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PanCricri ou o gênio 'verde' para tornar repugnante o agradável panetone |
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Luis Dufaur
Escritor, jornalista, conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Para os piemonteses, a cidade de Pinerolo é sinônimo de panetone. Pois defendem ser o lar do mesmo. Porém foi escolhida para lançar um produto repugnante que degrada o panetone.
É o PanCricri, nome irônico para um novo seudo-panetone preparado com farinha de grilo e grilos caramelizados.
O autor é Davide Muro, chef mestre da Antica Pasticceria Castino de Pinerolo, instituição sob as arcadas da Piazza Duomo.
Ele já colecionou vários prémios e agora apresentou o panetone salgado PanCricri no setor Inovação e Polenta.
O PanCricri pretende olhar para o futuro que vem sendo preparado pelo movimento ambientalista, pois a farinha de grilo, embora repulsiva à civilização, paz parte da paleta de alimentos alternativos ecológicos.
Também é propaganda verde diz que tem impacto ambiental reduzido e alta digestibilidade.
Mas é, segundo “Il Corriere della Sera” uma verdadeira revolução para a mesa de Natal.
E de fato é um avanço rumo ao primitivismo anticristão que introduz o nojento – ainda que com astúcia – nas festas pelo nascimento do Menino Deus que veio a trazer, além da preciosíssima Redenção, o início da Civilização Cristã, até então inexistente com todos seus requintes, inclusive na mesa dos povos batizados.
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Quem comeria esse panetone com o grilo? Ecologistas dizem adorar, mas não muitos deles provam |
Os grilos caramelizados e a farinha são elaborados pela Italian Cricket Farm, empresa de Viotto, perto de Pinerolo.
Os insetos chegam secos da Alemanha e são elaborados pelo autor.
O autor reconhece que os clientes diziam não querer, mas um público nicho já trabalhado pela propaganda e práticas alheias à tradição e o bom gosto aceitou a nauseante novidade.
No total, houve apenas cerca de cinquenta encomendas para o Natal!