Ordens ambientalistas na raíz das centenas de mortes |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista, conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
A então ministra da Transição Ecológica, Teresa Ribera (foto) promoveu a demolição de 109 barragens e barreiras fluviais que teriam impedido a catastrófica enchente em Valência que levou a vida de entre mais de 200 ou até mais de 400 vidas.
Agiu contra o parecer unânime das comunidades agrícolas, da mídia e das redes sociais.
Desde 2005, foram eliminadas 559 estruturas, entre açudes, degraus e travessias, de uma vasta e custosa rede de desvios para impedir a catástrofe registrada, informou o jornal espanhol “La Gaceta”.
O ministério para a Transição Ecológica pensa gastar ainda 2,5 bilhões de euros até 2030 para demolir mais defesas até 2030 executando ordens da UE que aplicam a Agenda 2030 da ONU para combater as “mudanças climáticas”
Em 2021, Espanha liderou a remoção de barreiras fluviais na Europa alegando que impedem o fluxo natural dos rios e assim contribuem para o aquecimento do planeta.
Pela agenda 2030, España demoliu mais de 550 barragens, açudes e moinhos |
O projeto de Remoção de Barragens é da organização Mundial de Migração de Peixes, para supostamente “promover a conectividade dos ecossistemas aquáticos e restaurar habitats naturais”.
O Ministério, a União Europeia e a Agenda 2030 da ONU defendem que a demolição de obstáculos fluviais é essencial para a restauração ecológica dos rios espanhóis segundo um compromisso ambiental consensuado.
A Comunidade Valenciana sofreu a tempestade mais catastrófica da sua história: centenas de mortos e milhares de desaparecidos, cidades inteiras inundadas e danos materiais incalculáveis.
A população lembrou que só não foi pior em virtude de uma obra de engenharia anti-enchente de dimensões faraônicas construída há mais de 50 anos, e que os líderes ambientalistas no governo não tinham completado a demolição, registrou o jornal espanhol “El Debate”.
Se tivessem completado a destruição, a cidade de Valência quase não existiria hoje pelo projeto “verde” de liberar a água do rio Turia para correr atravessando livremente o núcleo urbano.
Valência foi construída em torno do rio Turia que lhe fornecia a água e atravessava o centro urbano pelo meio.
Temporal DANA em Valência, outubro 2024 |
O governo nacional de então ordenou construir o Plano Sur, uma megainfraestrutura que erradicou o perigo de inundações, desviando as águas do Turia para que as maiores chuvas não escoassem pela cidade.
Este ‘salva-vidas’ protegeu Valência das enchentes durante mais de 50 anos até que veio o projeto ecológico de fazer do leito do rio um grande corredor verde, que “renaturalizaria” seu fluxo.
Uma vez completado o “plano verde” não haveria o que segurasse o fenômeno DANA.
Em 2019, o arquiteto Rafael Rivera, responsável da demolição assassina, declarou que não se deveria temer grandes cheias, porque “elas só ocorrem a cada 200 anos, por isso não faz sentido deixar o resto do canal sem aproveitamento”.
A leviana e muito ecológica ação não se importou com o que todos os valencianos sabem: que o fenômeno atmosférico DANA é impossível de prever com precisão, muito menos seus possíveis danos ou consequências.
Cinco anos após os sofismas do arquiteto executor da ambientalista Agenda 2030 da ONU, Valência foi atingida pela maior inundação da sua história.
Protestos indignados em Valência pelas normas ecologistas genocidas |
Os responsáveis ambientalistas nos governos se dizem comprometidos pela Agenda 2030 a continuar com seu péssimo operar.
A população indignada cobriu de lama e sujeiras ao rei e à rainha que foram se solidarizar com os danificados, humilhando o benéfico papel moderador que a monarquia tem na Espanha.
O primeiro ministro socialista se deu à fuga antes de ser atingido.
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