Corte Suprema de EUA bane abusos ministeriais pela mudança climática

Suprema Corte dos EUA pôs frio ao extremismo do Ministério de Meio Ambiente (EPA)

Luis Dufaur

Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs

A Suprema Corte dos EUA decidiu que o Ministério de Meio Ambiente (Agência de Proteção Ambiental – EPA) não poderá mais promulgar regras que, em teoria, devem regular as emissões de usinas a carvão, noticiou “Clarín”.

Essas produzem quase 20% da eletricidade nos Estados Unidos.

A EPA age segundo instruções da Casa Branca, dependendo das mudanças ideológicas na presidência. Por isso, o presidente Biden, muito criticado pelos danos à economia com pretextos ambientalistas, imediatamente denunciou uma decisão “devastadora”.

Biden pediu então ao Congresso que “coloque os EUA no caminho para um futuro energético mais limpo e seguro”, leia-se suas fantasias ambientalistas.

O partido de Biden já tentou uma saída análoga lançando um projeto de aborto para passar por cima da derogação da decisão Roe vs Wade. Porém, fracassou pois ainda tendo maioria na Casa de Representantes, os deputados não estão dispostos a perder suas cadeiras nas próximas eleições por causa de temas tão antipáticos para a opinião pública.

“Climatedepot” julgou que foi o revés mais prejudicial já sofrido pela fiscalização abusiva contra as emissões de gases de efeito estufa movida por via de manobras burocráticas supostamente constitucionais.

“Não é crível que o Congresso tenha dado à EPA autoridade para aprovar tal medida [limitar as emissões de CO2 que interditaria o carvão para gerar eletricidade]”, escreveu o juiz John Roberts em nome da maioria.

Os juízes progressistas como Elena Kagan apelaram sem sucesso ao mito do aquecimento global.

O Partido Republicano, defensor dos combustíveis fósseis, pela voz de seu líder no Senado, Mitch McConnell, afirmou que “a Suprema Corte está devolvendo o poder ao povo”.

McConnell criticou ao presidente democrata Joe Biden por “travar uma guerra contra a energia de baixo preço” apesar da inflação que preocupa a todos os americanos.

A legisladora extremista Alexandria Ocasio-Cortez, chamou a decisão de “catastrófica” e afirmou a tese risível de que “nosso planeta está pegando fogo” e “precisamos reformar ou acabar com tudo, pelo bem do planeta”.

“Os EUA ficarão muito atrás de (seus) parceiros internacionais, que estão acelerando cumprir seus compromissos climáticos”, disse Nathaniel Keohane, presidente do Centro de Soluções Climáticas e Energéticas, omitindo as imensas irregularidades da China nesses pontos.

Em 2007, o Supremo havia decidido que a EPA era competente para regular as emissões de gases responsáveis pelo aquecimento global, e de limitar a poluição do ar.

Juízes mais instruídos puseram limites a essa pretensão negando que um ministério do executivo tivesse essa jurisdição.

Com ela diversos regulamentos de controle ambientalista serão descartados nos próximos meses.

O líder da maioria democrata no Senado, Chuck Schumer, se mostrou exaltado e vilipendiou o Supremo como tribunal “reacionário e extremista” que está levando “o país de volta a uma época em que os tubarões da indústria tinham todos os poderes”.

Poucos ativistas ecologistas pressionaram contra a Corte Suprema

O governo do democrata Joe Biden, malgrado os prantos seus e das esquerdas verde, fez saber que ele não tinha intenção de reviver os velhos planos.

A decisão foi emitida após um apelo de mais de 20 estados que alegam que a EPA usa indevidamente uma linguagem estatutária para um programa nacional de limitação e comércio de CO2.

A decisão escrita pelo Chefe de Justiça John Roberts desestimando os pretextos da EPA foi clara : “a resposta é não.”

O presidente da CO2 Coalition William Happer: “A decisão é muito bem-vinda porque o dióxido de carbono, é um gás benéfico essencial para a vida na Terra, e não é um poluente”, citou “Climatedepot”. 

Outros extremistas citados por FoxNews prodigaram injunções reveladoras da carência de argumentos A citada legisladora de extrema esquerda Alexandria Ocasio-Cortez falou que a Suprema Corte é tão radical que “não podemos deixá-la ter a última palavra”.

O apresentador ecologista da MSNBC, Chris Hayes, tuitou: “este tribunal (...) é uma ameaça ao planeta”.

O ex-presidente Barack Obama tuitou repudiando a decisão do Tribunal: “Nenhum desafio representa uma ameaça maior ao nosso futuro. Todos os dias, estamos sentindo o impacto das mudanças climáticas, e a decisão da Suprema Corte de hoje é um grande passo para trás”.

Os despautérios uma confissão de impotência e ignorância.