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Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Após dez anos de pesquisas arqueológicas no Alto Xingu, cientistas do Brasil e dos EUA constataram que, antes de Colombo, os índios da região moravam em conglomerados comparáveis a algumas cidades da Grécia ou da Idade Média.
Há 2.000 anos, essas cidades de até 50 hectares tinham muros, praças e centros cerimoniais e estavam ligadas por uma densa rede de estradas.
Seus habitantes desmatavam, construíam canais, tinham roças, pomares, tanques para criar tartarugas, pescavam em larga escala e faziam uso contínuo e sistemático da terra.

Na região amazônica de Beni, Bolívia, arqueólogos tinham observado desde avião o traçado de canalizações e divisórias de roças muito bem definidas, além das intrigantes "terras negras" fruto da adubação. Os trabalhos eram, porém, muito hostilizados pelos ambientalistas .
Segundo o escritor científico Charles C. Mann, autor de "1491", livro que ganhou o prêmio da U.S. National Academy of Sciences para o melhor livro do ano (2005), os ambientalistas temiam que o trabalho científico trouxesse um desmentido ao "prístino mito". Segundo este mito ideológico e teológico os índios antes da descoberta e evangelização de América viviam numa terra edênica.

Muitas das observações já haviam sido parcialmente publicadas, fotos podem se obter na Internet.
O antropólogo Carlos Fausto, do Museu Nacional foi um dos principais pesquisadores no Alto Xingu junto com a lingüista Bruna Franchetto, também do Museu Nacional e o arqueólogo americano Michael Heckenberger, da Universidade da Flórida.
Para este último, o planejamento urbano amazônico pré-Colombo era mais complicado que o da Europa medieval. Ele incluía “uma distribuição geométrica precisa” segundo Fausto.
Ficou provado que a Amazônia pré-colombiana viu florescer remarcáveis concentrações urbanas. Na plenitude de sua expansão, a civilização do Xingu foi povoada por 50 mil habitantes, dotados de autoridade política e religiosa que governava as cidades menores a partir das principais.

Também foram apontadas barragens e lagos artificiais, outra realidade detestada pelo fanatismo tribalista-ambientalista.
Os pesquisadores detectaram perto de 15 grupos principais de aldeias, espalhados numa superfície de 2 milhões de hectares.
As tradições orais dos índios kuikuro que habitam na região orientaram as pesquisas e foram confirmadas pelos achados: existiram civilizações política, religiosa, econômica e culturalmente definidas. “Os kuikuros têm um nome para cada uma das aldeias”, contou Fausto.
O arqueólogo Heckenberger, autor principal do estudo, sublinha que aquilo que até agora se achava ser “uma floresta tropical virgem”, de fato é uma região altamente influenciada pela ação humana. E eis que também o mito de uma floresta intocada revela ser mais outra sonho arbitrário do esquerdismo católico, influenciado pelo estruturalismo e o marxismo anti-cristãos.

A partir de dados científicos pode se sustentar com tranqüilidade que a lamentável situação em que vivem certos índios não é nenhuma fatalidade cultural, mas sim uma decadência de uma cultura mais alta.
Obviamente, esta constatação é um convite a ajudar esses índios a se recuperarem inclusive do ponto de vista civilizatório. E é um estímulo caritativo à evangelização deles, ponto de partida para uma cultura cristã e genuína, obviamente brasileira.
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