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Luis Dufaur |
Abraços, lágrimas, euforia: não foi a final da Copa, mas da COP21 em Paris. Os organizadores comemoraram com emoção um “acordo histórico” sobre o clima futuro do planeta, sob a presidência do chanceler socialista francês Laurent Fabius.
Ele apresentou o texto como constituindo “o melhor equilíbrio possível, forte e delicado, que permitirá a cada delegação voltar a casa com conquistas importantes”, informou o jornal “Le Monde” grande torcedor pelo sucesso da COP21.
Lindas palavras, dignas de um bom degustador de champanha, da mais cara e melhor.
Porém o que é que de fato aprovou “por consenso” a COP21?
O noticiário eufórico não dava margem nem para começar a decifrar a charada. Não se encontrava nenhuma informação objetiva sobre os temas fundamentais da colossal reunião.
Foi preciso aguardar que o tema saísse das primeiras páginas dos jornais, que o banzé midiático ambientalista abaixasse, para se saber que o pára-vento de euforia tinha encoberto um grande vazio de metas concretas.
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Tédio burocrático e desinteresse da opinião pública foram notas dominantes |
Esses são apresentados como vítimas do aquecimento planetário provocado pelos proprietários consumistas ocidentais. Sim, pelo seu carro, sua fazenda, sua loja, sua fábrica!
Esses 100 bilhões de dólares seriam só o “piso”. Em reuniões sucessivas – COPs ou não – o número só aumentaria.
E, gracinha, essa dinheirama não iria direto para os “países pobres” pois esses já foram declarados incapazes de administrá-la ou, pior ainda, réus de querer imitar o desenvolvimento capitalista ocidental.
A catarata de dinheiro iria para um Fundo Climático Verde que o distribuiria entre os grupos e programas de governos que executassem planos “ecologicamente sustentáveis” de desenvolvimento.
Em poucas palavras seria distribuído para a confraria verde radical como as ONGs que infernizam a Amazônia brasileira e para os governos amigos como os lulopetistas, bolivarianos, ou animados por fantasias anarco-tribalistas.
O texto aprovado em Paris – qualificado de acordo com “a” minúscula – “entreabre uma porta” para essa meta e “por consenso” concorda que o mínimo deve ser de 100 bilhões de dólares anuais.
Mas ninguém se compromete a adiantar algo, exceção feita de algumas doações ou promessas de investimentos que também beneficiam ao doador.
Em resumo: teatro jornalístico verde e nada de real.
Foram muitas as promessas de “reforçar a compreensão, a ação e o apoio” sobre esta questão. Mas o acordo com “a” minúscula exclui qualquer devaneio de pagamentos de “compensações” ou despesas pela “responsabilidade” dos danos ambientais que teriam provocado os proprietários consumistas e hedonistas.
Grande decepção para os fanáticos apocalípticos anticapitalistas.
O acordo ainda reconhece que as “contribuições previstas a nível nacional” anunciadas pelos Estados, as promessas de redução das emissões de gases estufa são “positivamente insuficientes” para obter o fantasmagórico objetivo de reduzir o aquecimento global a um máximo de 1,5 °C em relação à era pré-industrial.
Fiasco reconhecido, portanto, também neste cobiçado ponto.
O acordo deveria entrar em vigor em 2020, mas são numerosos os signatários, que com frases enviesadas já deixaram claro que não o cumprirão.
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Putin 'que paguem eles', a Rússia só parará as emissões quando modernizar suas fábricas herdadas da URSS, talvez nunca. |
Alegou que só cortará algo após ter modernizado a indústria soviética herdada da URSS e do tamanho de muitos Mamuts, informou a agência romena RFI.
Para entrar em vigor em 2020, o acordo deverá ser ratificado por pelo menos 55 países que emitam mais de 55% dos gases estufa de origem humana. E qualquer país poderá se retirar do acordo quando bem o entender.
A ratificação pode ser dada por certa, considerando que entre os máximos emissores desses gases, poluição e outros, estão países socialistas dispostos a nada cumprir e a judiar em toda a medida possível aos EUA e à Europa capitalista que quadradamente poderiam tentar cumprir.
Os EUA já deixaram categoricamente claro que não ratificarão acordo algum nesse sentido.
As ONGs e os ativistas radicais não escondem sua frustração.
James Hansen, ex-cientista da NASA e um dos máximos arautos do aquecimentismo qualificou o acordo de “uma fraude e uma farsa” falando para o jornal “The Guardian” de Londres, noticiou “El Mundo” de Madri.
Para Hansen o acordo com “a” minúscula de Paris não passa de uma “súmula de palavras e de promessas sem efeitos concretos”.
“Esse acordo é uma escusa forjada pelos políticos para poder dizer: ‘temos uma meta de dois graus e tentaremos melhorá-la cada cinco anos’”.
Hansen acrescentou decepcionado que nem tenha sido mencionado o bicho papão a quem se atribui a maior causa do aquecimento global: os combustíveis fósseis.
Em Paris, Hansen pediu impostos ainda mais pesados por cima desses combustíveis, do carvão e do gás, como se já não fossem extravagantes demais.
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Para James Hansen, 'profeta' da mudança climática, a COP21 foi uma 'farsa' e uma 'fraude'. |
Em poucas palavras, constatou o fracasso dos objetivos verdes radicais.
May Boeve, diretora da ONG ativista 350.org chorou que os “ricos” não paguem em “justiça” o mal feito aos pobres, e que a dinheirama sonhada pela confraria verde não chegue a seus cofres mas continuem sendo feitos “projetos verdes, empréstimos ou colaborações” entre governos, escreveu “La Nación”.
Maxime Combes, da ONG Attac-France tripudiou que o acordo envie para as calendas gregas ou, na linguagem do acordo “para uma data ulterior”, o compromisso concreto de reduzir as emissões.
Segundo esse militante verde, as promessas e metas nacionais não vinculantes ganharam a partida. Os países que não cumpram suas metas nacionais não serão punidos nem perseguidos, lamentou ainda o ativista radical. Em consequência as metas inatingíveis não serão de fato atingidas, como não poderia deixar de ser.
Tampouco os “países pobres” serão acompanhados e não serão perseguidos se aquecem o planeta com seus planos de desenvolvimento.
O telão desceu, o teatro acabou, estouraram as garrafas de champanhe, os políticos comemoraram, as vítimas ficamos salvas por muito pouco, e os ambientalistas apocalípticos se preparam para novas investidas.
Mas, pelo menos desta vez, a tapeação para impor uma ditadura universal verde não conseguiu enganar a opinião pública que acompanhou com supremo desinteresse os dislates da assembleia ambientalista planetária de Paris.
Para mim é globalismo verde, e não comunismo verde. As aparências enganam, mas eu acho que é a oligarquia financeira que tem interesse nesse imposto global, e não os comunas russos e chineses. Talvez por causa dessa divisão de poderes globais que o pacto demoníaco não deu certo, para nossa sorte, por enquanto.
ResponderExcluirParabéns pelo Artigo. Bastante esclarecedor para que a opinião pública veja o que os anti-humanos querem implementar. Aliás, esse Hansen continua um cretino. Sua falta de ética é completa! Ele correu do instituto GISS já que está para ser processado por adulterar dados públicos, segundo Gosselin e Sullivan.
ResponderExcluirRicardo Augusto Felicio
Hansen está desesperado, porque a temperatura da Terra tem diminuído progressivamente, ele sabe que a Teoria do Aquecimento Global (Farsa) não se sustentará por muito tempo, ele sabe que talvez essa tenha sido a última chance que teve para aprovar essa acordo, por isso o nervosismo, por isso a petulância.
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