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domingo, 28 de abril de 2024

Consumidor recusa carros elétricos e prefere a combustão

Hertz vende seus carros elétricos por desinteresse do consumidor
Hertz vende seus carros elétricos por desinteresse do consumidor
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







A empresa de locação de veículos Hertz, uma das maiores do mundo nesse mercado, vendeu aproximadamente 20 mil carros elétricos da sua frota nos EUA, ou um terço da sua frota global de veículos elétricos (EVs), noticiou a imprensa internacional.

A Hertz reinvestirá os recursos na compra de veículos com motor a combustão. Segundo a empresa, o principal motivo da troca é a baixa procura por modelos elétricos e o alto custo de manutenção em comparação com os veículos convencionais.

As vendas, iniciadas em dezembro de 2023 ocorrerão ao longo de 2024. De acordo com comunicado da Hertz, enquanto não sejam vendidos os veículos elétricos serão ainda elegíveis para aluguel.

A Hertz reconheceu uma perda de US$ 245 milhões com esses modelos. A perda representa a redução dos valores contábeis dos EVs em dezembro de 2023.

“A empresa não espera que esta redução da frota de EV e a correspondente adição de veículos ICE [à combustão] tenham um impacto em dinheiro como resultado desta ação estratégica”, afirmou. 

A empresa também prevê impacto negativo nos resultados do quarto trimestre de 2023 pela depreciação associada aos VEs, que caíram de valor.

Em 2021, a Hertz havia anunciado a intenção de comprar 100 mil veículos elétricos da Tesla mas houve desaceleração da demanda em 2023.

Enquanto os líderes mundiais se reuniam em Dubai para discutir o progresso na redução das emissões, um relatório mostrou uma dura verdade para a bandeira ecologista: o aumento das energias renováveis não foi suficiente para substituir os combustíveis fósseis, registrou “O Estado de S.Paulo”.

Consumidores preferem carros a combustão
Consumidores preferem carros a combustão

Espera-se que as emissões globais de CO2 provenientes de combustíveis fósseis aumentem em 1,1% em 2023, segundo o Global Carbon Project.

“As energias renováveis estão crescendo a níveis recordes, mas os combustíveis fósseis também continuam crescendo a níveis recordes”, disse Glen Peters, pesquisador sênior do Cicero Center for International Climate Research, em Oslo, que coescreveu a nova análise.

O crescimento das emissões é alimentado pela Índia e da China. Os dois países queimam grandes quantidades de carvão, aumentam os voos de sua aviação e o transporte marítimo internacional.

A China é o país que mais contamina do planeta, mas é apresentado pelo ecologismo universal como líder da luta contra o “aquecimento global”.

Em sentido contrário, embora as emissões diminuam nos países de capitalismo privado como os EUA e a União Europeia, são objeto incessante de oposição ambientalista e de leis que afogam a população.

Nos EUA as emissões derivadas do carvão caíram para níveis não vistos desde o início do século, e foram de menos 3% neste ano, enquanto as da UE cairão cerca de 7%.

A utopia de controlar as temperaturas globais e as emissões de CO2 até chegar a zero levaria anos.

A lei para “controlar” a mudança climática do governo Biden com a lei Inflation Reduction Act, engaja US$ 370 bilhões para promover a infraestrutura eólica e solar, além de veículos elétricos. 

Mas os americanos preferem os carros movidos com combustíveis tradicionais e não simpatizam com as “energias alternativas”. 

Por sua vez, a UE enfrenta a recusa generalizada das populações à sua “Agenda Verde”.

BYD chinesa almacena em portos eurropeus a quantidade imensa de carros elétricos que não vende
BYD chinesa armazena em portos europeus a quantidade imensa de carros elétricos que não vende
Mas não era que o “soberano” deve ser respeitado “democraticamente”? A utopia ecologista menospreza esses raciocínios...

As tentativas de tributar ou limitar as emissões de CO₂ sempre provocaram reações negativas significativas.

Acresce que muitos especialistas afirmam as ditas “energias limpas” não conquistam os cidadãos que preferem os combustíveis fósseis “Os combustíveis fósseis continuam crescendo alegremente”, lamentou Peters, pesquisador em Oslo.

Nas maiores reuniões internacionais sobre o clima como COP-28 da ONU, os combustíveis fósseis provocaram polêmicas entre os próprios delegados nomeados pelos governos para promover a eliminação ou a redução gradual ainda que gradual dos combustíveis fósseis.

Acresce que é cada vez mais improvável que as leis ambientalistas possam impedir nem mesmo com normas ditatoriais que o mundo não aqueça mais de 1,5 °C para, supostamente, evitar impactos climáticos devastadores.


domingo, 21 de abril de 2024

Califórnia desanima da energia solar

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







A Califórnia outrora campeã das energias alternativas desanimou delas provocando um declínio acentuado na instalação de painéis de energia solar nos telhados residenciais, vem observando jornais como “O Estado de S.Paulo”.

Milhares de empresas engajadas no que se dizia ser o futuro hoje sofrem porque os proprietários das casas aproveitáveis se afastam dos painéis solares.

As vendas de instalações solares caíram até 85% em poucos meses diz relatório da Ohm Analytics, empresa de pesquisa que acompanha o mercado de energia solar.

Essa “energia alternativa” não progredia por adesão do público, mas com a injeção de incentivos estaduais, hoje diminuídos.

Empresas do setor projetam que as instalações no Estado cairão mais de 40% este ano e continuarão a diminuir até 2028.

A Construct Sun, empresa de Reno, Nevada, parou de fazer negócios na Califórnia porque viu suas vendas se esgotarem em quatro meses e está migrando para a Flórida, Carolina do Norte e Ohio.

“Eu fechei as portas na Califórnia”, disse Thomas Devine, vice-presidente executivo da Construct Sun. Ele explicou que a diminuição dos incentivos estaduais prejudicam sua meta de eliminar as emissões de gases de efeito estufa até 2045. “Essas políticas são uma loucura”, disse ele.

Evidentemente a intenção da empresa não era tanto a meta ambientalista. Essa lhe servia de pretexto. O verdadeiro objetivo era o lucro derivado de recursos pecuniários que o governo californiano tirava dos cidadãos com impostos para “salvar o planeta”.

As autoridades estaduais defenderam a mudança de política da Califórnia, que reduziu em 75% o valor dos créditos que os proprietários de casas com novas instalações recebem pela energia que enviam à rede.

Eles argumentaram que o subsídio era generoso demais, ajudando principalmente às casas dos ricos. As pessoas de baixa renda não tinham para comprar painéis, mas eram obrigadas a pagar taxas para manter as energias tão do gosto do ambientalismo.

“A Califórnia forneceu bilhões em descontos e incentivos desde 2006”, reconheceu a Public Utilities Commission, que supervisiona a energia solar em telhados e as concessionárias de propriedade dos investidores.

A decisão da Califórnia tem reflexos nacionais porque muitos estados de todo o país se orientavam pelo sistema de incentivos e aumentos de taxas excogitado pelos californianos.

Esse sistema para fazer progredir a “salvação do planeta” com constrangimentos econômicos aos que não aderiam nunca foi bem-aceito pela maioria das empresas de serviços públicos, que viam exageros para favorecer alguns sem levar em conta os verdadeiros custos e a própria realidade.

Na Califórnia, as fontes renováveis produzem mais de um terço da eletricidade. No entanto, o crescimento dessas fontes tornou-se instável à medida que os órgãos reguladores, as empresas de serviços públicos, os consumidores e as empresas de energia renovável reclamam mais subsídios financeiros.

Acresce que as energias solar e eólica são intermitentes dependem do bom tempo e do vento com óbvias interrupções.

Os residentes com incentivos tiveram que gastar muito para instalar baterias, úteis durante os períodos de tempo não favorável. E então pediam do estado para compensar essas despesas não contempladas pelo otimismo inicial.

As baterias do tamanho para uma casa são muito caras e seu preço não justifica economicamente o investimento em sistemas solares. E o estado não tem mais dinheiro para dar sem estrangular os mais pobres que não podem entrar no “sistema virtuoso verde”.

A maior empresa de energia solar residencial do país, a Sunrun, com sede em São Francisco, cortou cerca de 2.000 empregos depois da mudança oficial na Califórnia.

“É muito lamentável num momento em que o planeta está em chamas”, pranteou exagerando demais a senhora Mary Powell, CEO da Sunrun.

“O impulso foi interrompido”, disse a dona da Amy’s Roofing and Solar. Poderia ter sido mais clara dizendo que “acabou a mamata”.