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domingo, 30 de junho de 2024

Fakes sistemáticas do sensacionalismo midiático sobre “derretimento do Ártico”

Superfície do gelo do Ártico oscila segundo os meses e os anos. Mídia aproveita fases de dsiminuição para espalhar fakes apavorantes. Foto NASA.
Superfície do gelo do Ártico oscila segundo os meses e os anos.
Mídia aproveita fases de diminuição para espalhar fakes apavorantes. Foto NASA.
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







“Cientistas calorosos” concordaram que o gelo marinho do Ártico desaparecerá antes do final da primeira metade deste século.

No entanto, eles não concordam com a data de cumprimento da sua previsão. E isso causa confusão nos jornais que publicam as suas declarações sem sequer consultar seus próprios arquivos. Incorrem assim em risíveis contradições..

O jornal espanhol “ABC”, propriedade do grupo Vocento e com uma linha editorial favorável à monarquia e ao PP, de “direita” ou “conservador” portanto, coincide com o jornal de esquerda “El País”, e os de “centro” El Mundo” ou o “Público” na tarefa de aterrorizar seus leitores com alucinantes alterações climáticas, sem se incomodar com o que publicaram previamente, escreveu “La Gaceta” de Espanha.

Em março de 2024 o “ABC” trombeteou apocalipticamente que “todo o gelo do Ártico poderá desaparecer no verão a partir de 2035”.

O anúncio foi reproduzido em manchete por outros jornais espanhóis, como se tivessem uma ordem de “Inserção obrigatória” partida de algum local ignoto.

Nesses assustadores presságios não faltou, como se fosse ordem, a foto de um urso polar sobre um iceberg procurando uma presa, mais a reportagem insinua que ele está ameaçado de morte por cruéis motoristas de carros com motores a combustão.

Uma revisão dos arquivos do jornal “ABC” levou a outras notícias idênticas a esta, exceto pela data.

Há menos de um ano, em junho de 2023, o jornal publicava um relatório científico que profetizava o desaparecimento do gelo no mar Ártico até no máximo em 2030.

Em setembro de 2012, o jornal supostamente conservador deu voz a um especialista segundo o qual a calota polar do Polo Norte derreteria completamente entre agosto e setembro de 2016. E alguns anos antes, em 2008, publicava que o Ártico poderia ficar sem gelo em 2013.

Se os apocalipses anunciados em outras décadas não aconteceram, por que os previstos agora aconteceriam?, duvida sensatamente “La Gaceta”.

Nenhuma dessas previsões se concretizou. A previsão confirmada pela experiência, é que em verdade esse desastre nunca se realizará.

Ursos polares proliferam, estão gordos e pescam mais, mas mídia faz com eles um falso drama de extinção'
Ursos polares proliferam, estão gordos e pescam mais,
mas mídia faz com eles um falso drama de extinção
No primeiro augúrio negativo teria acontecido em 2013, depois se incomodar o jornal pulou para 2016, posteriormente empurrou para o futuro 2030, e agora fala de 2035.

E não é o único caso. “La Gaceta” apresenta outros exemplos.

O cientista espanhol Carlos Duarte, vencedor do Premio Nacional de Investigação em 2007, previu nesse mesmo ano que “veremos o Ártico sem gelo em 2020”.

Foi um fiasco que não o impediu de atacar aqueles que considera “negacionistas do clima” no verão de 2023.

E em 2001, “El Mundo” saíra na frente com uma das reportagens que começaram a enganar com alarmismo climático ao leitor espanhol.

Nela descrevia uma Espanha que em 2020 teria perdido as suas praias mediterrânicas devido ao “aumento do nível do mar” e por culpa do “aquecimento global”.

Basta olhar para ver que o Mediterrâneo com suas praias espanholas continua igual. Mas os jornais alarmistas climáticos não perdem a vergonha e redobram as notícias conhecidas a priori como errôneas.

O “ABC” e seus colegas da grande mídia acham que protegem o meio ambiente e que informam honestamente a seus leitores reciclando continuamente anúncios fracassados, como são os das datas do derretimento do Ártico.

E “La Gaceta” põe o dedo na chaga perguntando: por que esses jornais vendem cada vez menos exemplares em papel?

E adianta uma resposta sensata: talvez seja porque os leitores se cansaram de ser tratados como tolos por jornalistas, editores e diretores do poder midiático que vão fechando, um após outro, pelo abandono dos leitores.


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