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domingo, 16 de janeiro de 2022

A “capital eólica do Texas” ficou no frio, sem energía, e o estado enterrou centenas

Autoridades aduziram o congelamento das turbina eólicas, fato já acontecido em diversas localidades
Autoridades aduziram o congelamento das turbinas eólicas,
fato já acontecido em diversas localidades
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







A pequena cidade de McCamey no Texas, que vivia em torno de poços de petróleo, resolveu mudar para ser a “capital eólica” do estado e se cercou de turbinas movidas a vento.

Ia ser lindo, o município seria aplaudido como inovador, todo um líder da “transição energética” que quer o ambientalismo.

Mas hoje McCamey parece uma cidade fantasma, com poucas pessoas caminhando nas ruas, construções abandonadas e quase sem sinal de celular, como mostrou reportagem da “Folha de S.Paulo”.

McCamey chegou a ter 10 mil habitantes dedicados, quase todos, à indústria petrolífera. Hoje sentimos pena enquanto escrevemos: não há 2.000 moradores, céticos quanto ao uso de energia renovável ou que rechaçam a possibilidade de abandonar os combustíveis fósseis, diz a “Folha”.

“Sou pró-petróleo e pró-gás” exclama uma mulher que não aceita conversa nesse ponto.

Nas ruas da “capital eólica do Texas” se veem poucos carros e algumas pessoas a pé na hora do almoço.

Ramón reclama que o preço da conta de luz tem subido e a experiência lhe diz que a solução não passa pelas energias renováveis.

Na mudança de paradigma energético, McCamey perdeu mais ded 80% dos moradores
Na mudança de paradigma energético, McCamey perdeu mais de 80% dos moradores
As tarifas da energia são mais caras para quem não escolhe as fontes renováveis.

Acresce que os painéis solares são muito caros malgrado os incentivos públicos para compensar a despesa.

A prefeita republicana Patty Jones está certa que renovará o mandato: proclamou que só quer energia elétrica gerada com petróleo.

Ela acha exagerado o apelido de “capital eólica do Texas”, porque os habitantes preferem as energias geradas a partir do petróleo. Além do mais confirma que “não estamos fazendo transição energética”.

Há mais de um século, os combustíveis fósseis dominam a produção e o consumo dos americanos.

Texas é o maior estado produtor e consumidor de energia do país, funcionando como o grande motor da engrenagem energética e produtiva nacional.

Segundo a agência de informação do Departamento americano de Energia (United States Department of Energy, ou DOE em inglês), o estado produziu 43% do petróleo bruto e 26% do gás natural comercializados nos EUA em 2020. As 31 refinarias do Texas processam 5,9 milhões de barris por dia, ou 31% da capacidade americana.

O estado também é líder nacional na energia eólica, com 28% de toda a eletricidade produzida no país em 2020.

Porém, nesse ano o Texas viveu um dos piores apagões de sua história semeando a dúvida se as energias renováveis podem tornar mais eficiente o sistema energético.

No estado centenas de pessoas morreram de frio, sobre tudo os mais pobres, e milhões ficaram sem luz, sem aquecimento e sem água potável.

A 'capital eólica do Texas' ganhou um panorama desolador
A 'capital eólica do Texas' ganhou um panorama desolador
A realidade ficou sombria. Com 29 milhões de habitantes, o Texas não aguentou as baixas temperaturas.

A opinião dominante expressa na mídia e nas redes sociais é que a culpa é das fontes renováveis, algo que gerou polêmicas infindas.

A ciência do governo e os especialistas na moda da mídia contestam a percepção popular, desde suas cômodas repartições governamentais, é claro.

A prefeita Patty sublinha que se as energias alternativas fossem mais convenientes e baratas haveria uma inversão das opiniões.

Mas o que fazer quando o tempo nublado torna inúteis os painéis solares ou quando o vento não sopra?

O presidente Joe Biden anunciou que cortaria pela metade as emissões de gases do efeito estufa nos EUA até 2030.

Mas a China que produz mais do dobro desses gases e é o recordista planetário dessa denigrada produção, lhe mostra a língua até rindo.

Biden fez dessa meta o ponto-chave de sua política climática, mas até deputados e senadores de seu partido estão contra. É claro que não querem perder suas cadeiras com metas antipopulares e irrealizáveis.

Lição de McCamey: as energias alternativas ainda não atingiram o patamar tecnológico necessário
Lição de McCamey: as energias alternativas ainda não atingiram o patamar tecnológico necessário.
Impô-las no patamar atual equivale a destruir a vida organizada.
O IPCC (Painel Intergovernamental de Mudança do Clima da ONU) atribui o contestado aumento da temperatura global à atividade humana.

E como vem fazendo há décadas de um modo risível profetiza catástrofes imensuráveis que nunca acontecem.

Confira a mentirada incrível em: “Fake-news como dantes no quartel do IPCC”


Mas diante dos políticos do IPCC, rotulados não se sabe bem por que de “cientistas” pela mídia, reunidos na COP26, conferência da ONU sobre a crise do clima, Biden se penitenciou pelo que não fez mas os utopistas “verdes” lhe atribuem.

Voltando ao Texas e a coitada de sua “capital eólica”, a onda de frio que a flagelou sem que as fontes de energia alternativa pudessem fazer nada, o número dos castigados foi de 4,7 milhões de usuários.

O Conselho de Confiabilidade Elétrica do Texas (Ercot), operador de rede do estado, alertou aos consumidores e empresas que “turbinas eólicas ficaram congeladas”.

Os parques eólicos do oeste do estado foram particularmente atingidos e dos mais de 25 mil megawatts de capacidade eólica disponíveis no Texas, cerca de 12 mil ficaram fora de serviço, segundo “Notícias R7”.


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