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domingo, 11 de fevereiro de 2024

Na COP 28 a pecuária foi proclamada heroina contra o CO2! E 'verdes' tamparam os ouvidos

Se se quer diminuir o CO2. a pecuária deveria ser apresentada como heroína
Se se quer diminuir o CO2. a pecuária deveria ser apresentada como heroína
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






É errôneo tratar da pecuária como fator de aquecimento global e acelerador das alterações climáticas, segundo documento apresentado na COP 28, realizada no Dubai, por um instituto que representa o continente americano, publicou “La Nación”.

O trabalho, elaborado pelo acadêmico argentino Ernesto Viglizzo, foi apresentado pelo Instituto Interamericano de Cooperação Agrícola (IICA), na cidade dos Emirados Árabes Unidos, perante ministros da região e outras personalidades.

Basicamente, aponta ser errôneo acumular a emissão de gases da pecuária com a do transporte, indústria e comércio de carne.

O documento contraria as distorções ambientalistas afirmando que: “um pecuarista não pode arcar com emissões que não dependem estritamente de suas atividades, mas de outros setores”.

Participaram da apresentação do documento na COP-28 o Ministro da Pecuária do Uruguai, Fernando Mattos; a Secretária de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativas do Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil, Renata Miranda, e o Diretor Geral do IICA, Manuel Otero, entre outros.

O ministro uruguaio destacou a injustiça que está sendo cometida: “nas últimas décadas temos sido vítimas de ataques muito prejudiciais à imagem do setor agrícola, tentando nos responsabilizar como um dos maiores causadores das emissões de gases de efeito estufa (GEE).

“Mas é o único sector produtivo da economia que é essencial para a segurança alimentar e deve ser interpretado pelo que é: um sector que captura carbono”.

Portanto, a pecuária deveria ser elogiada por diminui a percentagem de CO2 na atmosfera.

Pastando, o boi ajuda a 'descarbonizar' a atmosfera, mas os ecologistas odeiam a carne
Pastando, o boi ajuda a 'descarbonizar' a atmosfera, mas os ecologistas odeiam a carne
Se for verdadeira, a lógica ambientalista deveria tratar o boi como um herói pelo beneficio que produz o consumo incessante de pasto que por sua vez absorve o carbono.

Mas acontece o contrário se evidenciando o facciosismo ideológico ecologista.

Mattos acrescentou que “somos essenciais para a segurança alimentar mundial e devemos continuar a insistir que devem estar disponíveis fundos para ajudar a adaptação dos rebanhos nos países que sofrem os maiores efeitos da variabilidade climática”.

Em termos simples a propaganda ambientalista contra a pecuária multiplicará a fome entre os humanos.

Otero lembrou que a pecuária representa metade do PIB agrícola da América Latina e do Caribe e que gera divisas de 23 bilhões de dólares com a carne, além de outros 3 bilhões com laticínios.

“A pecuária na região tem feito progressos importantes para desenvolver sistemas sustentáveis, com estratégias para reduzir os impactos na água, no solo e nas emissões, incluindo o desenvolvimento tecnológico e a adoção de boas práticas”, afirmou.

No trabalho, Viglizzo explica que se estudando seriamente as emissões produzidas pelo gado, “seria fácil verificar que seu impacto no clima global é muito inferior ao estimado”.

“Atualmente este valor não ultrapassa 5% das emissões globais e tende a diminuir percentualmente quando comparado com as emissões de carbono de todos os setores da economia e da sociedade”.

Viglizzo se referia a trabalhos anteriores que atribuíam 14% das emissões de CO2 à pecuária.

Gado na Argentina. Ecologistas deveriam se regozijar vendo fotos como esta
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O impacto global é ainda nas Américas, “porque predominam os sistemas pastoris, que compensam, no todo ou em parte, as emissões de carbono da pecuária através da fotossíntese” que o pasto faz naturalmente para crescer continuadamente sendo consumido constantemente pelo gado.

Os países americanos iniciaram processos de transição para “modelos de desenvolvimento pecuário de baixo carbono”.

“Neste contexto, o carbono capturado deve ser creditado como uma mercadoria transacionável, como carne, leite, grãos”, merecendo “créditos por estes resultados”.

Outro ponto que esvazia a agitação ecologista “a emissão de metano, gás com efeito de estufa predominante na pecuária, tem um tempo médio de residência na atmosfera de cerca de 11,8 anos, muito inferior ao tempo de residência do CO2, que se estima ser cerca de mil anos.”

O estudo analisou as tecnologias novas que já estão sendo aplicados na pecuária e, que permitem capturar dezenas de milhares de milhões de carbono anualmente e gerar saldos positivos que beneficiariam todas as cadeias agroalimentares”, acrescentou o IICA.



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