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domingo, 8 de outubro de 2023

Bezerro de ouro do ambientalismo no lugar de Deus?

Na JMJ 2023, espírito ambientalista tornou irreconhecível o catolicismo
Na JMJ 2023, espírito ambientalista tornou irreconhecível o catolicismo
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs








A última Jornada Mundial da Juventude (JMJ) realizada em Lisboa entronizou moralmente um bezerro de ouro no local reservado a Deus, segundo o experimentado vaticanista Tommaso Scandroglio no site “La Nuova Bussola Quotidiana”

Essa “entronização” foi festejada com singulares danças e estranhos gestos de estilo pagão que os organizadores definiram como o primeiro Rise Up.

Para eles é uma nova forma de catequese, tão nova que nem parece catequese, segundo o vaticanista.

O tema da dança foi a Ecologia Integral, ou como cuidar uns dos outros e de toda a criação.

Ainda houve outros dois Rise Up focados no respeito à Amizade Social e à Misericórdia.

O site oficial da JMJ inicia dita catequese com estas palavras: “Reflitamos sobre os recursos do planeta e sobre o que deixamos às gerações vindouras. [...] Cuidem da nossa casa comum! Agora!".

No manual explicativo a organização recomenda se voltar para a “poluição e alterações climáticas; a questão da água; perda de biodiversidade; deterioração da qualidade de vida humana e degradação social; iniquidade planetária”.

Deus, a Igreja, a salvação da alma, os meios de salvação, sacramentos, moral, estavam ausentes ou ignorados.

Monsenhor Américo Aguiar, responsável pela JMJ de Lisboa, mandou não falar da evangelização, mas sim ouvir e discutir sobre aquecimento global, derretimento de geleiras e ar condicionado.

A nova religiosidade foi formulada e Scandroglio a define assim:

A desertificação da fé foi substituída pela desertificação climático-ambiental;

à poluição das almas a poluição dos rios, lagos e mares;

a ecologia integral substitui a integridade moral;

a salvação eterna ficou ligada à luta contra o aquecimento global;

a conversão ambiental substituiu a conversão a Deus;

os sacramentos foram esquecidos em aras da coleta seletiva de lixo e dos carros elétricos;

a biodiversidade apagou a diversidade dos carismas;

o exame de consciência foi pelo aquecimento global causado pelo homem;

as marchas ambientalistas puseram de lado as procissões;

jejum e abstinência foi reemprazado pelas sextas-feiras magras para poupar os recursos do planeta;

a eco-ansiedade tornou deesprezível o temor de Deus;

Greta Thunberg substituiu a Nossa Senhora.

Em resumo, conclui Tommaso Scandroglio: em lugar de adorar a Deus, se promove a adoração da deusa Terra, e a juventude católica, vestida de verde, foi instruída não para se converter, mas para se perverter.

Caos da nova religião ambientalista ex-católica presidido por Francisco I
O ambientalismo, explica o vaticanista, nada tem a ver com o catolicismo, da mesma maneira que Al-Qaeda nada tem a ver com a paz mundial.

O JMJ 2023 ambientalista, no máximo disfarçou a revolução ecologista de católica, atribuindo dignidade pessoal aos animais, plantas e coisas como se tivessem alma espiritual.

A doutrina católica foi suprimida na prática.

E atribuindo às criaturas materiais um espírito que elas não possuem, o ambientalismo da JMJ derrubou a ordem hierárquica que põe o homem como rei da Criação por vontade divina, superior em dignidade e a quem estão submetidas às demais criaturas corpóreas.

Em lugar de por o homem no reinado que Deus quer, o rebaixou à condição de criminoso devastador do planeta.

A organização da JMJ promoveu uma dinâmica francamente satânica, visto que o diabo só pode criar tamanha desordem, ou seja, inverter especularmente a ordem intrínseca da Criação, avalia o vaticanista.

O bezerro de ouro passou a ser entronizado e adorado na JMJ de Lisboa e este ídolo é nova divindade apresentada para uma humanidade que não quer saber de Deus, de seus Mandamentos nem do profeta legislador Moisés enviado para trazer a Lei que Deus ditou, encerrou Tommaso Scandroglio.


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