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domingo, 25 de outubro de 2015

Contestação ecologista cria novos Robespierres

Notre Dame des Landes: uma tribo anárquica  entrincheirada contra o progresso e a contra o Estado
Notre Dame des Landes: uma tribo anárquica
entrincheirada contra o progresso e a contra o Estado
Luis Dufaur





O jornal Le Monde de Paris, púlpito entusiasmado da revolução verde, publicou matéria sob o título “A contestação ecologista cria novos Robespierres”.

Ele se referia ao aparecimento das chamadas “zonas a defender” (ZAD), espécie de territórios livres que desconhecem a autoridade do Estado ou da lei.

E explica: trata-se de “defender o meio ambiente contra os poderes públicos, contra os projetos de desenvolvimento econômico”.

São novas pequenas “Sierras Maestras” na França, mas de um tipo diferente. Uma espécie de guerrilha mais psicológica do que armada porém radicalmente ambientalista cria centros anárquicos que desgarram a unidade nacional.

domingo, 18 de outubro de 2015

Aerogeradores e painéis solares matam pássaros sem cessar

Viés ideológico dramatiza parcos acidentes com pássaros  e silencia a morte de milhões de outros atingidos por 'energias renováveis'.
Viés ideológico dramatiza parcos acidentes com pássaros
e silencia a morte de milhões de outros atingidos por 'energias renováveis'.
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs




Os aerogeradores eólicos e as plantas de energia solar matam centenas de vezes mais animais do que os poços de petróleo em pane.

A notícia pode parecer surpreendente porque a mídia insiste obsessivamente em difundir fotografias de pássaros, sobretudo do mar, atingidos pelo petróleo derramado por poços ou petroleiros afundados.

Essas imagens são apresentadas pela propaganda verde de modo tendencioso.

Outro golpe clássico é a imagem do urso polar sobre um pedaço de gelo que estaria se derretendo e condenando o simpático ursinho à desaparição, quando ele o está usando de outeiro para avistar uma presa, dar-lhe morte e comê-la.

Porém, Kerry Jackson, que escreve no Investor’s Business Daily, forneceu dados esclarecedores mostrando, segundo informa o American Thinker, que os demagógicos ambientalistas têm as mãos encharcadas de sangue de pássaros.

Vivo e morto. A planta solar de Ivanpah Dry Lake, na Califórnia,  mata 30,000 pássaros por ano mas a mídia no fala  porque é 'ecologicamente correta'
Vivo e morto. A planta solar de Ivanpah Dry Lake, na Califórnia,
mata 30,000 pássaros por ano mas a mídia no fala
porque é 'ecologicamente correta'
Por exemplo, Jackson registra que no último vazamento de petróleo na costa da Califórnia morreram 161 pássaros, segundo o cômputo oficial.

Mas o órgão oficial National Research Council calcula que as turbinas eólicas matam cada ano cerca de 100.000, número que sobe para 300.000 nas contas da American Bird Conservancy.

A agência de notícias Bloomberg News vai mais longe e avançou a cifra de 573.000 pássaros mortos só em 2012. Poder-se-ia estimar cerca de mil pássaros despedaçados ou torrados diariamente cada ano.

A planta solar de Ivanpah, no deserto de Mojave, poderia entrar no Guiness com o recorde mortífero de 28.000 pássaros queimados por ano, ou um a cada dois minutos, segundo os dados do U.S. Fish and Wildlife Service. Veja mais: “Salve o planeta, matem os pássaros”?

Ivanpah aponta mais de 300.000 espelhos na direção de três torres de 140 metros (459 pés) de altura, gerando um calor superior a 800ºC. Isso é suficiente para “cozinhar” os pássaros que voam na área.

Em 2010, por ocasião do vazamento de óleo num poço da British Petroleum (BP) no Golfo de México, intensamente publicitado, o relatório oficial da U.S. Fish and Wildlife Service registrou que foram colhidos 2.303 pássaros mortos, “visivelmente atingidos pelo óleo” na área do incidente.

Mas o acidente da BP é um evento que não acontece todo ano. Em sentido contrário, as turbinas eólicas e as plantas solares não cessam de abater.

O Daily Caller calcula que desde o vazamento de 2010 da BP, cerca de 2,9 milhões de pássaros foram trucidados pelas aspas dos aerogeradores.

Veterinários tentam salvar ave atingida pela pá de um aerogerador. Dois pesos e duas medidas nos exageros ambientalistas
Veterinários tentam salvar ave atingida pela pá de um aerogerador.
Dois pesos e duas medidas nos exageros ambientalistas
Norman Rogers, consultor do Heartland Institute graduado em Física pelas Universidades de Califórnia-Berkeley e de Havaí, estudou e fotografou especialmente o repugnante caso dos pássaros queimados vivos enquanto voavam na área de Ivanpah.

Acresce que, além do imenso subsídio estatal, Ivanpah só produz 40% da energia que prometia gerar.

Porém, a propaganda verde veiculada por certa mídia esconde habitualmente esses dados essenciais, mantendo seus leitores na ignorância do que está acontecendo.

Qual é então o amor pela natureza de que se ufanam tantos ecologistas radicais que até se exibem de encíclica na mão mas levam a foice e o martelo no coração?


Ivanpah, a maior planta de energia solar do mundo queima os pássaros que passam por ela:



segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Hotel de luxo cria favela para ricos ecologicamente corretos

Shanty Town: hotel verde maravilhoso para o jet set usufruir de Laudato Si' na mão.
Luis Dufaur





Chegou o tempo de se preparar para o maravilhoso mundo verde, onde ninguém consome demais, não aquece o planeta e distribui igualitariamente as riquezas para evitar as catástrofes climáticas de origem humana que outrora flagelavam a Terra por culpa do capitalismo.

Partiram na frente alguns figurinos do jet set midiático eclesiástico e já estão testando o estilo de vida verde compatível com a Laudato Si’.

Um hotel de luxo, o Emoya Spa and Oopvuur Restaurant, em Bloemfontein, uma das três capitais da África do Sul, já oferece o ambiente futurista com todas suas comodidades, aliás bastante imperceptíveis, segundo reportagem da Folha de S.Paulo.

Quem chega e pensa que está numa favela é certamente um aquecimentista antipático, a ser corrigido.

Ele deve entender que está enganado, porque o hotel oferece uma “acomodação única”, que pretende simular os assentamentos informais existentes no país.

O Shanty Town é mais parecido com um assentamento do MST,  mas vai a caminho da taba indígena.
O Shanty Town é mais parecido com um assentamento do MST,
mas vai a caminho da taba indígena.
Poderia, aliás, ter escolhido um assentamento do MST no Brasil, ou uma taba de índios como é cantada idilicamente pelo CIMI e não teria sido muito diferente e quiçá mais econômico.

Mas, em qualquer caso, no Emoya Spa o cidadão do futuro mundo verde encontra um ambiente típico do homem conscientizado que não aquece o planeta, embora padeça de todas as consequências do derretimento dos polos e da acidificação dos oceanos, que por sinal ficam bem longe do local.

O hotel tem todas as acomodações de uma “Shanty Town” sul-africana, leia-se favela em português.

As barracas são feitas com pedaços reciclados de madeira e metal. Os banheiros são ao ar livre, algo muito ecológico e sustentável.

A iluminação é na base de vela, fugindo do consumo desenfreado de energia típico da sociedade consumista que ameaça extinguir os recursos.

Algum pecado ainda é tolerado, como os pisos com aquecimento. Mas o turista pode viver na própria pele o que é uma “shanty” ou favela ecologicamente correta, “no ambiente seguro de uma reserva privada”, segundo prega o site do Emoya Luxury Hotel & Spa.

Para o hotel, o ambiente é “completamente seguro e adequado às crianças”, embora animais selvagens circulem entre os barracos num espírito igualitário de integração homem-animal.

Hóspedes devem aquecer sua água e os toilettes são públicos e 'sustentáveis'.
Hóspedes devem aquecer sua água e os toilettes são públicos e 'sustentáveis'.
O hotel também é proposto como ideal para festas temáticas – de qual tema? – e “para se ter uma experiência inesquecível”.

De fato, uma pessoa limpa e de bom senso nunca poderá esquecer uma passagem por esse local.

Atrativo especial: o hóspede precisa fazer “sua própria fogueira” em local comum para obter água quente.

Aliás, há um outro pecadinho, um resquício do passado tolerado aos incorrigíveis: o cliente pode requisitar acesso à energia elétrica.

A diária custa a partir de R$ 145, bastante para uma favela.

O post parece irônico, e talvez o seja, mas o sonho utópico do ambientalismo deseja habituar os homens num estilo de vida “sustentável” e “integrado na natureza”. Ele não visa ajudar as pessoas a melhorar e até a sair da favela, mas a cair nela, numa tendência rumo sempre ao mais baixo, até a taba indígena.