Luis Dufaur
Escritor, jornalista, conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Um alarmismo feito de exageros e exploração do desconhecimento popular nos inocula a ideia de uma extinção irreparável das espécies animais e vegetais por culpa do progresso humano.
Porém, a verdade é que o homem nem tem ideia certa de quantas espécies com vida existem na Terra.
Só no ano 2021 foram identificadas e catalogadas 552 novas espécies por cientistas do Museu de História Natural de Londres, noticiou o site Space +Science.
Entre elas há de tudo: criaturas parecidas com camarões, um dinossauro extinto chamado “garça do inferno” e besouros coloridos por exemplo.
A pandemia restringiu as possibilidades de viagens e explorações, mas ainda assim uma busca restringida revelou uma riqueza abundante de espécies ignotas para a ciência, vivas e extintas.
Um inseto que pode estar em extinção causa o alvoroço da mídia sensacionalista ou ecologista.
Abelhas de brilho metalizado da Índia, macho e fémea |
Só o referido Museu de História Natural de Londres possui 80 milhões de espécimes em suas coleções, dispondo de uma equipe de 300 cientistas.
Em 2021 eles descobriram ossaturas de novas espécies de dinossauros carnívoros gigantes chamados espinossauros, que tinham crânios semelhantes a crocodilos para pegar presas na água e na terra na Ilha de Wight há 125 milhões de anos.
Um deles ganhou o apelido pouco simpático de “garça do inferno” e o outro o de “caçador da margem do rio”.
O nome técnico do primeiro é Ceratosuchops inferodios, que significa “garça-real do inferno com cara de crocodilo com chifres”, porque ostentava chifres e saliências na região da testa e caçava de maneira semelhante às garças.
O segundo foi classificado de Riparovenator milnerae, ou “caçador das margens do rio de Milner”.
Ambos atingiam cerca de 9 metros de comprimento e tinham crânios de 1 metro de comprimento. São bichos realmente estranhos, porém sua singularidade ajudaria à propaganda midiática.
Em sentido contrário, podia ser prejudicial para o alarmismo porque informa que sempre espécies desaparecendo e entretanto há milhões de outras a descobrir. Então foi feito um silencio midiático que prejudicial para a ciência e para o conhecimento dos homens.
Flores 'joalheria' e 'não me toques' na África oriental |
“Foi um ano fantástico para a descrição de novos dinossauros, especialmente do Reino Unido”, disse Susannah Maidment, pesquisadora sênior em paleobiologia do Museu de História Natural.
Em 2021 também apareceram aranhas presas em âmbar, um parente vegetariano do crocodilo e um “rato jurássico” que existiu na Escócia.
Mas não se tratou só de vestígios. Os cientistas desse Museu descobriram que a Terra é o lar de uma vasta gama de pequenos crustáceos semelhantes a camarões chamados copépodes.
Os cientistas descobriram 291 novas espécies deles em 2021. E se encontram em todo o mundo, desde lagos de água doce nas montanhas até nas fossas oceânicas.
Essas pequenas criaturas são uma fonte vital de alimento para peixes e krill e tem um efeito fundamental no ciclo de carbono e na ecologia da Terra.
Constituem um achado para comemorar. Mas a mídia que nos acabrunha com notícias pessimistas sobre a natureza, não noticiou como seria de desejar.
A cobra Rhabdophis bindi da Índia e Bangladesh |
Na Fossa do Atacama, nas costas do Peru e do Chile, foi encontrado um crustáceo relacionado ao camarão: o Eurythenes atacamensis. E mais silencio dos ativistas preocupados pela variedade da vida nos mares!!!
Além de vespas, mariposas, caranguejos e moscas, os pesquisadores encontraram 90 novas espécies de besouros, incluindo os brilhantes roxos e verdes da Índia e uma espécie de mandíbula grande das Filipinas, acrescentou o site Space +Science.
Os cientistas identificaram um grilo do Sudeste Asiático cuja música incomum e bonita foi ouvida pela primeira vez em 1990.
Cavalinho de mar da Nova Zelanda |
Caro leitor por favor não canse, pois malgrado a redução da atividade investigativa por causa da pandemia, foram achados ainda 10 novos répteis e anfíbios, incluindo uma cobra chamada Joseph's racer que já havia sido identificada numa pintura de 185 anos.
É a Rhabdophis bindi cobra da Índia e Bangladesh que vive em florestas tropicais sempre verdes.
No Brasil não raro os agricultores ultrapassam a quantidade máxima cabível de pesticidas, provocando mal estar nos assíduos consumidores das frutas - como eu - onde chegam a se acumular formando enormes caroços, uai?
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