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Comer insetos é para o comum dos homens, não para líder verde no governo |
Porém, em livros e discursos, intelectuais socialistas e comunistas manifestam seu ódio contra a gastronomia e exaltam a alimentação proletária como sendo a única compatível com os pobres, como se estes desconhecessem saborosíssimos pratos populares.
Os verdes execram a gastronomia – inclusive a feijoada e um bom churrasco – e até pregam o consumo de insetos nauseabundos. Sobre isso já falamos em nosso blog.
Porém, observou sagazmente o jornal “Le Monde” de Paris,, após proferirem seus ditirambos, os corifeus do socialismo e do ambientalismo descabelado se reúnem nos templos mais seletos da gastronomia parisiense para se regalarem com suas delícias
Nesse sentido, no tempo dos ministros ferozmente socialistas e autogestionários de François Mitterrand, o apelativo “esquerda caviar” fez sucesso.
Os jornalistas de “Libération” (órgão fundado após a Revolução de Maio de 1968), que “davam a palavra ao povo”, gastam parte importante de seu ordenado em restaurantes “étoilés” (estrelados) de Paris, descreve “Le Monde”.
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A nomenklatura soviética nao renunciava a esses prazeres enquanto o povo morria de fome. Por que não tambem seus sucessores? Restaurante em Paris |
“Mas – acrescentou Petrini –, nas férias, [o diretor anarquista] ia à França para fazer um giro discreto, mas suculento e requintado, nos melhores restaurantes antes de voltar a se identificar com a classe operária”.
O Club des Cent (Clube dos Cem) foi fundado em 1912 para o punhado de privilegiados franceses que podiam percorrer o país de carro à procura das mais requintadas iguarias. Hoje ele só possui 100 membros. Mas cada uma de suas vagas é disputada, de um lado pelo que o mundo do dinheiro tem de mais rico, e de outro pelo que as esquerdas “chiques” têm de mais populista e anticapitalista.
Nomes que controlam bilhões como Bouygues, Peugeot, Rostchild, ou príncipes como Jean de Luxembourg e Alberto II de Mônaco, podem encontrar socialistas bem “vermelhos” como Jack Lang ou Strauss-Kahn saboreando “œuf à la coque au caviar” ou “royale de foie gras” regados com vinhos como o Puligny-Montrachet, o Gruaud-Larose, e champanhes como o Roederer magnum.
As histórias são intérminas. Lulu, um ex-trotskista, trocou a foice e o martelo pelo garfo e a faca e recebia em seu bistrot da rue du Château o mais restrito círculo de socialistas mitterrandianos que outrora quiseram arrasar o capitalismo.
“Hoje, ele não se sente tão sozinho” – conclui com ironia o jornal pró-socialista, simpático à causa ambientalista radical.
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