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domingo, 21 de abril de 2024

Califórnia desanima da energia solar

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







A Califórnia outrora campeã das energias alternativas desanimou delas provocando um declínio acentuado na instalação de painéis de energia solar nos telhados residenciais, vem observando jornais como “O Estado de S.Paulo”.

Milhares de empresas engajadas no que se dizia ser o futuro hoje sofrem porque os proprietários das casas aproveitáveis se afastam dos painéis solares.

As vendas de instalações solares caíram até 85% em poucos meses diz relatório da Ohm Analytics, empresa de pesquisa que acompanha o mercado de energia solar.

Essa “energia alternativa” não progredia por adesão do público, mas com a injeção de incentivos estaduais, hoje diminuídos.

Empresas do setor projetam que as instalações no Estado cairão mais de 40% este ano e continuarão a diminuir até 2028.

A Construct Sun, empresa de Reno, Nevada, parou de fazer negócios na Califórnia porque viu suas vendas se esgotarem em quatro meses e está migrando para a Flórida, Carolina do Norte e Ohio.

“Eu fechei as portas na Califórnia”, disse Thomas Devine, vice-presidente executivo da Construct Sun. Ele explicou que a diminuição dos incentivos estaduais prejudicam sua meta de eliminar as emissões de gases de efeito estufa até 2045. “Essas políticas são uma loucura”, disse ele.

Evidentemente a intenção da empresa não era tanto a meta ambientalista. Essa lhe servia de pretexto. O verdadeiro objetivo era o lucro derivado de recursos pecuniários que o governo californiano tirava dos cidadãos com impostos para “salvar o planeta”.

As autoridades estaduais defenderam a mudança de política da Califórnia, que reduziu em 75% o valor dos créditos que os proprietários de casas com novas instalações recebem pela energia que enviam à rede.

Eles argumentaram que o subsídio era generoso demais, ajudando principalmente às casas dos ricos. As pessoas de baixa renda não tinham para comprar painéis, mas eram obrigadas a pagar taxas para manter as energias tão do gosto do ambientalismo.

“A Califórnia forneceu bilhões em descontos e incentivos desde 2006”, reconheceu a Public Utilities Commission, que supervisiona a energia solar em telhados e as concessionárias de propriedade dos investidores.

A decisão da Califórnia tem reflexos nacionais porque muitos estados de todo o país se orientavam pelo sistema de incentivos e aumentos de taxas excogitado pelos californianos.

Esse sistema para fazer progredir a “salvação do planeta” com constrangimentos econômicos aos que não aderiam nunca foi bem-aceito pela maioria das empresas de serviços públicos, que viam exageros para favorecer alguns sem levar em conta os verdadeiros custos e a própria realidade.

Na Califórnia, as fontes renováveis produzem mais de um terço da eletricidade. No entanto, o crescimento dessas fontes tornou-se instável à medida que os órgãos reguladores, as empresas de serviços públicos, os consumidores e as empresas de energia renovável reclamam mais subsídios financeiros.

Acresce que as energias solar e eólica são intermitentes dependem do bom tempo e do vento com óbvias interrupções.

Os residentes com incentivos tiveram que gastar muito para instalar baterias, úteis durante os períodos de tempo não favorável. E então pediam do estado para compensar essas despesas não contempladas pelo otimismo inicial.

As baterias do tamanho para uma casa são muito caras e seu preço não justifica economicamente o investimento em sistemas solares. E o estado não tem mais dinheiro para dar sem estrangular os mais pobres que não podem entrar no “sistema virtuoso verde”.

A maior empresa de energia solar residencial do país, a Sunrun, com sede em São Francisco, cortou cerca de 2.000 empregos depois da mudança oficial na Califórnia.

“É muito lamentável num momento em que o planeta está em chamas”, pranteou exagerando demais a senhora Mary Powell, CEO da Sunrun.

“O impulso foi interrompido”, disse a dona da Amy’s Roofing and Solar. Poderia ter sido mais clara dizendo que “acabou a mamata”.


Um comentário:

  1. O mais impressionante é que estes protestantes estão de máscara. Além de chatos são loucos.

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