison, diretor de operações da Toyota Motor na Europa. “Isso está realmente prejudicando os preços.”

As empresas podem direcionar à África os carros indesejados, mas lá não há infraestrutura para o carregamento das baterias.

A China quer ser o gigante produtor desses carros, mas está se enchendo de cemitérios de veículos elétricos abandonados.

Consumidores que experimentaram voltam aos motores tradicionais
Consumidores que experimentaram voltam aos motores tradicionais
A Tesla começou a cortar agressivamente os preços para impulsionar as vendas, mas essas caíram.

Os preços dos veículos elétricos usados caíram cerca de um terço até outubro de 2023 e os usados demoram mais para serem vendidos do que os modelos a gasolina, mesmo após reduções significativas de preços.

Com a desaceleração das encomendas de novos e usados encalhados por mais de 90 dias, os carros elétricos se tornaram “inventário de risco”, segundo o pesquisador de mercado da Deutsche Automobil Treuhand, Dirk Weddigen von Knapp.

Os fabricantes procuram novas tecnologias de baterias que prometem carros mais baratos, com maior autonomia e carregamento mais rápido.

Ayvens, uma empresa que administra cerca de 3,5 milhões de veículos, disse que a incerteza em torno da tecnologia do carro elétrico levará mais clientes a alugar em vez de compra.

O presidente americano Biden promoveu incentivos para a comercialização de veículos elétricos, mas a venda está aquém das expectativas.

Carros eléctrcos forjaram má reputação no Canadá, segundo CleanEnergy
Carros elétrcos forjaram má reputação no Canadá, segundo CleanEnergy
Biden quer que metade dos veículos vendidos novos até 2030 seja de veículos totalmente elétricos e híbridos plug-in.

Biden forneceu US$ 7,5 bilhões aos governos estaduais e locais durante cinco anos para subsidiar a construção de carregadores, mas só agora estão se abrindo novas estações de recarga.

Segundo as montadoras o crescimento as vendas e a produção de carros totalmente elétricos diminuiu nos últimos meses, e alguns investimentos foram pausados.

Pela queda das vendas, Ford e a General Motors reduziram a produção de veículos elétricos e adiaram investimentos.

“Os fabricantes de automóveis passaram do otimismo para a realidade”, disse Michelle Krebs, analista do setor da Cox Automotive. Ele prevê que “haverá muitos obstáculos no caminho” da transição.

Mark Z. Jacobson, especialista em energia renovável e professor da Universidade de Stanford, disse que os compradores também precisam de mais informações sobre a economia de custos da adoção da eletricidade.

Os motoristas estão frustrados com a falta de carregadores e com as estações frequentemente quebradas. Cerca de 1 em cada 5 tentativas de carregamento falham, e cerca de 1 em cada 3 compradores não têm acesso a carregamento doméstico, diz Elizabeth Krear, especialista em veículos elétricos da J.D. Power.


domingo, 5 de maio de 2024

Produtores agrícolas derrotam escravizador “Pacto Ecológico Europeu”

Em Berlim, produtores recusam a utopia que os arruina
Em Berlim, produtores recusam a utopia que os arruína
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







Uma extraordinária mobilização dos produtores agrícolas europeus obteve grande vitória contra o poder de lobby político ambientalista europeu, reconheceu a grande mídia internacional, até a contragosto. 

Os produtores forçaram o órgão executivo da UE – Comissão Europeia – a recuar em todos os pontos da “Agenda Verde” que os quebraria com o pretexto de combater o “aquecimento climático”.

Entretanto, eles são uma minoria que representa apenas 4% da força de trabalho do continente, cuja população atinge 580 milhões de pessoas. Mas sua determinação, consagrada já na lavoura, afastou os perigos aprontados pelo socialismo ambientalista.

A presidente da Comissão Europeia, Úrsula von der Leyen, anunciou de público que retrocederia em 2 medidas fundamentais reprovadas pelos trabalhadores rurais:

1ª) descartou a disposição crucial denominada “Acordo Verde Europeu” ou “Pacto Ecológico Europeu”, que planejava reduzir o uso de pesticidas pela metade até 2040, medida que os produtores rurais consideravam sinônimo de “desaparecimento” na ultra controlada agricultura europeia;

Protestos no coração de Paris
Protestos no coração de Paris
2ª) afastou a meta de reduzir pela metade as emissões de dióxido de carbono (CO2), outra desastrosa utopia verde, agendada para ser executada num prazo de 15 anos.

A indignação levou os produtores agrícolas europeus a uma ofensiva de protestos legais. A dupla formada pela Comissão Europeia de Bruxelas e o Parlamento de Estrasburgo, sofreu uma derrota política mais uma vez.

O dirigismo desses organismos europeus foi vergado pelo setor agrícola que estabeleceu uma hegemonia virtual, enquanto o ecologismo-socialismo não recomece a atacar.

Úrsula von der Leyen também concordou em acabar com o caráter excepcional das importações agrícolas da Ucrânia, que duplicaram no ano passado, quando passaram de 7 bilhões de euros em 2022 para 13 bilhões em 2023, prejudicando aos agricultores europeus que a UE deveria defender prioritariamente.

É de bom senso que a solidariedade europeia com a Ucrânia não pode violar a prioridade dos produtores agroalimentares locais.

Resultou ser assim que a união do campo europeu ficou mais poderoso do que as cumplicidades dos políticos europeus com o ditador russo Vladimir Putin.

Von der Leyen reconheceu explicitamente o poder invicto dos agricultores europeus quando salientou que “a preocupação com o futuro da agricultura e com o seu próprio destino como produtores” deve agora ter precedência.

A realidade era pior ainda: a Comissão Europeia privilegiava os blefes ambientalistas ameaçando a segurança alimentar do continente.

Protesto em Paris contra as normas ecológicas punitivas
Protesto em Paris contra as normas ecológicas punitivas
O problema subjacente da agricultura europeia é o espírito socialista e confiscatório da utopia da unificação das nações que fez da agropecuária uma atividade hiper-regulada e extraordinariamente subsidiada.

O estrangulador regime de subsídios e afogamentos da liberdade produtiva da EU impõe um fardo esmagador de regulamentos administrativos e burocráticos aos produtores do continente.

A Comissão Europeia voltou-se também contra o atividade industrial urbana, sempre com os pretextos de combater o “aquecimento global” e outros blefes verdes.

Dessa maneira, a vitória dos produtores agropecuários soou como advertência de que na Europa se caminha para uma ruptura completa entre as elites políticas e a cidadania urbana e industrial.

Respira-se no continente o mau cheiro da profunda falta de legitimidade social e política do aparelho governamental paneuropeu.

Essa desconexão estrutural entre a cúpula e a imensa maioria dos cidadãos vem assombrando a unificação europeia desde as origens do processo de unificação, ou de abolição das nações.

Esse foi iniciado na década de 1960, num enganoso e dominante otimismo, mas depois o dirigismo da nova realidade, semente de República Universal, deixou lugar ao desencanto em todos os estratos sociais.

Esse mal-estar alimentou o renascimento de uma ambígua extrema-direita, em todo o lado e ao mesmo tempo.

Desde a “Alternativa para a Alemanha” na República Federal alemã, à “Frente Nacional” de Marine Le Pen na França, e ao Vox de Santiago Abascal na Espanha.

A cúpula política de Bruxelas se diz preocupada com as “alterações climáticas” e não foi capaz de perceber como ofendia ao movimento agroalimentar, que com as suas greves de reboques e tratores e bloqueios de estradas, se sente, com razão, vencedor de uma imensa luta desigual.

Protesto na Holanda daqueles que sim conhecem a natureza
Protesto na Holanda daqueles que sim conhecem a natureza
Ficou evidenciado ao descontentamento agropecuário, e aos cidadãos engajados nas atividades urbanos e industriais qual é a forma mais eficaz de protestar contra a imposição da utopia ecológica e socializante..

Assim, foram eliminadas diretamente as cláusulas da “lei verde” que estabelecia um corte de 30% nas emissões de gases estufa e metano em 2040, e desapareceu completamente o objetivo máximo de redução de 90% nas emissões de dióxido de carbono (CO2), que devia ser imposto no mesmo período.

Durante mais de 20 anos, a população europeia abandonou os governos social-democratas e de esquerda e virou, com nuances, para o centro-direita tradicional. Esse agora controla o Parlamento Europeu e canaliza as exigências agrícolas.

O curioso, porém, é que a União Europeia ainda insiste em dar lições de comportamento ambiental a outras regiões do planeta, como é o caso do Mercosul no acordo fracassado entre a região e Bruxelas.


domingo, 28 de abril de 2024

Consumidor recusa carros elétricos e prefere a combustão

Hertz vende seus carros elétricos por desinteresse do consumidor
Hertz vende seus carros elétricos por desinteresse do consumidor
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







A empresa de locação de veículos Hertz, uma das maiores do mundo nesse mercado, vendeu aproximadamente 20 mil carros elétricos da sua frota nos EUA, ou um terço da sua frota global de veículos elétricos (EVs), noticiou a imprensa internacional.

A Hertz reinvestirá os recursos na compra de veículos com motor a combustão. Segundo a empresa, o principal motivo da troca é a baixa procura por modelos elétricos e o alto custo de manutenção em comparação com os veículos convencionais.

As vendas, iniciadas em dezembro de 2023 ocorrerão ao longo de 2024. De acordo com comunicado da Hertz, enquanto não sejam vendidos os veículos elétricos serão ainda elegíveis para aluguel.

A Hertz reconheceu uma perda de US$ 245 milhões com esses modelos. A perda representa a redução dos valores contábeis dos EVs em dezembro de 2023.

“A empresa não espera que esta redução da frota de EV e a correspondente adição de veículos ICE [à combustão] tenham um impacto em dinheiro como resultado desta ação estratégica”, afirmou. 

A empresa também prevê impacto negativo nos resultados do quarto trimestre de 2023 pela depreciação associada aos VEs, que caíram de valor.

Em 2021, a Hertz havia anunciado a intenção de comprar 100 mil veículos elétricos da Tesla mas houve desaceleração da demanda em 2023.

Enquanto os líderes mundiais se reuniam em Dubai para discutir o progresso na redução das emissões, um relatório mostrou uma dura verdade para a bandeira ecologista: o aumento das energias renováveis não foi suficiente para substituir os combustíveis fósseis, registrou “O Estado de S.Paulo”.

Consumidores preferem carros a combustão
Consumidores preferem carros a combustão

Espera-se que as emissões globais de CO2 provenientes de combustíveis fósseis aumentem em 1,1% em 2023, segundo o Global Carbon Project.

“As energias renováveis estão crescendo a níveis recordes, mas os combustíveis fósseis também continuam crescendo a níveis recordes”, disse Glen Peters, pesquisador sênior do Cicero Center for International Climate Research, em Oslo, que coescreveu a nova análise.

O crescimento das emissões é alimentado pela Índia e da China. Os dois países queimam grandes quantidades de carvão, aumentam os voos de sua aviação e o transporte marítimo internacional.

A China é o país que mais contamina do planeta, mas é apresentado pelo ecologismo universal como líder da luta contra o “aquecimento global”.

Em sentido contrário, embora as emissões diminuam nos países de capitalismo privado como os EUA e a União Europeia, são objeto incessante de oposição ambientalista e de leis que afogam a população.

Nos EUA as emissões derivadas do carvão caíram para níveis não vistos desde o início do século, e foram de menos 3% neste ano, enquanto as da UE cairão cerca de 7%.

A utopia de controlar as temperaturas globais e as emissões de CO2 até chegar a zero levaria anos.

A lei para “controlar” a mudança climática do governo Biden com a lei Inflation Reduction Act, engaja US$ 370 bilhões para promover a infraestrutura eólica e solar, além de veículos elétricos. 

Mas os americanos preferem os carros movidos com combustíveis tradicionais e não simpatizam com as “energias alternativas”. 

Por sua vez, a UE enfrenta a recusa generalizada das populações à sua “Agenda Verde”.

BYD chinesa almacena em portos eurropeus a quantidade imensa de carros elétricos que não vende
BYD chinesa armazena em portos europeus a quantidade imensa de carros elétricos que não vende
Mas não era que o “soberano” deve ser respeitado “democraticamente”? A utopia ecologista menospreza esses raciocínios...

As tentativas de tributar ou limitar as emissões de CO₂ sempre provocaram reações negativas significativas.

Acresce que muitos especialistas afirmam as ditas “energias limpas” não conquistam os cidadãos que preferem os combustíveis fósseis “Os combustíveis fósseis continuam crescendo alegremente”, lamentou Peters, pesquisador em Oslo.

Nas maiores reuniões internacionais sobre o clima como COP-28 da ONU, os combustíveis fósseis provocaram polêmicas entre os próprios delegados nomeados pelos governos para promover a eliminação ou a redução gradual ainda que gradual dos combustíveis fósseis.

Acresce que é cada vez mais improvável que as leis ambientalistas possam impedir nem mesmo com normas ditatoriais que o mundo não aqueça mais de 1,5 °C para, supostamente, evitar impactos climáticos devastadores.


domingo, 21 de abril de 2024

Califórnia desanima da energia solar

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







A Califórnia outrora campeã das energias alternativas desanimou delas provocando um declínio acentuado na instalação de painéis de energia solar nos telhados residenciais, vem observando jornais como “O Estado de S.Paulo”.

Milhares de empresas engajadas no que se dizia ser o futuro hoje sofrem porque os proprietários das casas aproveitáveis se afastam dos painéis solares.

As vendas de instalações solares caíram até 85% em poucos meses diz relatório da Ohm Analytics, empresa de pesquisa que acompanha o mercado de energia solar.

Essa “energia alternativa” não progredia por adesão do público, mas com a injeção de incentivos estaduais, hoje diminuídos.

Empresas do setor projetam que as instalações no Estado cairão mais de 40% este ano e continuarão a diminuir até 2028.

A Construct Sun, empresa de Reno, Nevada, parou de fazer negócios na Califórnia porque viu suas vendas se esgotarem em quatro meses e está migrando para a Flórida, Carolina do Norte e Ohio.

“Eu fechei as portas na Califórnia”, disse Thomas Devine, vice-presidente executivo da Construct Sun. Ele explicou que a diminuição dos incentivos estaduais prejudicam sua meta de eliminar as emissões de gases de efeito estufa até 2045. “Essas políticas são uma loucura”, disse ele.

Evidentemente a intenção da empresa não era tanto a meta ambientalista. Essa lhe servia de pretexto. O verdadeiro objetivo era o lucro derivado de recursos pecuniários que o governo californiano tirava dos cidadãos com impostos para “salvar o planeta”.

As autoridades estaduais defenderam a mudança de política da Califórnia, que reduziu em 75% o valor dos créditos que os proprietários de casas com novas instalações recebem pela energia que enviam à rede.

Eles argumentaram que o subsídio era generoso demais, ajudando principalmente às casas dos ricos. As pessoas de baixa renda não tinham para comprar painéis, mas eram obrigadas a pagar taxas para manter as energias tão do gosto do ambientalismo.

“A Califórnia forneceu bilhões em descontos e incentivos desde 2006”, reconheceu a Public Utilities Commission, que supervisiona a energia solar em telhados e as concessionárias de propriedade dos investidores.

A decisão da Califórnia tem reflexos nacionais porque muitos estados de todo o país se orientavam pelo sistema de incentivos e aumentos de taxas excogitado pelos californianos.

Esse sistema para fazer progredir a “salvação do planeta” com constrangimentos econômicos aos que não aderiam nunca foi bem-aceito pela maioria das empresas de serviços públicos, que viam exageros para favorecer alguns sem levar em conta os verdadeiros custos e a própria realidade.

Na Califórnia, as fontes renováveis produzem mais de um terço da eletricidade. No entanto, o crescimento dessas fontes tornou-se instável à medida que os órgãos reguladores, as empresas de serviços públicos, os consumidores e as empresas de energia renovável reclamam mais subsídios financeiros.

Acresce que as energias solar e eólica são intermitentes dependem do bom tempo e do vento com óbvias interrupções.

Os residentes com incentivos tiveram que gastar muito para instalar baterias, úteis durante os períodos de tempo não favorável. E então pediam do estado para compensar essas despesas não contempladas pelo otimismo inicial.

As baterias do tamanho para uma casa são muito caras e seu preço não justifica economicamente o investimento em sistemas solares. E o estado não tem mais dinheiro para dar sem estrangular os mais pobres que não podem entrar no “sistema virtuoso verde”.

A maior empresa de energia solar residencial do país, a Sunrun, com sede em São Francisco, cortou cerca de 2.000 empregos depois da mudança oficial na Califórnia.

“É muito lamentável num momento em que o planeta está em chamas”, pranteou exagerando demais a senhora Mary Powell, CEO da Sunrun.

“O impulso foi interrompido”, disse a dona da Amy’s Roofing and Solar. Poderia ter sido mais clara dizendo que “acabou a mamata”.


domingo, 17 de março de 2024

Até FAO pede produzir mais carne

735 milhões de seres humanos precisam de calorias animais
735 milhões de seres humanos precisam de proteinas, gorduras e nutrientes animais
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







A ofensiva contra a produção e consumo de carne pretextando que estão entre os culpados do aumento da temperatura do planeta até 2050 se contradisse a si própria na reunião sobre alterações climáticas no Dubai, COP28, um dos supremos cenáculos de propagação dessa falsa crença contrária à carne.

Nessa reunião planetária a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) publicou um relatório sobre a alimentação mundial intitulado Roteiro de Sistemas Alimentares, observou “Clarin”.

Ele documenta que atualmente há mais de 735 milhões de pessoas que sofrem de nutrição insuficiente.

A novidade absoluta consistiu em que a FAO afirmou a necessidade de aumentar a produção de carne e lacticínios, para aumentar o seu consumo nos países em desenvolvimento.

Especialmente para aqueles cujas populações estão hoje subnutridas, ou experimentam deficiências nutricionais notáveis pela falta de consumo suficiente de proteínas animais.

A FAO salientou que “os tipos de proteínas, micronutrientes, gorduras e hidratos de carbono encontrados na carne, nos ovos e nos lacticínios não podem ser fornecidos pelos alimentos de origem vegetal, o que significa que é necessário produzir mais proteínas da carne para atender a essa imensa demanda”.

Veganos e ecologistas militantes ficaram de rosto no chão.

A FAO pediu incentivar a inovação científica e tecnológica na produção de carne e produtos lácteos visando reduzir os volumes de gás metano originado na pecuária.

A propaganda do ambientalismo magnífica o fato de o gás metano produzido pelos animais ser mais prejudicial que o dióxido de carbono (CO2) no aumento da temperatura da atmosfera.

Segundo a Universidade de Oxford, o potencial calórico do metano é 80 a 100 vezes superior ao do CO2 e é responsável por mais de 30% do aquecimento da atmosfera, vivido desde a primeira revolução industrial (1780/1840).

Gado Hereford na Argentina. FAO pede produzir mais
Gado Hereford na Argentina. FAO pede produzir mais
Se for verdade como insiste a fábrica ecológica de pânicos anti-civilizatorios que o aumento atual do CO2 desertificaria o planeta por aquecimento mais cedo ou mais tarde, então com o metano animal estaríamos fritos 80 ou 100 vezes mais rápido ou por um clima centuplicadamente mais quente.

A Nova Zelândia, que investe mais de US$ 54 milhões anualmente em laboratórios e testes de gado desde 2003, estudou diferentes tipos de animais e raças que produzem geneticamente menos metano.

Também chegou a um intenso processo de especialização biológica que obteve uma queda de 30% a 40% em relação às raças de animais que mais geram gases.

Porém o mais surpreendente foi a proposta da FAO – líder nos exageros ecológicos – de incentivar sistematicamente a produção de carne no mundo.

Ela chegou ao evidente e contradisse diretamente os ambientalistas extremistas que consideram que não há combate possível às alterações climáticas se não houver redução – e no limite eliminação – dos rebanhos pecuários.

O relatório da FAO também descobriu outro “ovo de Colombo” afirmando que a segurança alimentar e nutricional é um dos direitos humanos mais relevantes da época.

Defendeu então que é chegado o momento de descartar preconceitos e expressões de ignorância, e de apostar na inovação, sobretudo na produção de proteínas cárneas: carnes, laticínios, ovos e derivados.

A desnutrição no mundo vai além do mero déficit calórico porque o número de pessoas que não pode pagar uma alimentação saudável atinge mais de 3.000 milhões de indivíduos, nos quais proliferam problemas cardíacos, excesso de peso e saúde geralmente frágil, propensa a doenças.

Graves problemas de saúde atingiriam grande parte da humanidade se se pusesse em prática a propaganda ecologista contra a carne, que à luz deste relatório assume um fácies criminoso.

A FAO pediu não só aumentar sistematicamente a produção de carne e laticínios mas, ao mesmo tempo, fornecer informações suficientes sobre a natureza benéfica do consumo de carne.

Em suma, para a FAO chegou o momento de procurar sistematicamente o aumento da produtividade da carne no mundo com inovação constante.

Para a pecuária brasileira e argentina, dois países que sustentam benemeritamente o consumo mundial, o relatório pode tornar-se um apoio de alcance internacional.