China não fez nada digno de menção para limitar suas fabulosas emissões |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista, conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Como era de se prever, os governos fizeram poucos ou nulos progressos na redução das suas emissões de gases com efeito de estufa durante o ano passado (2023). De fato, não foi difícil, pois são utópicos e inatingíveis.
O fracasso era inevitável. Porém, o ambientalismo alarmista, alimenta ainda mais a mídia que forja dramas alarmantes em função do aquecimento.
O grupo de investigação Climate Action Tracker estimou que as políticas climáticas e energéticas dos governos do mundo farão subir as temperaturas globais cerca de 2,7 graus Celsius, ou 4,9 graus Fahrenheit, acima dos níveis pré-industriais no ano 2100, escreveu “The New York Times” em ampla reportagem.
O fato é que essa estimativa do aquecimento futuro quase não mudou nos últimos três anos, disse o grupo. Todas as medidas inclusive as mais abusivas não adiantaram de nada.
“Não estamos claramente a conseguir dobrar a curva”, confessou Sofia Gonzales-Zuñiga, especialista climática da Climate Analytics, principal autora do relatório.
O estudo foi divulgado na COP29 em Baku, Azerbaijão, onde os líderes mundiais procuraram biliões de dólares contra o aumento das temperaturas globais. À toa em verdade, mas cobiçando sempre mais bilhões.
O compromisso do Acordo de Paris de 2015 de manter o aquecimento global “bem abaixo” dos 2 graus Celsius, não foi cumprido, malgrado não faltassem bilhões de dólares para os cientistas alarmistas e seus projetos inúteis.
Os cientistas catadores de bilhões acentuaram o terrorismo de maiores riscos de ondas de calor mortais, incêndios florestais, secas, tempestades e extinção de espécies.
Mas o objetivo que eles dizem que se pode atingir com draconianas medidas e leis nacionais e internacionais parece cada vez mais inatingível.
Chuva de dólares para estimular o ativismo alarmista não adiantou |
“Nos últimos anos, os combustíveis fósseis venceram a corrida contra as energias renováveis”, pranteou Niklas Höhne, cientista do NewClimate Institute.
Ainda que os governos seguirem em frente, o aquecimento poderá ser limitado a cerca de 2,1 graus Celsius, afirma o relatório, um fracasso rotundo em relação à meta estabelecida.
O problema é que muitos países não apoiaram suas promessas grandiosas com ações concretas.
Acresce que Donald Trump retornou à Casa Branca prometendo desmantelar as regulamentações ambientalistas e poderá levar outros países a enfraquecer ou a abandonar as inviáveis promessas climáticas jamais cumpridas.
Uma de suas primeiras medidas foi denunciar o Acordo de Paris assinado em 2015 numa das incessantes COPs da ONU.
Nas conversações sobre o clima em Baku, muitos líderes mundiais relutaram em reconhecer ser esmagadoramente improvável cumprir as metas.
“É hora de admitir que o mundo ultrapassará 1,5°C.”, escreveu Glen Peters, investigador senior do Centro CICERO para Investigação Climática Internacional em Oslo, Noruega.
Concentrar-se num limite de temperatura irrealista “não é mais útil”, acrescentou. Mas o fanatismo ecologista é cego, ou tem uma meta oculta que não quer revelar.
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