Seria este o destino de muito avião com lockdowns que estão sendo excogitados? |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista, conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
O militante ecologista Gareth Dale, professor da Brunel University de Grã Bretanha fez um revelador elogio do relatório “Zero Absoluto” elaborado por seus colegas das Universidades de Cambridge, Oxford, Nottingham, Bath e do Imperial College de Londres, recolhido pelo bem informado site Climate Depot.
O relatório “recomenda uma transformação radical na forma como vivemos.
“Todos os embarques devem ser eliminados até 2050, e também todo o uso de argamassa ou concreto à base de cimento.
“Na Grã-Bretanha, todos os aeroportos, exceto Heathrow e Glasgow terão que fechar até 2029, e esses dois até 2049.
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O relatório “Zero Absoluto” é de novembro de 2019 e foi financiado pelo governo do Reino Unido.
Ele define as condutas que do cidadão que luta por salvar o planeta, e por contraste, dos “vilões” suscetíveis de condenação pela ditadura verde:
“As grandes ações são:
• “viajar menores distâncias,
• “viajar de trem ou em pequenos carros elétricos (ou puramente elétricos)
• “parar de voar;
• “usar menos o aquecimento e eletrificar o aquecedor;
• “construir com metade do material e para durar o dobro do tempo;
• “parar de comer carne de boi e de cordeiro.
• “Cada ação que tomamos para reduzir as emissões, em casa ou no trabalho, cria um efeito cascata positivo”.
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A página 39 sanciona: “Garantir que a emissão de carbono seja zero é uma questão de regulamentação, com proibições sobre o uso de carbono semelhantes às proibições sobre o uso de amianto”.
Em seu resumo executivo “Zero Absoluto” condensa os pontos-chave:
“Temos que reduzir nossas emissões de gases de efeito estufa a zero até 2050”.
E para isso “o preço efetivo do carbono deve ser proibitivamente alto até 2050”.
Mas tão caro de não poder se usar os aviões ou os carros, como acima dito.
E explica: “aviões elétricos não estarão operando em escalas comerciais dentro de 30 anos, então emissão zero significa que por algum período, todos nós vamos parar de usar aviões”.
E prosseguem as proibições: “além disso, obedecer à nossa Lei de Mudanças Climáticas exige que paremos de fazer qualquer coisa que cause emissões, independentemente de sua fonte de energia.
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Deverá haver um “crescimento em novas dietas de emissões zero”.
É difícil imaginar as consequências das imensas transformações derivadas dessas medidas. Mas o extremista verde Gareth Dale acima citado explica:
“Ao pedir uma redução no atacado na maioria dos setores econômicos e uma desglobalização econômica radical (fim da aviação, fim do transporte marítimo), isso trará tremenda oposição, até mesmo hostilidade, dos capitalistas, da comunidade empresarial”.
O principal autor do relatório, Julian Allwood, professor de Engenharia e Meio Ambiente da Universidade de Cambridge, deixou bem claro que: “as indústrias decadentes, como aviação, combustíveis fósseis, cimento, aço de alto-forno, (...) têm que fechar”.
Não espanta nada que Lord Lipsey no debate da Câmara dos Lords em 6 de fevereiro de 2020 tenha dito: “se apresentássemos este relatório ao povo britânico, ele seria recebido: ‘Oh, você não pode estar falando sério’”.
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Mas o projeto contra a civilização hodierna continua sendo montado nos antros verde/vermelhos eclesiásticos e civis.
E o que parece piada é tremendamente sério e perturbará a fundo a vida organizada como a conhecemos até agora.
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