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Produção de milho no Brasil aumenta com OGM sem danos para a saúde e com melhora para a população. |
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Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
O maior estudo sobre o impacto dos organismos geneticamente modificados (OGM), feito pela Academia Nacional de Ciências dos EUA, acaba de concluir que essas plantas são indistinguíveis das demais e que não há nenhuma prova de que tenham um impacto negativo sobre a saúde das pessoas, noticiou o jornal espanhol “El País”.
A Academia Nacional de Ciências, Engenharia e Medicina, principal órgão consultivo dos EUA em assuntos científicos, não encontrou provas conclusivas de que esse tipo de variantes agrícolas cause problemas ambientais.
Reconhece, entretanto, que a resistência dos transgênicos a certos herbicidas está causando “um grande problema agrícola”, porque outras plantas e insetos estão desenvolvendo imunidade aos herbicidas usados nos campos de OGM. Mas pode-se esperar solução para esse problema.
O relatório, apresentado numa conferência de imprensa em Washington, constitui uma revisão abrangente de estudos científicos publicados nos últimos 30 anos, quando se começou a usar milho, soja e outros cultivos transgênicos.
A investigação se concentrou na análise de 900 estudos científicos sobre o impacto desses cultivos, tendo sido supervisionada por um painel de especialistas independentes liderados por Fred Gould, entomologista da Universidade Estadual da Carolina do Norte.
Estas são as principais conclusões:
Demagogia da Greenpeace contra os OGM no Ministério da Ciência e Tecnologia.
Governantes de esquerda são a última esperança do fanatismo anti-OGM.
— O comitê analisou todos os estudos disponíveis sobre o assunto e não encontrou “nenhuma evidência” de que os transgênicos causem mal à saúde.
— As experiências em animais não revelam diferença alguma para a saúde entre o consumo de um vegetal transgênico e outro que não é.
— Há provas de que os OGM resistentes a pragas significaram um benefício para a saúde humana, ao reduzirem as intoxicações por pesticidas.
— Existem variantes de transgênicos que podem ter um impacto devastador. Cita o caso específico do arroz dourado, uma variante modificada que contém altos níveis de betacaroteno, apesar de poder evitar milhões de casos de cegueira e mortes de crianças por desnutrição nos países em desenvolvimento.
— O uso de transgênicos não reduz a diversidade vegetal nem de insetos nos campos onde são plantados, podendo às vezes até aumentá-la.
— Os genes dos transgênicos acabam invadindo campos onde não são plantados, mas isso não causa nenhum impacto ao meio ambiente.
— A linha divisória entre um transgênico e um não transgênico está desaparecendo com a chegada de novas técnicas de edição genética.
— Há insetos que estão criando resistência aos pesticidas utilizados nos campos de OGM, mas isso só acontece em lugares onde não são seguidas as regras para evitar essas resistências.
Plantação de soja no Brasil: OGM ou não é igualmente boa.
— Os transgênicos trouxeram benefícios econômicos inclusive para pequenos agricultores, que se beneficiaram deles já nos primeiros anos de adoção.
— Baseando-se na evidência científica, o trabalho desaconselha até marcar o rótulo dos produtos com OGM como suposta salvaguarda da saúde pública.
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