'Veneno na nossa comida' é boato assustador negado pelos investigadores sérios |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista, conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Continuação do post anterior: Fundador arrependido de ONG verde denuncia fakes na grande mídia
Resíduos de pesticidas nos alimentos causam câncer, defeitos de nascença, autismo e danos cerebrais
Como tratamos no post anterior (Fundador arrependido de ONG verde denuncia fakes na grande mídia), Patrick Moore no livro “As falsas catástrofes invisíveis e ameaças de destruição” (“The Fake Invisible Catastrophes and Threats of Doom”) descreve algumas das maiores trapaças do catastrofismo ambientalista.
Sobre tudo, os fantasmas inventados em laboratórios de propaganda. Esses são ponto de partida de temores que nós, simples cidadãos, só podemos sofrer, mas não conseguimos ver. E por isso podemos ser facilmente enganados.
Não podemos, por exemplo, ver, cheirar ou provar os “resíduos” de pesticidas que haveria nos alimentos que segundo o terrorismo verde penetram em nós nos alimentos, lojas ou restaurantes e que nos estariam causando pelo menos nove doenças relevantes.
É uma pena que não possamos observa-los, mas nada facilita mais para inventar histórias do que um “veneno invisível” que penetrassem pode-lo ver.
Em 1997, os Institutos de Pesquisa do Câncer dos EUA e Canadá estudaram durante vários anos de todas as publicações científicas relatando alguma conexão entre câncer em humanos e resíduos de pesticidas em alimentos.
Eles não encontraram nenhuma evidência confiável ligando os dois.
Concluíram sim que um 30% dos cânceres humanos são causados pelo vício do fumo. Mas nesse caso a causa é uma planta que existe naturalmente e não havia relação com os “resíduos invisíveis assassinos”.
Constataram também que 35% dos cânceres derivam de uma dieta pobre, com muita gordura e colesterol que são substâncias naturais. Não fizeram menção aos misteriosos resíduos.
Não há, portanto, conclui o “patriarca” do ambientalismo, risco algum para a saúde comer frutas e vegetais pulverizados com pesticidas legalmente aprovados.
“Baobabs da África morrem numa taxa sem precedentes. A mudança climática seria a culpada”
Baobabs vicejando. A foto ilustra artigo sobre a extinção dessas árvores |
Até a versão online da Enciclopédia Britânica deu crédito à história.
Mas nenhuma árvore morta foi retratada em algum dos muitos artigos que Patrick Moore compulsou na Internet.
Ele explica: “minha primeira regra de pensamento crítico é nunca confiar em um relatório que começa com as palavras ‘pôde’, ‘pode’ ou ‘poderia’”.
De fato, tudo e qualquer coisa ‘pôde’, ‘pode’ ou ‘poderia’ acontecer em toda e qualquer parte de dia ou de noite, no inverno ou no verão, nos polos ou no Equador, na seca ou na chuva.
O cientista sério e o jornalista objetivo devem apresentar a seus alunos ou leitores fatos confirmados, reproduzíveis em laboratório, e não possibilidades mais ou menos abstratas ou imaginárias.
É perfeitamente natural que árvores mais velhas de qualquer espécie morram à medida que envelhecem.
Baobab com folhas em Madagascar |
Moore quis saber a fonte dessa “taxa sem precedentes” de Baobabs morrendo e a único que achou foi um professor de química romeno que escreveu: “oito das 13 árvores mais antigas da África morreram na última década”.
Os Baobabs têm ampla distribuição na África, ao longo da cintura subsaariana e ao longo da costa leste até a África do Sul.
Uma população imensa, portanto, onde 13 exemplares não são padrão de medida.
Moore tampouco achou sequer uma estimativa do número total de Baobabs na África, mas poderiam existir dezenas, senão centenas de milhares.
Não espanta, então que os oito exemplares mais antigos morressem em dez anos, quer dizer menos de um por ano entre dezenas ou centenas de milhares.
Sendo impossível determinar a causa de um fato tão insignificante, o diabo máximo foi indiciado: a mudança climática!
Baobab gigante sem folhas não está morrendo: é uma peculiaridade de sua natureza que os 'verdes' também desconhecem |
Até a Fox News, que banca de conservadora, cobriu essa tolice.
Os Baobabs são caducifólios. Quer dizer que nas estações secas do ano perdem suas folhas para poupar água, como fazem os Ipês, tanto o roxo quando o amarelo no Brasil.
A mídia explorou então fotos de Baobabs sem folhas, sugerindo que morriam.
No farto noticiário não havia foto alguma de um Baobab morto.
Quem contou os Baobabs? Quantos leitores alguma vez foram a África a ver um desses gigantes vegetais?
Sabiam que são gigantes? Sabiam que são caducifólios? Que perdem as folhas na seca?
O que sabiam? Provavelmente muito pouco.
Por isso confiavam na única fonte acessível: a grande mídia.
E essa faz a festa explorando a ignorância do leitor que ficou mal informado e ludibriado pelo blefe da apocalíptica mudança climática.
Os fantasmas dos OGMs nos prejudicam ocultamente
Demagogia contra transgênicos é propaganda maliciosa denunciada pela ciência |
Mas o milho OGM pode ser mais viçoso porque foi melhor protegido dos insetos pelas modificações em seus genes.
O USFDA (Food and Drug Administration, agência do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA) diz que ambas categorias são “substancialmente equivalentes”.
Em outras palavras, não são diferentes uma da outra de maneira significativa alguma.
Mesmo assim, observa Moore, centenas de grupos ecologistas aterrorizadores insistem que há algo no milho OGM, que obviamente é invisível e que traz consequências más para o planeta e para nós.
A Monsanto, empresa de sementes e proteção de cultivos, é sentada no banco dos réus como se estivesse produzindo armas de destruição em massa e as usando contra civis, devendo ser punida como os criminosos em Nuremberg.
Procure-se qualquer organização confiável de alimentos, saúde e ciência e ver-se-á que garante que os alimentos transgênicos são perfeitamente seguros.
Mas a exploração do medo de um fantasma envenenador invisível rende lucros a seus difusores.
E como as pessoas não podem “ver por si mesmas” os genes mudados no laboratório, ficam muito preocupadas com sua saúde e a de seus filhos porque o grande órgão de mídia trombeteia o perigo em todas as direções.
O salmão de criação intoxica e extingue o salmão selvagem
Fazenda de salmão no Chile |
Os ativistas da fazenda anti-salmão afirmam que o salmão de viveiro está espalhando doenças e piolhos do mar para os estoques de salmão selvagem.
A verdade é o inverso: o salmão de viveiro é criado em incubadoras terrestres e está livre de doenças e piolhos quando colocado em currais no mar.
É o salmão selvagem que passa doenças e piolhos aos peixes de viveiro.
Porém ativistas verdes e a mídia vendem mais contando a versão fake e os telespectadores não podem descer ao fundo dos oceanos para verificar a verdade.
A criação de salmão e de muitas outras espécies na aquicultura é sustentável. Ela poupa os cardumes selvagens, que de outra forma estariam em sério risco de se esgotarem.
Pescadores de salmão selvagem no Alasca. Propaganda ambientalista inverte os dados e os perigos. |
A aquicultura sustenta dezenas de milhões de pessoas em todo o mundo e em comunidades remotas que não teriam outros meios para sobreviver.
Não tendo provas para suas terríficas denúncias, os fanáticos anti-transgênicos, explica Moore, apelam a imagens falsas e assustadoras.
O salmão de viveiro é delicioso, nutritivo, fresco o ano todo, é preferido pelos chefs e recomendado pelo especialista em ecologia.
Continua no próximo post: Pânico ambientalista engana com fantasmas
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