O Nordeste está cada vez mais verde segundo satélites da NASA. Detalhe do mapa global abaixo |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista, conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
O New York Times publicou mais uma peça épica de exagero ecológico num artigo intitulado “Um desastre climático em câmera lenta: a expansão de uma terra estéril”, refutado pelo site “Climate Realism”.
O artigo do New York Times diz que o aquecimento global é a causa da seca no Nordeste do Brasil, e o está transformando num deserto.
Entretanto, as medições objetivas de vegetação por satélite, mostram o aumento da vegetação no Nordeste como, aliás, em todo o Brasil, e não o contrário, desmentiu James Taylor, presidente do Heartland Institute, especializado em denunciar as fakes da revolução ecológica.
Num subtítulo do artigo, o reputado jornal que nestas matérias delira não se sabendo quem manda fazer isso, afirma:
“O Nordeste do Brasil, há muito vítima de secas, agora está efetivamente se transformando em deserto. A causa? As mudanças climáticas e os proprietários rurais mais afetados”.
E o artigo-realejo prossegue: “A mudança climática está intensificando as secas no nordeste do Brasil, deixando a terra árida”.
E se o exagero foi pouco, o jornal carrega as tintas e dramatiza: “o fenômeno, chamado de desertificação, está acontecendo em todo o planeta”.
A Terra está cada vez mais coberta de vegetação (em verde) mostram os satélites da NASA. Fonte: NASA https://www.nasa.gov/feature/goddard/2016/carbon-dioxide-fertilization-greening-earth |
Os instrumentos de satélite da NASA estão medindo com precisão a quantidade de vegetação em toda a Terra desde o início dos anos 80, refuta calmamente James Taylor, habituado a denunciar os alarmismos climáticos esquerdistas.
A NASA apresentou suas descobertas no artigo “Carbon Dioxide Fertilization Greening Earth, Study Finds”.
Nele monstra cientificamente que:
“De um quarto a metade das terras com vegetação da Terra mostraram um esverdeamento significativo nos últimos 35 anos, em grande parte devido ao aumento dos níveis de dióxido de carbono atmosférico”.A maior parte do resto da terra mostra pouca mudança de uma forma ou de outra, enquanto uma quantidade muito pequena de terra mostra um declínio na vegetação.
E a NASA compara: “o esverdeamento representa um aumento de folhas em plantas e árvores equivalentes em área a duas vezes a área continental dos Estados Unidos”.
No gráfico fornecido pela NASA, reproduzido neste post, vê-se que quase todo o Brasil, e quase todo nosso Nordeste, está desfrutando de um aumento significativo da vegetação.
Apenas algumas áreas muito pequenas do País e do Nordeste apresentam um declínio da área coberta de vegetais.
O New York Times se assanha contra os fazendeiros e pecuaristas que removem a floresta tropical para substitui-la por fazendas ou pastagens. Nesses casos poderá haver diminuição do volume da vegetação.
Mas essa diminuição não se deve à mudança climática, e esses são os únicos lugares no Brasil onde a vegetação não está aumentando à medida que a Terra aquece modestamente.
A verdade simples e inegável é que a vegetação está aumentando praticamente em todo o Brasil.
New York Times, para criar uma histeria com uma crise climática fictícia, está contando mentiras comprovadamente erradas para vender jornais e para vender alarme, conclui James Taylor, presidente do Heartland Institute, especializado em denunciar os alarmismos climáticos esquerdistas e as fakes da revolução ecológica em que entra embutido o velho comunismo que fracassou no século passado.
Acrescentamos que os exageros e irrealidades do criticado artigo do New York Times passam entre leitores que desconhecem as realidades como a do Nordeste brasileiro, e que ficam com as ideias deformadas.
Nordeste lidera no crescimento de exportações do agronegócio |
A exploração do desconhecimento dos leitores norteamericanos é de tirar do sério. Vejamos por exemplo este excerto de artigo de Marine no portal Diário Rural sobre a realidade da agricultura no Nordeste:
Desenvolvimento da agropecuária no Nordeste é o melhor do País
A cana-de-açúcar é o produto mais importante para Paraíba, Pernambuco e Alagoas. Soja e cacau se destacam na Bahia. O cultivo de outras produções, como café, milho, feijão, arroz, banana, algodão, sisal, mandioca, coco e castanhas também predomina.
A criação de bovinos é forte no Maranhão, Piauí e Bahia. A de caprinos também é importante, porque esses animais são mais resistentes às condições climáticas.
Toda a produção agropecuária ainda colabora para o crescimento do agronegócio no Nordeste. Com superávit de US$ 6 bilhões no comércio exterior, a região apresenta o melhor desenvolvimento do país.
Nordeste é vitrine para produtores buscando soluções inovadoras no agronegócio |
No Sertão, com clima e vegetação propícios à produção de gados o investimento na atividade persiste ainda hoje.
O Agreste é região auspiciosa às médias e pequenas propriedades familiares que facilita o desenvolvimento da agricultura e, assim como o Sertão, da pecuária.
A agropecuária também colaborou para o desenvolvimento de indústrias, principalmente as de laticínios, couro e carne.
Fonte: Marine, Dia Rural
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