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domingo, 16 de junho de 2024

Espanha rural não quer “energias renováveis”, e tampouco o Brasil

Ambientalismo prometia salvar a natureza, mas suas turbinas eólicas a estão destruíno e adoentando os homens
Ambientalismo prometia salvar a natureza,
mas suas turbinas eólicas a estão destruíndo e adoentando os homens
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs








Em Castela e Leão, região do norte de Espanha, 95% da produção de eletricidade provem de parques eólicos e fotovoltaicos cuja proliferação virou um flagelo para a população local, informou “France24”

O arqueólogo Jaime Nuño González que mora no sopé da montanha Palentina, a poucos quilômetros do “caminho esquecido”, um dos ramos mais antigos da estrada dos romeiros para Santiago de Compostela.

Mas esse atrativo, diz ele, “hoje está ameaçado por três usinas fotovoltaicas, ou 150 hectares de painéis solares”.

O peregrino, em vez de atravessar uma paisagem natural, encontrará uma paisagem totalmente industrial, diz o arqueólogo.

Quer dizer, afundará no contrário do que lhe prometia a ecologia no sentido de uma recuperação das belezas naturais e uma limitação das feiuras das áreas industriais.

Acresce que o execrado projeto foi desenvolvido nos arredores da área protegida Natura 2000 e no meio de um sítio pomposamente batizado de Geoparque pela UNESCO. Mistérios bem conhecidos das cumplicidades do movimento ambientalista com os políticos envolvendo corrupção.

Trata-se de uma aberração para Jaime e seus companheiros, unidos numa plataforma de defesa do cidadão. Denunciam a proliferação destes grandes projetos num território rico em biodiversidade e patrimônio cultural que estão sendo destruídos.

“Eles instalam-se aqui porque o terreno não é caro”, denuncia Jaime. E como somos poucos e velhos, não há massa crítica que se oponha a isso. Não há piedade com os idosos preservadores das tradições e do patrimônio cultural local.

Antes de se instalarem, as empresas deviam realizar um estudo ambiental para obter o sinal verde do governo autonômico ou do Ministério do Meio Ambiente.

Agricultora brasileira tem que usar ansiolíticos e antidepressivos por causa dos aerogeradores. Foto Vinícius Sobreira-Brasil de Fato
Agricultora brasileira tem que usar ansiolíticos e antidepressivos
por causa dos aerogeradores. Foto Vinícius Sobreira-Brasil de Fato
“Nunca utilizamos terras de alto valor ambiental”, tenta se eximir Silvia Alonso Guijarro, assessora de imprensa de Solaria, uma empresa que instala 40% dos seus parques fotovoltaicos em Castela e Leão.

Os políticos do conselho regional também querem tranquilizar a população que não aguenta mais, não é ouvida e sofre com procedimentos administrativos e legais complicados. Esses parecem feitos para desanima-los e favorecer empresas que desconhecem a população local, explica Rosa Pardo, presidente da Aliente, a aliança nacional de plataformas de defesa do cidadão.

Não faltam sofismas como o de facilitar a “descarbonização” e objetivos ambiciosos da União Europeia para reduzir as emissões de CO2 em 55% até 2030, diz Juan Carlos Suárez-Quiñones.

Aliás, a UE teve que abandonar essas ousadas metas ecológicas diante da indignação continental dos agricultores europeus severamente ameaçados pela utopia de Bruxelas.

“A prioridade do governo e das regiões é atingir objetivos para poder publicar números”, lamenta Rosa Pardo. “Então eles dizem para si mesmos que só precisam instalar as usinas onde não há nada – mas há paisagens, agricultura, pessoas que vivem!” os quais obviamente estão sendo desrespeitados pelos que diziam ser seus salvadores!!!

Três regiões representam metade da capacidade eólica instalada: Castela e Leão, Aragão e Castela-La Mancha. Foi prometido aos habitantes a prioridade ao autoconsumo e às comunidades energéticas.

Mas, deploram eles, o objetivo fundamental da iniciativa ambientalista mostrou ser “a especulação financeira e não a produção de energia verde”. Uma fraude que agora está mostrando suas verdadeiras consequências.

O parques eólicos reeditam por toda parte o drama do arrasamento da saúde das pessoas mais fracas e da destruição da natureza.

Até no Brasil! Veja por exemplo: Caetés: parque eólico causa depressão, insônia, surdez, destrói a vida e produção dos mais pobres


O drama de viver sob hélices gigantes no Nordeste brasileiro










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