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domingo, 2 de julho de 2023

Milhares de ‘projetos climáticos’ do Banco Mundial não têm a ver com o clima

Golpes midiáticos servem para ganhar empréstimos para qualquer manobra política. Na foto Simon Kofe, ministro de Tuvalu, teatraliza suposto afundamento de sua ilha e do mundo
Golpes midiáticos servem para ganhar empréstimos para qualquer manobra política.
Na foto Simon Kofe, ministro de Tuvalu,
teatraliza suposto afundamento de sua ilha e do mundo
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







Muitas centenas de projetos financiados pelo Banco Mundial para rocambolescamente deter à mudança climática não têm nenhuma ligação com qualquer mitigação climática, constatou relatório do think tank Center for Global Development e do centro de pesquisas ambientais Breakthrough Institute, revelou o “Financial Times”.

Os pesquisadores examinaram mais de 2.500 projetos do portfólio climático do Banco Mundial financiados entre 2000 e 2022 e questionaram os gastos do banco ao longo de duas décadas.

Descobriram que “centenas” dos projetos “parecem guardar pouca ou nenhuma relação com a mitigação ou adaptação à mudança climática”.

Segundo os autores uma leitura simples da documentação do Banco Mundial “não esclarece por que foram rotulados como projetos ligados à mudança climática”.

Quando Ajay Banga iniciou sua presidência do Banco Mundial, foi questionado por não fazer o suficiente para combater a mudança climática.

Entao, Banga tentou demonstrar que o Banco Mundial financiava muito combate à mudança climática. Ele pretendia apresentar as abrumadoras demonstrações numa reunião de cúpula em Paris sobre a reforma das finanças climáticas.

Porém, o que deveria ser demonstração revelou uma monumental fraude.

Ajay Banga, presidente do Banco Mundial quis demonstrar que não havia desvio de verbas climáticas e achou milhares de falcatr
Ajay Banga, presidente do Banco Mundial quis demonstrar
que não havia desvio de verbas climáticas e achou milhares de falcatruas
A pesquisa descobriu que empréstimos feitos pelo banco para combater a mudança climática foram usados pelos governos para qualquer outra coisa, pretextando enfrentar a mudança climática.

No nosso blog repetidas vezes informamos que as imensas e custosíssimas assembleias das Nações Unidas, denominadas COP-XX, eram palcos para exigências inescrupulosas de fabulosos investimentos que, na verdade, não iam para “salvar o clima”, mas sim para outros fins.

E lá foi, mostram os relatórios, o dinheiro para melhorar a transparência municipal na Faixa de Gaza, a qualidade do ensino em instituições mexicanas de ensino superior ou aumentar o acesso de mulheres e meninas no Chade à saúde.

Esses investimentos favoreciam a manutenção de governos inescrupulosos. E dissimulavam dizendo visar algum benefício climático.

Funcionários do Banco Mundial tentaram salvar alguns projetos trucados alegando que colateralmente atenderiam a metas climáticas.

Mas os pesquisadores descobriram que, até em projetos eram listados como tendo apenas 1% ou 2% de seu benefício trazido algum benefício climático, a ligação com as metas para a mudança climática não estava clara.

Eles citaram um empréstimo dado para ajudar a automação de pagamentos no Afeganistão, que recebera uma nota de benefício climático de 1%, apesar de não ter nenhum resultado claramente ligado ao clima.

Muitos projetos de mitigação climática não tinham estimativas de redução de emissões de gases estufa, ponto sagrado da mitologia eco-climática.

Imagem sisuda acoberta financiamento de planos climáticos inexistentes
Imagem sisuda acoberta financiamento de planos climáticos inexistentes

Nem mesmo havia um relatório padronizado de estimativas de gases de efeito estufa em todo o portfólio.

Vijaya Ramachandran, diretor de energia e desenvolvimento do The Breakthrough Institute e um dos autores do estudo, disse que embora seja possível argumentar que o desenvolvimento econômico pode resultar numa diminuição da vulnerabilidade ao clima, “essa ou qualquer outra explicação está completamente ausente dos documentos dos projetos”.

“O Banco Mundial precisa demonstrar a eficácia de projetos que visam lidar com a mudança climática. No momento isso simplesmente não está sendo feito”.

Representantes do Banco Mundial disseram que a instituição está trabalhando sobre uma nova metodologia para medir o impacto de seus gastos com ecologia no futuro.

Deu assim a entender que o esbanjamento ideológico das décadas passadas já está impune. 

Assim não inspira credibilidade às suas promessas de retorno à honradez, à verdade, à ciência e ao bem dos povos, e limitações a falcatrua sistemática dos aproveitadores verdes por fora e vermelhos por dentro.


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