O que está em perigo não é o clima global, mas sim a liberdade. E ela está sendo ameaçada pelos ambientalistas, escreveu o presidente da República Checa, Vaclav Klaus (ao lado), no “Financial Times”. Eles propõem medidas radicais e imediatas. Um filme “documentário” de Al Gore e o 4º relatório do IPCC (United Nations’ Intergovernmental Panel on Climate Change) são armas da ofensiva ambientalista.
As pessoas racionais e amantes da liberdade devem reagir, acrescentou Klaus. Para ele, a histeria do aquecimento global é um exemplo típico da oposição entre a verdade e a propaganda.
“Como uma pessoa que viveu sob o comunismo na maior parte de sua vida — sentenciou o presidente checo — eu me sinto obrigado a dizer que a maior ameaça à liberdade, à democracia, à economia de mercado e à prosperidade hoje em dia é o ambientalismo, não o comunismo. A ideologia ecologista quer substituir o livre e espontâneo desenvolvimento da humanidade com uma espécie de planificação central que agora é chamada de global”. Em outras palavras, eles querem substituir o arcaico dirigismo comunista — “central”— pelo dirigismo “global” ecologista.

Klaus lembra que qualquer criança aprende na escola que houve variações históricas de temperatura, que houve glaciações, que a Idade Média foi muito mais quente. É preciso resistir a politização da ciência e ao falso “consenso científico” forjado por uma minoria rumorosa de cientistas, e não pela “maioria silenciosa” dos especialistas não ideologizados, concluiu.