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domingo, 7 de agosto de 2022

Segure o riso: eis o mapa ecologista da subida dos oceanos

Mapa da suposta invasão dos EUA pelo aumento do nível dos mares
Mapa da suposta invasão dos EUA pelo aumento do nível dos mares
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







O alarmismo ambientalista fornece matérias de rir até demais. A última foi uma imagem geográfica das consequências do aumento do nível do mar nos EUA, que reproduziu o jornal britânico “The Independent”.

É uma montagem gráfica com a seguinte mensagem alarmista: “os cientistas dizem que este mapa mostra os Estados Unidos em trinta anos se não revertermos as mudanças climáticas”".

A imagem é totalmente falsa, e de tal maneira falsa que pega de surpresa até o mais culto.

O aumento do nível do mar representado na montagem é na verdade um mapa do Mar Mediterrâneo, sobreposto ao dos EUA.

Os contornos da famosa bota italiana vão de Dakota do Norte ao Kansas, Córsega flutua como uma ilha entre Montana e Novo México e a Sicília paira em algum lugar perto do Kansas. Sem palavras. É inacreditável se a gente não vê com os próprios olhos.

Há aberração ainda maior nele, escreve Slate: neste mapa, os oceanos estão concentrados no meio do país.

Blefe até com o mapa da Austrália
Blefe até com o mapa da Austrália
Na realidade se os EUA fossem se afundar pelo derretimento dos polos, geleiras e outros blablablás as costas americanas deveriam ser devoradas as primeiras pela subida das águas, obviamente.

E as grandes cidades costeiras como Nova York seriam engolidas como início de conversa. Mas isto não acontece no mapa falsificado pelo alarmismo. Elas ficam pimpantes e intactas enquanto o coração de EUA é varrido da superfície seca do planeta.

O alarmismo com o mapa nem suspeita que apresenta os oceanos passando por cima das Montanhas Rochosas, que ficam a mais de uma milha (1.609 metros) acima do nível do mar.

A Associated Press (AP) procurou a origem do disparate. Ele data de 2015, quando um arquiteto chamado Bret Drager o postou em seu blog depois de se perguntar se o Mar Mediterrâneo caberia em um mapa dos EUA.

A fake news fez furor nas redes porque foi apresentada como prova das mudanças climáticas e de seu impacto no aumento dos níveis dos oceanos.

As fake news do relatório do IPCC de 2021, entre mirabolantes hipóteses – aliás, sempre desmentidas pela natureza – afirma que: “espera-se que o nível do mar suba pelo menos meio metro até o final do século”, e alguns leem demagogicamente um metro completo.

O IPCC vai mais longe e especula cenários em que o nível do mar poderia subir seis metros ou mais até o ano 2300.

Blefe com o mapa da Ásia também
Blefe com o mapa da Ásia também
Em qualquer dessas malucas hipóteses, cidades como Nova York, Bangladesh e Amsterdã se tornariam irreconhecíveis, se é que não desaparecem de vez.

O post original que inventou a fake news firma sem vergonha alguma que “cientistas dizem que este mapa representa os EUA em 30 anos se não revertermos as mudanças climáticas”, escreveu “The Independent”.

A Associated Press relata que a foto se origina numa postagem do blog do arquiteto Bret Drager em 2015, que pretendia apenas ver se o Mar Mediterrâneo caberia dentro dos EUA.

Drager disse à AP que ele cansou de desmascarar as falsas interpretações que atribuem o mapa às mudanças climáticas.

O blefe foi multiplicado, aplicando as mesmas deturpações ao mapa da Ásia e ao de Austrália.

Fica por se saber como pode ter acontecido que um leitor tinha acreditado tanto nos blefes verdes que tenha tido necessidade de alguém tirá-lo de um engano tão risível.






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