Amostras de vida marítima achadas na Califórnia |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista, conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Nas últimas décadas, a propaganda ambientalista pressagia o desaparecimento cerca de 20 a 50 por cento das espécies da Terra dentro de 500 anos.
Mas, a destruição do habitat de algumas espécies estaria sendo exagerada para impor teorias não científicas por meio da pressão do sensacionalismo midiático.
Científicamente é verdade que há espécies que podem estar morrendo, mas o declínio acontece num ritmo mais lento do que o espalhafato ecologista diz.
É o que afirma Stephen Hubbell, ecologista da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, coautor de um estudo a respeito publicado pelo “National Geographic”.
Segundo ele, as taxas de extinção global podem ter sido superestimadas em até 160%.
O que é que houve? Os métodos para medir extinções são falhos?
Picapau marfim o governo americano gastou milhões para localizar, mas pode reaparecer a qualquer moimento |
De fato, escreve Hubbell, não existe um método direto comprovado para verificar as taxas de extinção.
Então a maioria dos cientistas apela a um método indireto para imaginar a rapidez com que plantas e animais desaparecem.
Esse método calcula a taxa na qual novas espécies são encontradas quando uma nova área de habitat é amostrada – chamada de relação espécie-área (SAR) – e inverte a curva para especular o número de espécies que se extinguirão.
Hubbell diz que o método é falho, porque para uma extinção deve ser medida uma área de terra muito maior da necessária para encontrar uma nova espécie.
Isso porque o achado de apenas um indivíduo de uma espécie é suficiente para que os cientistas definam uma nova espécie, mas a extinção exige que todos os membros de uma espécie desapareçam e eles podem estar muito espalhados.
“Você tem que destruir todo o habitat que contém todos os indivíduos de uma espécie antes de declarar que essa espécie foi extinta”, explica. E isso é algo muito grande.
Hubbell e seu colega Fangliang He, da Universidade Sun Yat-sen, em Guangzhou, China, analisaram oito áreas florestais previamente mapeadas de todo o mundo. Cada parcela tinha entre cerca de 50 e 125 acres (20 e 50 hectares).
A equipe também analisou várias espécies de aves no território continental dos Estados Unidos.
Com base nos dados da vida real e um modelo matemático os cientistas calcularam que as taxas de extinção foram exageradas em até 160%.Oito espécies declaradas extintas que voltaram a aparecer após décadas
A equipe também sugeriu que estudos futuros poderiam revelar estimativas ainda maiores foram inflacionadas em alguns lugares.
No entanto, o ecologista Eric Dinerstein, que não esteve envolvido no novo estudo, vice-presidente de ciência da conservação do WWF, acrescentou que é difícil determinar quando uma espécie foi extinta, como se evidencia nos numerosos animais considerados desaparecidos, mas que depois foram encontrados vivos em pequenos números ou em outros lugares.
E a extinção final de uma espécie – um mosquito por exemplo – pode ser algo irrelevante, disse Dinerstein.
O que realmente importa é quando uma população deixa de desempenhar um papel no ecossistema, disse Dinerstein.
Neste ponto, a espécie diminuída tem tão pouca interação com as outras plantas e animais no habitat que a espécie poderia desaparecer do ecossistema embora espécimes continuam existindo.
Hubbell e He enfatizaram que aprender a calcular corretamente as taxas de extinção é fundamental para a se falar em conservação.
Relatórios como os do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas e a Avaliação Ecossistêmica do Milênio da ONU – IPCC fazem estimativas que “terão consequências para bilhões de dólares em esforços de conservação, mas deveríamos saber melhor por que estamos gastando esse dinheiro e averiguar se os números são reais” disse Hubbell.
A "mega-abelha" exinta voltou a aparecer
Hubbell e He acrescentaram que para determinar as taxas de extinção há um longo caminho a percorrer.
E “ainda não temos bons métodos para estimar a extinção”, explicou Hubbell.
“Embora possamos observar a destruição do habitat a partir de satélites, muitas vezes simplesmente não sabemos onde as espécies vivem no solo”, explicou Hubbell.
Em poucas palavras, não há bom contato com a realidade da natureza. Mas a propaganda verde nos engana fazendo acreditar que as extinções são atribuídas com dados solidamente confirmados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado pelo comentário! Escreva sempre. Este blog se reserva o direito de moderação dos comentários de acordo com sua idoneidade e teor. Este blog não faz seus necessariamente os comentários e opiniões dos comentaristas. Não serão publicados comentários que contenham linguagem vulgar ou desrespeitosa.