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domingo, 24 de novembro de 2024

Supressão ambientalista de defesas contra enchentes causou centenas de mortes

Ordens ambientalistas na raíz das centenas de mortes
Ordens ambientalistas na raíz das centenas de mortes
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs








A então ministra da Transição Ecológica, Teresa Ribera (foto) promoveu a demolição de 109 barragens e barreiras fluviais que teriam impedido a catastrófica enchente em Valência que levou a vida de entre mais de 200 ou até mais de 400 vidas.

Agiu contra o parecer unânime das comunidades agrícolas, da mídia e das redes sociais.

Desde 2005, foram eliminadas 559 estruturas, entre açudes, degraus e travessias, de uma vasta e custosa rede de desvios para impedir a catástrofe registrada, informou o jornal espanhol “La Gaceta”.

O ministério para a Transição Ecológica pensa gastar ainda 2,5 bilhões de euros até 2030 para demolir mais defesas até 2030 executando ordens da UE que aplicam a Agenda 2030 da ONU para combater as “mudanças climáticas”

Em 2021, Espanha liderou a remoção de barreiras fluviais na Europa alegando que impedem o fluxo natural dos rios e assim contribuem para o aquecimento do planeta.

Pela agenda 2030, España demoliu mais de 550 barragens, açudes e moinhos
Pela agenda 2030, España demoliu mais de 550 barragens, açudes e moinhos
Nesse ano foram removidas 108 estruturas, quase metade das 239 suprimidas em todo o continente. 

O projeto de Remoção de Barragens é da organização Mundial de Migração de Peixes, para supostamente “promover a conectividade dos ecossistemas aquáticos e restaurar habitats naturais”.

O Ministério, a União Europeia e a Agenda 2030 da ONU defendem que a demolição de obstáculos fluviais é essencial para a restauração ecológica dos rios espanhóis segundo um compromisso ambiental consensuado.

A Comunidade Valenciana sofreu a tempestade mais catastrófica da sua história: centenas de mortos e milhares de desaparecidos, cidades inteiras inundadas e danos materiais incalculáveis.

A população lembrou que só não foi pior em virtude de uma obra de engenharia anti-enchente de dimensões faraônicas construída há mais de 50 anos, e que os líderes ambientalistas no governo não tinham completado a demolição, registrou o jornal espanhol “El Debate”.

Se tivessem completado a destruição, a cidade de Valência quase não existiria hoje pelo projeto “verde” de liberar a água do rio Turia para correr atravessando livremente o núcleo urbano.

Valência foi construída em torno do rio Turia que lhe fornecia a água e atravessava o centro urbano pelo meio. 

Temporal DANA em Valência, outubro 2024
Temporal DANA em Valência, outubro 2024
O fenômeno chamado DANA (acrônimo de Depressão Isolada em Níveis Altos) se repete anualmente desde 1312, com intensidades diversas e é bem conhecido. Mas a cidade cresceu muito e em 1957 a ‘Grande Inundação’ atingiu 3 metros de altura causando 84 mortes.

O governo nacional de então ordenou construir o Plano Sur, uma megainfraestrutura que erradicou o perigo de inundações, desviando as águas do Turia para que as maiores chuvas não escoassem pela cidade.

Este ‘salva-vidas’ protegeu Valência das enchentes durante mais de 50 anos até que veio o projeto ecológico de fazer do leito do rio um grande corredor verde, que “renaturalizaria” seu fluxo.

Uma vez completado o “plano verde” não haveria o que segurasse o fenômeno DANA.

Em 2019, o arquiteto Rafael Rivera, responsável da demolição assassina, declarou que não se deveria temer grandes cheias, porque “elas só ocorrem a cada 200 anos, por isso não faz sentido deixar o resto do canal sem aproveitamento”.

A leviana e muito ecológica ação não se importou com o que todos os valencianos sabem: que o fenômeno atmosférico DANA é impossível de prever com precisão, muito menos seus possíveis danos ou consequências.

Cinco anos após os sofismas do arquiteto executor da ambientalista Agenda 2030 da ONU, Valência foi atingida pela maior inundação da sua história.

Protestos indignados em Valência pelas normas ecologistas genocidas
Protestos indignados em Valência pelas normas ecologistas genocidas
A catástrofe teria sido pelo menos grandemente evitada se não se tivesse preferido “combater a mudança climática” e optado pela “restauração do leito natural dos rios e a preservação do ecossistema fluvial”, aplainando centenas de infraestruturas para conter e desviar as enchentes, criadas pelos odiados capitalistas, franquistas, fascistas, etc., etc.

Os responsáveis ambientalistas nos governos se dizem comprometidos pela Agenda 2030 a continuar com seu péssimo operar.

A população indignada cobriu de lama e sujeiras ao rei e à rainha que foram se solidarizar com os danificados, humilhando o benéfico papel moderador que a monarquia tem na Espanha.

O primeiro ministro socialista se deu à fuga antes de ser atingido.


domingo, 10 de novembro de 2024

Carros elétricos incendeiam e explodem em ruas e parkings

Facilidade com que carros elétricos pegam fogo levou países a vetar seu ingresso em estacionamentos fechados
Facilidade com que carros elétricos pegam fogo
levou países a vetar seu ingresso em estacionamentos fechados
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






Na Ásia e na Europa, prefeituras restringiram ou pensam restringir o estacionamento de carros elétricos em locais públicos dependendo de seu nível de carregamento: aqueles com mais de 80 ou 90% não poderão estacionar em locais fechados.

As novas regulamentações são uma resposta a incêndios ou explosões recentes ligadas a baterias de lítio, segundo registrou reportagem do “La Nación”.

Em Seul, capital da Coreia do Sul, um Mercedes-Benz EQE estacionado numa garagem fechada de apartamentos pegou fogo e o incêndio, que se espalhou rapidamente, afetou 880 veículos e deixou sem água e luz a 1.600 casas por uma semana.

As autoridades então baniram por lei os carros elétricos com carga de bateria superior a 90% em estacionamentos subterrâneos.

O caso do Mercedes não foi isolado, mas um dos 139 incêndios em carros elétricos registrados nos últimos três anos no país.

68 aconteceram com os veículos em circulação, 36 quando estavam estacionados e 26 quando estavam sendo carregados.

Outro regulamento em curso de implementação limitará os carregadores ultrarrápidos e deterá automaticamente a carga quando o veículo atingir 80% da capacidade.

Em cidades como Ningbo na China, os proprietários de carros elétricos foram solicitados a estacionar em locais remotos onde há mais espaço entre os veículos.

Na Europa há conversas a esse respeito. No hospital Alder Hey, em Liverpool, o estacionamento de carros elétricos foi temporariamente proibido alegando que poderiam explodir.

Na Alemanha, Países Baixos e Noruega, os proprietários de veículos elétricos são convidados a carregar as baterias abaixo dos 80% para evitar o sobreaquecimento e algumas estações já ajustaram os níveis máximos de carga para esta percentagem.

As baterias de íon de lítio pegam fogo por sobreaquecimento, curtos-circuitos ou danos físicos.

Carros elétricos ainda são perigosos
Carros elétricos ainda são perigosos

À medida que a bateria se aproxima da carga total, há maior probabilidade de fuga térmica.

Em espaços pequenos e com tetos baixos, em caso de incidente, os danos se espalham mais rápido e controle do fogo torna-se mais difícil.

Quando a quantidade de energia armazenada é menor se evitam falhas causadoras de incêndios.

Para além do problema técnico, que eventualmente poderá ser superado, encontra-se desígnios político ideológicos que são o que deveras deveriam preocupar mais.

Há um esforço chinês que faz parte de um plano de hegemonia comercial e industrial mundial aproveitando as janelas abertas pelo ecologismo no Ocidente.

De ali uma produção exagerada a preços inferiores para dominar o mercado. Não é o único rubro em que a China aplica seu plano de conquista.

Resultado: estão mandando modelos imaturos que causam o problema referido.

De outro lado o ambientalismo contrário à civilização ocidental tenta forçar com leis e subsídios uma quase obrigatoriedade de as montadoras só produzirem carros elétricos em breves prazos.

As redes energéticas atuais não têm condições de alimentar a recarga dos carros a combustão existentes se forem substituídos por elétricos.

Resultado: drástica diminuição dos veículos individuais, promoção forçado do transporte coletivo, com a correspondente degradação do nível de vida nas cidades e países mais desenvolvidos, tornando mais próximo o ideal de vida comunitária rumo ao regime tribal.

Paradigmático incêndio de um Mercedes que motivou as restrições




domingo, 3 de novembro de 2024

Da teologia da luta de classes à da Pachamama,
mas sempre contra os homens

Bispos na maior festa religiosa da Patagônia atacam o enrriquecimento para 'salvar' a Mãe Terra
Bispos na maior festa religiosa da Patagônia
atacam o enriquecimento para 'salvar' a Mãe Terra
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







Em tempos de infiltração profunda da Teologia da Libertacao, pronunciamentos episcopais e clericais “engajados” costumavam surpreender com escandalosas adesões aos princípios marxistas da luta de classes radicalmente opostos ao Evangelho.

Nos últimos anos, porém, essas declarações que promoviam o materialismo marxista vêm sendo substituídas por outras que endeusam a Pachamama, ou Mãe Terra, ou ainda Gaia na fraseologia ecologista.

Na essência, continuam as mesmas posições em favor do materialismo, ateu no caso da “Teologia da Libertação”, panteísta no caso da Pachamama.

No primeiro caso o pretexto preferido era agir na defesa dos pobres. No segundo caso o pretexto mais amado é sair na defesa da natureza.

Em ambos casos o inimigo é o mesmo: o capitalismo privado, nacional ou internacional, apontado como fonte de todos os males e desastres sociais e econômicos, agora acrescidos dos ambientais.

Males dos pobres e da pobreza no primeiro caso, sofrimentos e queixas da Terra ferida e violada pelos investimentos humanos no segundo caso.

Houve apenas uma mudança no pretexto, na essência continua o culto ateu à matéria. Mas com a mudança, a sorte dos pobres ficou esquecida ou mandada à breca.

Foi-se o tempo em que D.Casaldáliga pregava a luta de classes comuno-indigenista
Foi-se o tempo em que D.Casaldáliga pregava
a luta de classes comuno-indigenista em clave socioeconômica
Exemplo clamoroso disso foi dado recentemente pelos bispos argentinos da Patagônia.

Num pronunciamento conjunto clamaram contra uma iniciativa da propriedade privada que viria trazer um fabuloso enriquecimento à escassa e parcialmente pobre população patagônica.

Eles visavam um oleoduto que cruzará o planalto patagônico do Rio Negro e um porto está sendo construído no sul da província e que fornecerá anualmente 15 bilhões de dólares com exportações de petróleo.

O investimento em andamento, é feito no âmbito do Regime de Incentivos aos Grandes Investimentos (RIGI), no qual o novo governo aguarda de inicio 30 bilhões de dólares e uma entrada anual de 2,5 bilhões de dólares, a partir de 2026, e que fornecerá por volta de 7.000 ou 8.000 empregos diretos e algumas dezenas de milhares de empregos indiretos, quando completado.

Na peregrinação anual à cidade de Chimpay, estado de Rio Negro, o bispo de Alto Valle, Mons. Alejando Benna, junto com os bispos de Viedma, D. Esteban Laxague, e de Bariloche, Mons. Juan Carlos Ares, se voltaram contra o projeto enriquecedor insinuando que seus promotores “não se importam com a terra, com os projetos que hipotecam água e terra”, noticiou “Clarín” de Buenos Aires.

Porto exportador de petróleo e gás liquida enriquecerá a Patagônia
Porto exportador de petróleo e gás liquida enriquecerá a Patagônia.
Mas bispos são contra alegando defender a Pachamama
O bispo de Rawson, Mons. Roberto Álvarez no vizinho estado de Chubut, também manifestou a sua preocupação pela sorte da Mãe Terra.

“É pertinente perguntar-nos se (a obra) não prejudicaria alguns dos ecossistemas pertencentes ao nosso mar territorial e outros que com eles são partilhados”, indagou esquecido dos pobres.

Endereçou nesse sentido uma carta ao governador de Chubut, ao vice-governador, ao procurador-geral, e aos legisladores provinciais, “tendo ouvido vários atores sociais que me expressaram a sua preocupação”, leia-se aos ativistas ecologistas e quiçá indigenistas, dando as costas ao povo que comemora a entrada de um fator que tirará da necessidade a grande parte da população local.

O bispo pergunta na carta às autoridades: “Tem certeza de que isso não afetará o assentamento dos Pinguins de Magalhães, que é vulnerável a derramamentos de petróleo?

“E no repovoamento da Baleia Franca Austral, antes dizimada pela caça e que escolheu o golfo para se produzir?

“O que acontecerá”, acrescenta, “com as principais atividades econômicas das comunidades locais, como a pesca artesanal, o turismo orientado para a pesca desportiva, a caça e a observação da vida marinha, se o tráfego de barcos mudar os seus hábitos face aos derrames que são produzidos?”.

Grupelhos comuno-indigenistas manifestam contra o enriquecimento da Patagônia
Grupelhos comuno-indigenistas manifestam
contra o enriquecimento da Patagônia "em defesa da Mãe Terra"
Nenhuma referência a Deus, à festa religiosa, nem aos fiéis. Só veiculação de suspeitas, em geral demagógicas, da militância ecolo-tribalista visceralmente anti-capitalista.

Ele esclareceu que “nenhuma de minhas formulações tenta estabelecer posições científicas”, e assim se joga a semear dúvidas sem tomar conhecimento das ‘posições científicas’ que nestes casos é indispensável conhecer para formular propósitos sensatos.

Tentou fugir de eventuais críticas dizendo que “ninguém mudou minha posição ideológica”, portanto reconhecendo que tem uma posição ideológica que, como vimos, acerta o passo com o ambientalismo panteísta.

E encerra com a escapatória de que “só a minha preocupação cívica aumenta o peso de ser o bispo que exerce o ofício pastoral nesta área da província de Chubut”.

Nosso Senhor Jesus Cristo que instituiu a ordem episcopal para ensinar o Evangelho, ficou para outra vez. Agora é a hora de outra divindade e da matéria em clave ecologista.