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Poluição chinesa "salvou o planeta" do "aquecimento global"?
Foto: fábrica em Caijing |
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Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs
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Não há aquecimento global desde 1998.
Não é só a ciência empírica que o afirma, está nos próprios e-mails dos arautos do próprio “
aquecimento global” de origem humana, pegos de surpresa pelo escândalo do
Climagate.
Kevin Trenberth, chefe da
Climate Analysis Section no
USA National Center for Atmospheric Research escreveu em 2009 a Michael Mann, da
Pennsylvania State University:
“O fato é que nós não podemos explicar a falta de aquecimento neste momento e a única coisa que fica para nós é travestir os dados”.
Phil Jones, o apologeta do “
aquecimento global” e contestado diretor da
Climate Research Unity da University of East Anglia durante o escândalo do
Climagate admitiu em entrevista à BBC que não houve aquecimento “estatisticamente significativo” desde 1995.
James Delingpole, de “
The Telegraph”, relembrou esses fatos após a recente publicação do trabalho
“Reconciling Anthropogenic Climate Change with Observed Temperature 1998-2008”, produzido por uma equipe liderada por Robert Kaufmann, do Departamento de Geografia da Universidade de Boston.
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China salva o planeta do aquecimento global?
Cientistas sérios não acreditam |
Este trabalho – que já está entrando na história como uma das maiores piruetas para justificar o injustificável – começa pela constatação de uma evidência científica que emana dos instrumentos de medição da realidade:
desde 1998 não se verifica nenhum “aquecimento global”.
Mas, numa segunda etapa, que se parece mais a um passe de mágica do que ciência, a equipe conclui o contrário. Quer dizer, que sim houve “
aquecimento global de origem humano”.
– Como?
“Sim, houve”, respondem os autores. E tentam explicar: aconteceu que a fabulosa poluição jogada na atmosfera pela China incluiu enormes emissões de sulfuros com efeitos arrefecedores. Sem contar uma certa e verificada diminuição da atividade solar no período, a mudança de El Niño para La Niña...
E eis a solução da charada: a sociedade industrial capitalista teria aquecido a temperatura planetária, mas a poluição chinesa, aliada a esses outros fatores, impediu que o “
aquecimento global” aparecesse nas medições.
Para Judith Curry, da
School of Earth and Atmospheric Sciences do
Georgia Institute of Technology, o
argumento do ponto de vista científico “é totalmente inconvincente”.
Seu único lado é político, diz Curry, pois equivale a dizer: deixem a China seguir queimando carvão, e poluindo à vontade, coisa que, aliás, continuará a fazer de qualquer jeito.
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Pequim fica sob esta nuvem habitual de poluição |
Para David Whitehouse da
Global Warming Policy Foundation ‒ GWPF brincar com modelos computacionais não prova coisa alguma.
O fato decisivo é o que acontece no mundo real. E o que aconteceu é que a temperatura global não cresceu na última década.
O colunista do “The Telegraph” James Delingpole conclui pedindo de volta o dinheiro dos impostos recolhidos pelos governos para combater o “
aquecimento global”.
É uma questão de justiça. Mas, a
“religião verde” pouco se importa com esses escrúpulos capitalistas...