domingo, 14 de dezembro de 2025

COP30: fracasso de ofensiva comuno-ambientalista

Luiz Inácio Lula da Silva com o Curupira, mascote da COP30. Belém (PA) Foto Ricardo Stuckert - PR
Luiz Inácio Lula da Silva com o Curupira, mascote da COP30. Belém (PA) 
Foto Ricardo Stuckert - PR
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







A COP30, trigésima Conferência das Partes da ONU sobre Mudança Climática, terminou pifiamente.

Em Belém do Pará deveriam comparecer governantes e burocratas de mais de 160 países signatários da ECO-92, lobbies e ONGs, ativistas vermelhos disfarçados de salvadores do planeta, povos originários (autênticos ou falsos) todos empenhados em arrancar capitais dos governos e bancos internacionais a fim de dominar as mudanças climáticas e evitar um “apocalipse ambiental”. .

No entanto, essa cantilena soa cada vez mais como um blefe ancorado na “Teologia da libertação da Terra”.

COP30 abandonada


A ausência de chefes de Estado proeminentes levou muitos outros a concluir que a COP30 ficaria num bate-papo improdutivo. .

Foi decisiva nesse sentido a aversão do povo norte-americano e do seu governo aos blefes ambientalistas (nas COPs anteriores, financiaram projetos “verdes” utópicos), e sua ausência na Amazônia ensejou muitos países a se ausentar ou enviar delegações de nível inferior.

Só a Noruega destinava para a “proteção” da Amazônia o triplo do que o governo brasileiro destina à área ambiental. .

Desde 2015 o Brasil destinou pouco mais de R$ 520 milhões do Orçamento federal, enquanto a Noruega forneceu R$ 1,75 bilhão para o Fundo Amazônia (87,5% do total) nos últimos dez anos. .

No preparo da COP30, a única empresa nacional que contribuiu foi a Petrobras, com 0,4% do total.

Segundo Adriana Ramos, secretária-executiva do Instituto Socioambiental, os recursos internacionais financiam burocracias estaduais de meio ambiente e ONGs. .

Houve suspeita de que essas doações visariam estabelecer uma ingerência sobre a Amazônia .

Fracasso previsível


Infocatólica, a Igreja se preparou para a COP30 no mundo da Lua
Infocatólica; a Igreja se preparou para a COP30 no mundo da Lua
O cenário prévio à COP30 era o oposto do prometido no Acordo de Paris (COP 21). .

O fim das volumosas contribuições dos EUA teve um efeito cascata, e muitos projetos-fantasia foram apagados ou não saíram do papel no mundo inteiro .

Multiplicaram-se as informações sobre o ‘fracasso ambientalista’: projetos de hidrogênio verde adiados ou cancelados; mercado de crédito de carbono em crise; montadoras voltando aos carros a gasolina; usinas de combustível sustentável de aviação não saem do papel; governos derrubados por insatisfação com os projetos ambientalistas; falências das “energias alternativas”; e o presidente americano Donald Trump, na Assembleia Geral da ONU, qualificando de “estúpidos” os burocratas que esmagam os povos com impostos ambientalistas. 134 dos 198 países envolvidos não disseram se estavam cumprindo as metas nacionais “para salvar o planeta”.

Resultado: ninguém sabia, em Belém, qual era a temperatura global do planeta, número que devia nortear qualquer decisão, para bem ou para mal . .

Com dados de apenas 79 países, ficou impossível chegar a uma conclusão confiável. .

O secretário-geral da ONU, António Guterres, pranteou que as metas climáticas pré-fixadas não seriam alcançadas . .

Bill Gates, arauto do catastrofismo climático, virou a casaca declarando que o clima “não levará ao fim da humanidade” e nem compareceu.

O presidente Lula falou na ONU em punir os países descumpridores — ou seja, dois terços do mundo. Mais quimérico, impossível.

Engajamento quase nulo


Passagem Fé em Deus obras inacabadas aguardando melhorias para COP30 em Belém
Na ONU, Lula anunciou que em Belém se faria “a COP da verdade”. E na reunião “Cúpula de Líderes”, prévia à COP30, pediu recursos de um trilhão e trezentos bilhões de dólares anuais para um Fundo de Bosques Tropicais para Sempre (TFFF), a ser gerido pelo Banco Mundial. .

Só seis países contribuíram, e com somas simbólicas! O chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, acenou com um “valor significativo”. .

Mas saiu apressadamente da COP30 com sua equipe, deblaterando contra o caos da organização . Depois fez uma retratação. A representação japonesa sumiu silenciosamente.

Nem mesmo um número decente de ilustres convidados se apresentou ao coquetel inaugural. .

E a COP de Belém terminou do mesmo jeito que começou: vergonhoso fracasso em prol de utópicas metas e de estímulo a velhas reivindicações comuno-progressistas .

Líderes ávidos de luxos


ONU alarmada pelo desinteresse dos países pela COP30, mas seus líderes corrriam atrás das benesses.
ONU alarmada pelo desinteresse dos países pela COP30, 
mas seus líderes corriam atrás das benesses.
Chefes de Estado e de governo, que dizem defender os pobres flagelados pelas “mudanças climáticas”, preferiram usufruir os restaurantes mais famosos e os hotéis de luxo, ponto de encontro de políticos, empresários e badalados líderes das esquerdas. .

Até o ditador da República do Congo, o militar Denis Sassou N’Guesso, foi tratado com tapete vermelho para entrar e sair do quarto, modificado para atender às suas exigências.

As delegações oficiais se encontravam nos restaurantes mais caros, como a ex-presidente Dilma Rousseff, beneficiada por sua proximidade com o ditador comunista Xi Jinping. .

No mesmo restaurante, na mesma hora, a ministra Marina Silva, com a equipe do ministério de Meio Ambiente, almoçava ao ar livre voltada para a Baía do Guajará. .

Figuras como o presidente francês Macron, o príncipe William, o secretário-geral da ONU e Marina Silva exibiam seu ecologismo recusando peixes de rio ou “maniçoba” (espécie de feijoada paraense), muito ligados com a região. .

Guterres ganhou uma costela de carne Brangus assada por 24 horas — blasfêmia ambientalista...

Chefes de Estado e de governo se fotografaram sobre fundos artificiais de floresta tropical, como arautos da natureza, sem sair da área urbana de Belém. .

Outros, como o português António Costa, presidente do Conselho Europeu, foram gozar de uma travessia de lancha, tomar banho de rio na Ilha do Combu e degustar chocolates locais. .

Miinistra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, na COP30. Foto Bruno Peres-Agência Brasil
Ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, se exibiu bastante na COP30. 
Foto Bruno Peres-Agência Brasil

A diretora da Anistia Internacional no Brasil, Jurema Werneck, presente para agir contra o “racismo ambiental”, deplorou o esquecimento generalizado dos direitos humanos que a COP30 deveria defender, e achou estar numa reunião da Faria Lima, porque os líderes só falavam de dinheiro e não das verdadeiras problemáticas ambientais .

Para a “Folha de S. Paulo” a “COP30 foi a festa das celebridades”, pela revoada de “famosos” do jet-set internacional exibindo-se como interessados em ecologia, acotovelando-se com o cacique Raoni, enquanto cantoras estrangeiras e brasileiras, ministras vestidas de índias ou de extravagâncias, faziam shows decepcionando inúmeros comentaristas.


continua no próximo post:



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