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segunda-feira, 30 de maio de 2022

Golfinhos para defender bases navais russas? Verdes não se incomodam

Cercados na entrada de Sebastopol em vermelho, golfinho para intercceptação (Foto Maxar)
Cercados na entrada de Sebastopol em vermelho, golfinho para interceptação (Foto Maxar)
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







A proteção da vida marinha é uma bandeira da ecologia bem entendida. Mas eis que há anos a Rússia treina militarmente animais marinhos para defender sua frota de guerra em procedimentos bélicos que podem resultar na sua morte.

Mas a ecologia distorcida por uma ideologia de fundo comunista-anarquista não se incomoda na mínima!!!

O Instituto Naval dos EUA (USNI)A detectou por satélite dois cercados de golfinhos treinados pela Rússia no Mar Negro para guardar a entrada da base de Sebastopol, na Crimeia, noticiou “Clarín”.

As imagens de satélite mostram que os currais foram transferidos para o local no início da invasão russa da Ucrânia em fevereiro para proteger a base de Sebastopol.

Trata-se da base naval mais importante da Rússia no Mar Negro e abriga navios de alto poder de fogo que assim ficam fora do alcance dos mísseis ucranianos. Foi a base do cruzador Moskva afundado em água abertas.

A base, porém, é vulnerável a infiltrações submarinas e operações de mergulho.

Modelo de golfinho equipado para a guerra
Modelo de golfinho equipado para a guerra
Então a Rússia treina, como já foi verificado em bases dos mares do Norte, mamíferos marinhos para operações de contra-mergulho e submarinas.

Uma baleia beluga usando um arnês russo foi encontrada na costa da Noruega em 2019. Apelidada de 'Hvaldimir' pelos moradores, acredita-se que tenha escapado do controle de Olenya Guba, base naval secreta do GUGI (Diretório Principal de Pesquisa em Mar Profundo), de acordo com a BBC.

Na 'baleia espiã' apareceu usando um cinto apertado com um suporte para uma câmera de ação e com a inscrição 'Equipment St Petersburg' na alça.

No Ártico, a Frota do Norte da Rússia usa diferentes tipos de mamíferos marinhos. As baleias e focas beluga que estão dotadas de grossas camadas de gordura que as mantêm aquecidas, resistem melhor ao frio do que os golfinhos-nariz-de-garrafa usados no Mar Negro.

Os cercados de baleias beluga no Ártico estão estabelecidos em Olenya Guba, a base naval secreta do GUGI (Diretório Principal de Pesquisa do Mar Profundo). A unidade é responsável pelos principais ativos de espionagem submarina dos militares russos.

O Programa de Mamíferos Marinhos da Marinha dos EUA afirma que os golfinhos podem ser treinados para “a detecção de mergulhadores que possam atentar contra embarcações ou instalações portuárias”. No caso, impedir que as forças de operações especiais ucranianas se infiltrem no porto.

A presença de golfinhos treinados no Mar Negro foi relatada no portal de notícias da USNI.

A Marinha russa cria os golfinhos em dois cercados na entrada de Sebastopol onde ficou ancorado seu navio insígnia Moskva afundado em mar aberto. A frota russa está obsessa pela autodefesa tendo já perdido diversos navios de guerra atingidos com mísseis ou drones em mar aberto e até seu maior e mais novo navio de desembarque que pegou fogo no porto de Berdyansk.

Foca sendo treinada na base naval russa de Murmansk
Foca sendo treinada na base naval russa de Murmansk
Durante a Guerra Fria, a Marinha Soviética desenvolveu programas de treinamento de mamíferos marinhos, incluindo golfinhos no Mar Negro. A unidade estava sediada em Kazachya Bukhta onde permanece até hoje.

Com a anexação da Crimeia pela Rússia em 2014, a unidade ficou sob o controle da Marinha Russa e foi ampliada e voltou ao serviço operacional.

Em 2018, os golfinhos da Frota do Mar Negro foram enviados por vários meses para a base naval russa do Mar Mediterrâneo em Tartus, na Síria, de acordo com fotos de satélite.

Eles foram treinados para lutar contra mergulhadores usando facas e pistolas especiais presas em suas cabeças. Também podem ser usados para procurar minas e plantar bombas em navios inimigos explicou “Metro”.

A Marinha dos EUA também tentou treinar animais aquáticos para fins militares. Neste caso como não é uma potência comunista, os militantes ambientalistas podem gritar escândalo.


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