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domingo, 10 de julho de 2022

ECO-92: 30 anos que adulteraram o mundo

Na ECO-92, no Rio de Janeiro, se tramou a maior revolução do século
Na ECO-92, no Rio de Janeiro, se tramou a maior revolução do século
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs



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Desde a ECO-92 o movimento ecologista parece sonhar com a hipótese de transformar o Brasil — juntamente com toda a América do Sul — no continente-polo do ecologismo irracional e tribalista.

Se o conseguisse, faria do continente o que a Rússia foi para a revolução marxista mundial: a sua Meca e plataforma de expansão.


Há 30 anos, após a derrubada do Muro de Berlim e o fim da Guerra Fria, o cenário mundial modificou-se de tal modo, e tão rapidamente, que poucos atinaram para o significado daquele acontecimento.

Isso foi planejado entre 3 e 14 de junho de 1992 no Rio de Janeiro, por ocasião da Cúpula da Terra — primeira Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, também conhecida como ECO-92 ou Rio-92 —, a qual visava reconfigurar o panorama mundial.

O evento reuniu o maior número de chefes de Estado e de Governo do mundo inteiro.

Desconjuntamento do Ocidente


Paulinho Paiacan foi o ícone do ecologismo de ECO-92, mas foi preso por estuprar uma jovem 'branca'
Paulinho Paiacan foi o ícone do ecologismo de ECO-92,
mas foi preso por estuprar uma jovem 'branca'
“O mundo não será o mesmo a partir de agora” — vaticinou no fim do evento o secretário-geral dessa assembleia universal, Maurice Strong. (O Estado de S. Paulo, 15-6-92)

Governantes e ONGS ecologistas, animadores da ECO-92, cogitaram mudanças dramáticas semelhantes às ocorridas na área comunista, mas rumo a um mundo inteiramente novo e misterioso.

No seu relatório “State of the World – 1992”, editado em 23 línguas, o Worldwatch Institute anunciava que o ecologismo produziria no Ocidente uma revolução de alcance incalculável:

“Não há precedente para a mudança em perspectiva: uma reestruturação da economia global, grandes mudanças no comportamento reprodutivo humano e mudanças dramáticas nos valores e estilos de vida. [...]

“Se esta revolução ambiental for bem-sucedida, ela se equiparará às revoluções agrícola e industrial como uma das maiores transformações econômicas e sociais da história da humanidade”. (Washington, 1992, 256 pp., p. 174)

Irracionalidade nas metas globais


A nova macrotendência consistiu na irrupção do irracional na esfera das Nações Unidas e nos debates mundiais.

Parece chocante, mas 264 cientistas, entre os quais 52 Prêmios Nobel, enviaram à Cúpula da Terra um desesperado “apelo de Heidelberg”, denunciando “a ideologia irracional que se opunha ao progresso industrial e científico”, a qual penetrava na reunião. (Le Figaro, Paris, 1-6-92)

A ECO-92 constou de duas partes: a primeira foi a reunião das delegações oficiais de mais de 150 países e de agências internacionais, com a presença de 116 chefes de Estado, a maior da História.

A segunda foi a reunião das Organizações Não Governamentais (ONGs), no aterro do Flamengo, ou Fórum Global.

O Forum Global das ONGs foi uma imensa kermesse New Age
O Forum Global das ONGs foi uma imensa kermesse New Age
Esta última consistiu numa espécie de quermesse “New Age”, onde as superstições mais comuns — espiritismo, religiões e seitas estranhas do Oriente, Dalai Lama, yoga, magia, índios dos mais decadentes, adivinhos, feministas, ativistas LGBT, profetas do fim do mundo, propagandistas da República Universal, movimentos socialistas, propaladores de “tecnologias do Terceiro Mundo”, contestatários de toda espécie e, bem entendido, ecologistas de todas as tonalidades — fizeram cerimônias, proferiram conferências, reclamaram dinheiro e exigiram da reunião oficial objetivos e promessas exageradas ou irreais.

Esse happening anárquico foi parte plena da Cúpula da Terra, segundo o programa oficial.

“O secretário-geral da UNCED, Maurice Strong, em muitas ocasiões argumentou vigorosamente que sem o Fórum Global de 1992, a própria Cúpula da Terra perderia sua legitimidade”. (Official calendar, june 1-14-92, p. 6)

Estados Unidos na mira


Comentando a presença dos Estados Unidos na ECO-92, um grande matutino brasileiro observou que “a principal potência do planeta ficou numa situação de isolamento. [...] não foi acompanhada por seus aliados tradicionais”. (O Estado de São Paulo, 16-6-92)

“Bush é um degenerado ambiental”, declarou à imprensa o principal representante do Greenpeace na ECO-92, Clifton Curtis.

Presidente americano assina documento de base
Presidente americano assina documento de base
Ele teria “cumprido o papel de um ladrão de caminhos na rota da Cúpula da Terra ao sabotar as principais iniciativas para a proteção do planeta”. (Terraviva, 13-6-92.)

Verde ecologista substitui vermelho marxista


Os grupos que se reuniam outrora sob a bandeira vermelha do comunismo internacional se rearticularam sob a bandeira verde do ecologismo irracional.

Mas os representantes do mundo racional fingiam não o ter percebido e altos representantes do governo americano, como o senador Al Gore, até financiavam o ativismo irracional do Fórum Global.

O mesmo faziam as autoridades da ONU, que deveriam ser neutras, e o secretário-geral da reunião, Maurice Strong, que participou de passeata em repúdio aos EUA.(O Estado de São Paulo, 8-6-92)

A cena mais perplexitante talvez tenha sido ver o ilustre personagem que nesse momento presidia a delegação americana — isto é, o presidente Georges Bush — somar-se às palmas que se seguiram ao ataque de Fidel Castro aos EUA. (Earth Summit Times, 13-6-92; Terraviva, 13-6-92)

O Vaticano e a família no pelourinho


Ecumenismo caótico de religiões, superstiçõess e anarquismo
Ecumenismo caótico de religiões, superstições e anarquismo
A grande potência da ordem espiritual, o Vaticano, foi objeto de outra descabelada ofensiva da irracionalidade apoiada por organismos internacionais.

O Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), a maior fonte de financiamento do controle da natalidade no mundo, acusou a Santa Sé de subtrair a planificação familiar e a anticoncepção da Agenda 21 — o mais importante documento aprovado no Rio.

Werner Fornos, presidente da ONG Instituto de População, ameaçou: “Se existisse um tribunal de crimes de guerra ao qual pudéssemos nos dirigir, o Papa estaria sob juízo.

“Trata-se de uma absoluta tragédia”.

Fornos criticou ainda o Vaticano “por interferir na vida das pessoas em todo mundo por causa de dogmas religiosos”.

E manifestou o anelo de uma Nuremberg contra a Santa Sé por defender a moral familiar.

Outras ONGs — como o Comitê para a crise da População e Católicos pela livre escolha — hostilizaram o Vaticano e os “conservadores de orientação direitista de Washington” com injunções demagógicas, reveladoras de uma mentalidade ditatorial abortista e antifamiliar. (Tierraviva, 2-6-92)

Assim, as duas maiores potências do mundo — os EUA na ordem temporal e o Vaticano na ordem espiritual — foram as grandes infamadas na Cúpula da Terra.



continua no próximo post:  


Um comentário:

  1. Causaria arrepio estar ao lado daquele assassino a sangue frio cubano.

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