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domingo, 10 de novembro de 2024

Carros elétricos incendeiam e explodem em ruas e parkings

Facilidade com que carros elétricos pegam fogo levou países a vetar seu ingresso em estacionamentos fechados
Facilidade com que carros elétricos pegam fogo
levou países a vetar seu ingresso em estacionamentos fechados
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






Na Ásia e na Europa, prefeituras restringiram ou pensam restringir o estacionamento de carros elétricos em locais públicos dependendo de seu nível de carregamento: aqueles com mais de 80 ou 90% não poderão estacionar em locais fechados.

As novas regulamentações são uma resposta a incêndios ou explosões recentes ligadas a baterias de lítio, segundo registrou reportagem do “La Nación”.

Em Seul, capital da Coreia do Sul, um Mercedes-Benz EQE estacionado numa garagem fechada de apartamentos pegou fogo e o incêndio, que se espalhou rapidamente, afetou 880 veículos e deixou sem água e luz a 1.600 casas por uma semana.

As autoridades então baniram por lei os carros elétricos com carga de bateria superior a 90% em estacionamentos subterrâneos.

O caso do Mercedes não foi isolado, mas um dos 139 incêndios em carros elétricos registrados nos últimos três anos no país.

68 aconteceram com os veículos em circulação, 36 quando estavam estacionados e 26 quando estavam sendo carregados.

Outro regulamento em curso de implementação limitará os carregadores ultrarrápidos e deterá automaticamente a carga quando o veículo atingir 80% da capacidade.

Em cidades como Ningbo na China, os proprietários de carros elétricos foram solicitados a estacionar em locais remotos onde há mais espaço entre os veículos.

Na Europa há conversas a esse respeito. No hospital Alder Hey, em Liverpool, o estacionamento de carros elétricos foi temporariamente proibido alegando que poderiam explodir.

Na Alemanha, Países Baixos e Noruega, os proprietários de veículos elétricos são convidados a carregar as baterias abaixo dos 80% para evitar o sobreaquecimento e algumas estações já ajustaram os níveis máximos de carga para esta percentagem.

As baterias de íon de lítio pegam fogo por sobreaquecimento, curtos-circuitos ou danos físicos.

Carros elétricos ainda são perigosos
Carros elétricos ainda são perigosos

À medida que a bateria se aproxima da carga total, há maior probabilidade de fuga térmica.

Em espaços pequenos e com tetos baixos, em caso de incidente, os danos se espalham mais rápido e controle do fogo torna-se mais difícil.

Quando a quantidade de energia armazenada é menor se evitam falhas causadoras de incêndios.

Para além do problema técnico, que eventualmente poderá ser superado, encontra-se desígnios político ideológicos que são o que deveras deveriam preocupar mais.

Há um esforço chinês que faz parte de um plano de hegemonia comercial e industrial mundial aproveitando as janelas abertas pelo ecologismo no Ocidente.

De ali uma produção exagerada a preços inferiores para dominar o mercado. Não é o único rubro em que a China aplica seu plano de conquista.

Resultado: estão mandando modelos imaturos que causam o problema referido.

De outro lado o ambientalismo contrário à civilização ocidental tenta forçar com leis e subsídios uma quase obrigatoriedade de as montadoras só produzirem carros elétricos em breves prazos.

As redes energéticas atuais não têm condições de alimentar a recarga dos carros a combustão existentes se forem substituídos por elétricos.

Resultado: drástica diminuição dos veículos individuais, promoção forçado do transporte coletivo, com a correspondente degradação do nível de vida nas cidades e países mais desenvolvidos, tornando mais próximo o ideal de vida comunitária rumo ao regime tribal.

Paradigmático incêndio de um Mercedes que motivou as restrições




domingo, 3 de novembro de 2024

Da teologia da luta de classes à da Pachamama,
mas sempre contra os homens

Bispos na maior festa religiosa da Patagônia atacam o enrriquecimento para 'salvar' a Mãe Terra
Bispos na maior festa religiosa da Patagônia
atacam o enriquecimento para 'salvar' a Mãe Terra
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
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diversos blogs







Em tempos de infiltração profunda da Teologia da Libertacao, pronunciamentos episcopais e clericais “engajados” costumavam surpreender com escandalosas adesões aos princípios marxistas da luta de classes radicalmente opostos ao Evangelho.

Nos últimos anos, porém, essas declarações que promoviam o materialismo marxista vêm sendo substituídas por outras que endeusam a Pachamama, ou Mãe Terra, ou ainda Gaia na fraseologia ecologista.

Na essência, continuam as mesmas posições em favor do materialismo, ateu no caso da “Teologia da Libertação”, panteísta no caso da Pachamama.

No primeiro caso o pretexto preferido era agir na defesa dos pobres. No segundo caso o pretexto mais amado é sair na defesa da natureza.

Em ambos casos o inimigo é o mesmo: o capitalismo privado, nacional ou internacional, apontado como fonte de todos os males e desastres sociais e econômicos, agora acrescidos dos ambientais.

Males dos pobres e da pobreza no primeiro caso, sofrimentos e queixas da Terra ferida e violada pelos investimentos humanos no segundo caso.

Houve apenas uma mudança no pretexto, na essência continua o culto ateu à matéria. Mas com a mudança, a sorte dos pobres ficou esquecida ou mandada à breca.

Foi-se o tempo em que D.Casaldáliga pregava a luta de classes comuno-indigenista
Foi-se o tempo em que D.Casaldáliga pregava
a luta de classes comuno-indigenista em clave socioeconômica
Exemplo clamoroso disso foi dado recentemente pelos bispos argentinos da Patagônia.

Num pronunciamento conjunto clamaram contra uma iniciativa da propriedade privada que viria trazer um fabuloso enriquecimento à escassa e parcialmente pobre população patagônica.

Eles visavam um oleoduto que cruzará o planalto patagônico do Rio Negro e um porto está sendo construído no sul da província e que fornecerá anualmente 15 bilhões de dólares com exportações de petróleo.

O investimento em andamento, é feito no âmbito do Regime de Incentivos aos Grandes Investimentos (RIGI), no qual o novo governo aguarda de inicio 30 bilhões de dólares e uma entrada anual de 2,5 bilhões de dólares, a partir de 2026, e que fornecerá por volta de 7.000 ou 8.000 empregos diretos e algumas dezenas de milhares de empregos indiretos, quando completado.

Na peregrinação anual à cidade de Chimpay, estado de Rio Negro, o bispo de Alto Valle, Mons. Alejando Benna, junto com os bispos de Viedma, D. Esteban Laxague, e de Bariloche, Mons. Juan Carlos Ares, se voltaram contra o projeto enriquecedor insinuando que seus promotores “não se importam com a terra, com os projetos que hipotecam água e terra”, noticiou “Clarín” de Buenos Aires.

Porto exportador de petróleo e gás liquida enriquecerá a Patagônia
Porto exportador de petróleo e gás liquida enriquecerá a Patagônia.
Mas bispos são contra alegando defender a Pachamama
O bispo de Rawson, Mons. Roberto Álvarez no vizinho estado de Chubut, também manifestou a sua preocupação pela sorte da Mãe Terra.

“É pertinente perguntar-nos se (a obra) não prejudicaria alguns dos ecossistemas pertencentes ao nosso mar territorial e outros que com eles são partilhados”, indagou esquecido dos pobres.

Endereçou nesse sentido uma carta ao governador de Chubut, ao vice-governador, ao procurador-geral, e aos legisladores provinciais, “tendo ouvido vários atores sociais que me expressaram a sua preocupação”, leia-se aos ativistas ecologistas e quiçá indigenistas, dando as costas ao povo que comemora a entrada de um fator que tirará da necessidade a grande parte da população local.

O bispo pergunta na carta às autoridades: “Tem certeza de que isso não afetará o assentamento dos Pinguins de Magalhães, que é vulnerável a derramamentos de petróleo?

“E no repovoamento da Baleia Franca Austral, antes dizimada pela caça e que escolheu o golfo para se produzir?

“O que acontecerá”, acrescenta, “com as principais atividades econômicas das comunidades locais, como a pesca artesanal, o turismo orientado para a pesca desportiva, a caça e a observação da vida marinha, se o tráfego de barcos mudar os seus hábitos face aos derrames que são produzidos?”.

Grupelhos comuno-indigenistas manifestam contra o enriquecimento da Patagônia
Grupelhos comuno-indigenistas manifestam
contra o enriquecimento da Patagônia "em defesa da Mãe Terra"
Nenhuma referência a Deus, à festa religiosa, nem aos fiéis. Só veiculação de suspeitas, em geral demagógicas, da militância ecolo-tribalista visceralmente anti-capitalista.

Ele esclareceu que “nenhuma de minhas formulações tenta estabelecer posições científicas”, e assim se joga a semear dúvidas sem tomar conhecimento das ‘posições científicas’ que nestes casos é indispensável conhecer para formular propósitos sensatos.

Tentou fugir de eventuais críticas dizendo que “ninguém mudou minha posição ideológica”, portanto reconhecendo que tem uma posição ideológica que, como vimos, acerta o passo com o ambientalismo panteísta.

E encerra com a escapatória de que “só a minha preocupação cívica aumenta o peso de ser o bispo que exerce o ofício pastoral nesta área da província de Chubut”.

Nosso Senhor Jesus Cristo que instituiu a ordem episcopal para ensinar o Evangelho, ficou para outra vez. Agora é a hora de outra divindade e da matéria em clave ecologista.


domingo, 27 de outubro de 2024

Saara fertiliza o Atlântico e terras tropicais americanas

Ventos com elementos fertilizadores vindos do Saara
Ventos com elementos fertilizadores vindos do Saara
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
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A vida nos oceanos depende de uma fonte inesperada: a poeira do deserto do Saara que, carregada pelos ventos por longas distâncias, alimenta a vida marinha, escreveu “Veja”.

Cientistas descobriram que quanto mais essa poeira viaja, mais ela libera ferro, um nutriente essencial que impulsiona o crescimento de organismos microscópicos no oceano, como o fitoplâncton.

O ferro é indispensável para a sobrevivência de diversos organismos, e é fundamental para a respiração e a fotossíntese. No oceano ele é escasso, o que limita o crescimento de organismos essenciais, como o fitoplâncton.

A maior parte do ferro que chega ao oceano vem de rios, geleiras e, eis a surpresa para os homens modernos, especialmente do vento que carrega poeira de lugares como o Saara.

Nem todo o ferro contido nessa poeira está imediatamente disponível para os organismos marinhos.

Mas estudo liderado por cientistas dos EUA mostrou que à medida que a poeira viaja pela atmosfera, processos químicos tornam o ferro mais “biorreativo”, ou seja, mais facilmente assimilável pelos seres vivos.

As amostras foram extraídas em diferentes distâncias do corredor de poeira que vai do Saara até o Atlântico, abrangendo locais que variam de 200 km da costa da África até a costa leste dos EUA.

Em outro post reproduzimos a importância da poeira do deserto como fertilizante para a Amazônia: Amazônia: estonteante dependência do Saara.

Cientistas acompanham no dia a dia os efeitos dos ventos do Saara
Cientistas acompanham no dia a dia os efeitos dos ventos do Saara
Neste estudo, usando amostras de sedimentos do fundo do Atlântico, acumuladas em milhares de anos, os pesquisadores mediram o quanto do ferro das amostras era “biorreativo”.

Quanto mais longe da fonte de poeira, maior a quantidade de ferro que se torna disponível para a vida. Os processos atmosféricos transformam o ferro em formas mais solúveis e, portanto, mais úteis para os organismos.

Assim, o ferro que chega, por exemplo, à Bacia Amazônica ou às águas das Bahamas, tem uma alta chance de ser absorvido antes de se depositar no fundo do oceano.

A pesquisa publicada na Frontiers in Marine Science, sugere que a poeira do Saara desempenha um papel crítico na fertilização dos oceanos e dos ecossistemas terrestres.

“O ferro transportado parece estimular processos biológicos, assim como a fertilização artificial pode impactar a vida nos oceanos e continentes”, explicou o professor Timothy Lyons, da Universidade da Califórnia, coautor do estudo.

Isso significa que as tempestades de poeira no Saara têm um impacto significativo na saúde do nosso planeta.

NASA vem estudando o efeito fertilizante dos ventos do Saara sobre Atlántico e Amazônia
NASA vem estudando o efeito fertilizante dos ventos do Saara
no Atlântico e na Amazônia
À medida que essas tempestades aumentam o papel do ferro de um modo vital para pode se prever como os ecossistemas marinhos responderão às mudanças futuras.

A pesquisa revela que o nosso planeta é interligado patenteando como a poeira que atravessa oceanos e continentes desde o distante deserto do Saara sustenta a vida em locais distantes.

Essa transferência de nutrientes destaca a importância de fenômenos naturais em escalas globais, e como eles influenciam diretamente o meio ambiente e, por fim, o clima da Terra, de modo mais relevante que seu aspecto de fenômeno meteorológico.

A poeira do deserto é um elo essencial que mantém o equilíbrio da vida no planeta.

domingo, 20 de outubro de 2024

Amazônia: estonteante dependência do Saara

Poeira fertilizante do Saara todo ano passa por cima do Atlântico e sustenta a vida na Amazônia e no Caribe
Poeira fertilizante do Saara todo ano passa por cima do Atlântico e sustenta a vida na Amazônia e no Caribe
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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A Amazônia é a maior floresta tropical úmida da Terra. E o Saara é o maior e mais quente deserto do mundo.

Na aparência, nada de mais diverso e sem relação um com outro. Uma imensa selva verde úmida no coração da América do Sul, e um infindável areal, composto de poeira e pedra, onde sopram ventos ardentes no norte da África.

Porém, se, por ventura, os dois estivessem vitalmente unidos? Se o mais pleno de vida dependesse do mais morto para sobreviver, quem ou o quê poderia ter criado essa inter-relação?

Por certo, uma interdependência tão profunda foge à imaginação do homem e a qualquer instrumentalização ou fabrico também humano.

Também fugiria às regras da teoria da evolução de Darwin, segundo o qual tudo o que há procede de uma realidade pré-existente, e essa de outra, por uma série intérmina e jamais demonstrada de mutações atribuíveis ao azar e à necessidade.

Há, porém, um fenômeno que envolve ventos e minérios sem vida e que sustenta a vida vegetal e animal na maior floresta tropical úmida do planeta.

Amazônia: estonteante dependência do Saara criada por Deus
Amazônia: estonteante dependência do Saara criada por Deus
Chegando no III milênio a ciência com seus mais avançados instrumentos pode documentar e mensurar esse fenômeno colossal.

Dito fenômeno une essas duas imensas realidades geográficas tão dissemelhantes passando por cima de um oceano.

Pela primeira vez um satélite da NASA mensurou em três dimensões a quantidade de poeira do Saara trazida pelos ventos por cima do Atlântico.

E calculou não só a poeira, mas também o fósforo que vem no meio dela: 22.000 toneladas de fertilizante puro, do qual a selva da Amazônia depende para existir.

A equipe comparou o conteúdo de fósforo da poeira do Saara na depressão de Bodélé com dados das estações científicas de Barbados, no Caribe, e de Miami, nos EUA.

Os resultados do estudo foram publicados na Geophysical Research Letters, revista da American Geophysical Union, segundo divulgou a NASA (vídeo embaixo).

O líder do trabalho foi Hongbin Yu, cientista da atmosfera da Universidade de Maryland que trabalha no Goddard Space Flight Center da NASA em Greenbelt, Maryland. Yu e sua equipe fizeram os cálculos com base em dados coletados pelo satélite Calipso, da NASA, entre 2007 e 2013.

Yu e sua equipe estudaram a poeira que provém especialmente da Depressão de Bodélé, no Chade. Trata-se de um antigo lago seco cujas rocas compostas por micro-organismos mortos estão carregadas de fósforo.

Esse é um nutriente essencial para o crescimento das plantas e a vegetação depende dele para florescer.

O estudo analisou especialmente a depressão de Bodélé de onde sai boa parte do fósforo fertilizador.
O estudo analisou especialmente a depressão de Bodélé de onde sai boa parte do fósforo fertilizador.
Os nutrientes são escassos no solo amazônico e alguns deles, como o fósforo, são lavados pelas chuvas. Sem os fosfatos (sais do fósforo), a floresta da Amazônia estaria condenada à morte.

Porém, segundo Yu, o fósforo que chega do Saara, estimado em 22.000 toneladas por ano, equivale aproximadamente à mesma quantidade levada pelas chuvas e pelas enchentes.

Esse fósforo é apenas 0,08% das 27,7 milhões de toneladas de poeira do Saara depositadas anualmente na Amazônia.

No total, os ventos do deserto africano levantam cada ano 182 milhões de toneladas de poeira. O volume encheria o volume de carga de 689.290 caminhões. O pó viaja 2.800 quilômetros sobre o Atlântico até cair na superfície arrastado pela chuva.

Perde-se uma parte pelo caminho. Chegando à costa do Brasil, ficam ainda no ar 132 milhões de toneladas. Por fim, 27,7 milhões de toneladas – capazes de encher 104.908 caminhões – caem sobre a superfície da bacia Amazônica. Outros 43 milhões de toneladas seguem para o Caribe.

É o maior transporte de poeira do planeta. Há importantes variações segundo os anos, dependendo dos ventos e de outros fatores.

Desta maneira o deserto morto sustenta a vida na exuberante floresta amazônica tropical e úmida. Sem o Saara a mata da Amazônia não existiria.

Vídeo: Amazônia: estonteante dependência do Saara criada por Deus



Quem teria imaginado algo tão extraordinário funcionando há milênios de anos como uma engrenagem supremamente sábia?

Fenômenos como o identificado pela NASA postulam a existência de um Deus que criou o mundo com infinita sabedoria e o governa com insondável poder. Mosaico siciliano do século XII
Fenômenos como o identificado pela NASA postulam a existência de um Deus
que criou o mundo com infinita sabedoria e o governa com insondável poder.
Mosaico siciliano do século XII
Há certos fenômenos naturais que nos obrigam a reconhecer um Criador de uma sabedoria e de um poder infinitos.

Isso apesar de uma intensa propaganda que chega ao absurdo de dizer que o ecossistema do planeta depende decisivamente de nós.

Sem o homem saber, desde que o Saara e a Amazônia existem o pó fertilizante do deserto africano chega na dose certa, mas colossal, todo ano, por cima do Atlântico.

Quem tem a sabedoria para imaginar esse processo sustentador de uma floresta como a amazônica da qual depende a Terra toda, a outros títulos?

Quem tem o poder para criar e depois garantir esses processos em sua regularidade constante há milênios?

Sem dúvida a ciência presta um inestimável tributo com uma descoberta como esta que postula a existência de um Deus criador e sustentador do céu e da terra.

domingo, 13 de outubro de 2024

Imposições anti-CO2 não são viáveis nem no ar nem na terra

Air New Zealand abandonou meta anti-CO2
Air New Zealand abandonou meta anti-CO2
pela inviabilidade da meta nas condições atuais da tecnologia
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
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A artificialidade da pressão ecologista para impor a antinatural redução do CO2 da atmosfera, levou à Air New Zealand, principal linha aérea do país oceânico, a abandonar a meta de redução de emissão de CO2 fixada para 2030, noticiou o “Estado de S.Paulo”.

Os motivos alegados são a falta de motores compatíveis com a meta e a ausência de suporte regulatório e político global e nacional.

A companhia da Nova Zelândia é a primeira grande empresa aérea que desiste da meta climática reclamada pela ONU em suas assembleias anuais, ou COPs.

A empresa empurrou a meta de emissões zero de carbono para 2050, confirmou a presidente da Air New Zealand, Dame Therese Walsh.

A empresa também abandonou o programa Science-Based Targets initiative (SBTi), em que companhias adotam metas baseadas em ciência para frear o fictício aquecimento global.

A ciência aqui é o seleto clube pago pela ofensiva internacional ambientalista, cujas conclusões são crescentemente contestadas por grandes cientistas imparciais.

Para atingir as metas anunciadas as companhias aéreas deveriam encontrar facilmente os denominados “combustíveis sustentáveis de aviação” (SAF, sigla em inglês) que mal existem.

Os SAF existentes são “mais caros do que os combustíveis tradicionais, e não há capacidade suficiente para produzi-los em grande escala”, explicou o porta-voz da empresa de análise de aviação Cirium, Ellis Taylor.

Facilidade com que carros elétricos pegam fogo levou países a vetá-los em parkings fechados
Facilidade dos carros elétricos a pegar fogo levou países a vetá-los em parkings fechados
Por sua vez a Ford dos EUA que queria sair à frente de outras montadoras na produção de carros elétricos diminuiu ainda mais seus investimentos nesse setor, noticiou também o jornal paulista.

A empresa atrasará em 18 meses a introdução de uma nova picape elétrica e descartou a produção de um novo SUV elétrico.

A empresa também fez essa redução visando conter as perdas multibilionárias causadas por essa tecnologia ainda não dominada.

A razão é simples: o mercado não quer esses carros.

“Esses veículos precisam ser lucrativos e, se não forem, vamos tomar decisões difíceis”, explicou o diretor financeiro da Ford, John Lawler.

“Certamente, essa não é uma boa notícia em termos de progresso da Ford em relação aos veículos elétricos”, disse Sam Abuelsamid, principal analista de pesquisa da empresa de pesquisa Guidehouse Insights.

“Claramente, eles ainda não conseguiram lidar com os veículos elétricos e colocar produtos mais acessíveis no mercado”, acrescentou.

As vendas de veículos elétricos diminuíram significativamente nos EUA e na Europa.

Nessa queda, a Ford perdeu US$ 2,5 bilhões num semestre. A boa procura por seus modelos a combustão clássica lhe rendeu um lucro de US$ 3,2 bilhões.

Os modelos elétricos, inicialmente favorecidos por um fogo de palha, afastaram os consumidores.

Os compradores relutantes se voltaram para os modelos híbridos elétricos e a gasolina, enquanto os elétricos de segunda mão sofriam severas quedas de preço.

Outros fabricantes padecem dificuldades análogas. A Volkswagen teve queda de 28% nas vendas do primeiro semestre do ano nos EUA.


Casos de carros elétricos BYD que explodiram na China


domingo, 6 de outubro de 2024

Ecologista muçulmana dispara contra imagem de Nossa Senhora e do Menino Jesus

Ecologista islâmica posta fotos disparando contra imagem de Nossa Senhora e do Menino Jesus
Ecologista islâmica posta fotos disparando
contra imagem de Nossa Senhora e do Menino Jesus
Luis Dufaur
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A política ecologista Sanija Ameti, do Partido Liberal Verde (GLP), muçulmana imigrante causou indignação publicando em Instagram suas fotos disparando contra uma imagem de Jesus e Maria que aparece furada pelas balas em diversos pontos, segundo publicou “Infovaticana”.

A indignação suscitada em seu partido e na opinião pública pelas reveladoras fotos, a levaram a excluir as imagens depois de ser interrogada pela publicação Blick.

A juventude ecologista de seu partido a interpelou, e os dirigentes partidários cogitaram em expulsá-la.

Ela renunciou após, em outra postagem, “lamentar profundamente se ofendi alguém com isso”.

Impossível fingir que não perceberia que iria a ofender aos católicos, sendo além do mais uma militante política que quer se granjear a simpatia do público.

Capturas de tela do exercício de filmagem foram divulgadas nas redes sociais e também coletadas no exterior.

Seu partido se distanciou da ação: “A postagem de Sanija Ameti no Instagram não reflete os valores dos Verdes liberais, nem no tom nem no conteúdo”, disse Nora Ernst, copresidente do partido no cantão de Zurique.

O presidente dos Liberais Verdes descreveu o comportamento de Ameti como “inaceitável”: “Foi uma provocação deliberada”. O partido está agora a tentar falar com ela e pesadas consequências não podem ser descartadas.

Nicolas Rimoldi, presidente do movimento suíço “Mass-voll”, que se rebelou contra as medidas governamentais durante a pandemia do coronavírus, também anunciou que apresentaria denúncias criminais contra Ameti porque apelou à violência contra os cristãos.

Ataques terroristas como o de Solingen são consequência de atos desse tipo, segundo comentário no X do movimento.



domingo, 29 de setembro de 2024

China bate recordes de intoxicação pelo quarto ano consecutivo

Termoelétricas queimam mais carvão que todas suas equivalentes no resto do mundo
Termoelétricas queimam mais carvão que todas suas equivalentes no resto do mundo
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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As emissões de dióxido de carbono da China (CO2) completaram mais um ano em alta e o país pode ter alcançado seu pico de emissão em 2023, sete anos antes do ano projetado, mostrou relatório do geógrafo finlandês Lauri Myllyvirta de repercussão nacional e internacional, segundo já noticiou a “Folha de S.Paulo”. 

Myllyvirta é fundador do Centro de Investigação em Energia e Ar Limpo de Helsinque e especialista em China do think tank nova-iorquino Asia Policy.

Há quatro anos o ditador Xi Jinping trombeteou na Assembleia Geral da ONU que: “Nosso objetivo é alcançar a neutralidade de carbono antes de 2060”.

Foi mais um gigantesco blefe engolido entusiasticamente pela diplomacia e pela mídia ocidental.

O geógrafo só constatou em 2021 que “Pequim havia atingido o pico em 2012”, pela manutenção das políticas de aumento de usinas de carvão.

“Precisamos deixar de aprovar novas centrais a carvão, deixar de construí-las”, disse ele.

Geógrafo Lauri Myllyvirta a China deve parar de aprovar termoelétricas
Geógrafo Lauri Myllyvirta a China deve parar de aprovar termoelétricas
O ministério chinês para redução de emissões neste ano e no próximo reafirma, contra os fatos, que a China está fazendo tudo para acabar com uma situação que, do ponto de vista ecologista, e simplesmente humanitário, é desastroso.

O sinal dado foi aplaudido até por Myllyvirta como “bastante positivo”, embora a China nunca cumpra suas belas agendas.

Essas são mais concebidas em função da propaganda e da desmoralização das economias ocidentais.

Alguma diminuição da queima de carvão pode ser registrada por caausa da decadência da produção industrial e da menor atividade na construção civil, dos últimos anos.

Mas o geólogo encerra o relatório com “um grande ponto de interrogação”, sobre o que pode acontecer porque há “visões amplamente divergentes” sobre o que a China fará visto seu longo histórico de falsos testemunhos.


domingo, 15 de setembro de 2024

Setor eólico fecha portas no Brasil

Afetados por parques eólicos relatam impactos danosos na saúde e no meio ambiente
Afetados por parques eólicos relatam impactos danosos na saúde e no meio ambiente
Luis Dufaur
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Em Jacobina, na Bahia, Adilson Jordão, 33, hoje entrega produtos da chinesa Shopee para poder arcar com suas despesas após ser demitido da Torres Eólicas do Nordeste (TEN), joint venture entre a brasileira Andrade Gutierrez e a americana GE.

A TEN demitiu, em junho de 2023, 500 funcionários por falta de demanda. Adilson foi um deles teve que se resignar a um emprego que lhe rende a terceira parte em dinheiro e sem benefícios trabalhistas.

A empresa criada em função do futuro da “energia renovável” ficou reduzida a 50 empregados.

O caso informado pela “Folha de S.Paulo” não é isolado. As indústrias eólicas vivem seu pior momento em décadas no país, escreve esse jornal.

A Aeris Energy, produtora de pás eólicas, por exemplo, demitiu mais de 1.500 funcionários que trabalhavam em Pecém, no Ceará, também por falta de demanda.

A empresa encerrou o contrato com a europeia Siemens Gamesa. Aliás essa empresa também suspendeu suas operações em Camaçari, na Bahia. E a GE já tinha adotado o mesmo caminho em 2022.

A indústria eólica que se jogou atrás de uma utopia agora vê que cai a construção de novos parques eólicos.

Edna Pereira mostra as caixas dos remédios que usa continuamente
Edna Pereira mostra as caixas dos remédios que ficou obrigada a usar continuamente
com a saúde prejudicada pelos aerogeradores
Como no mundo todo, o setor eólico gerador dessa “energia alternativa” nasceu no Brasil impulsionado por leilões públicos organizados pelo Ministério de Minas e Energia e pela Agência Nacional de Energia Elétrica.

Os preços eram favoráveis porque definidos pelo governo em leilões com contrato de 20 anos. Assim alavancados os parques eólicos atingiram um recorde de acréscimo de capacidade instalada produzindo irrealmente.

Quando foi instalado o mercado livre de preços ninguém vendeu contrato e em 2023 e 2024 [os contratos] não estão chegando. A realidade bateu na utopia.

A primeira iniciativa do ministério de Minas e Energias do novo governo petista foi reverter o cenário livre e natural.

Segundo a BNEF, organização de pesquisas sobre transição energética da Bloomberg, o Brasil atingiu em 2023 o, totalizando 4,98 GW (gigawatts) . Nos próximos quatros anos, porém, a tendência é ladeira abaixo, chegando a apenas 1,4 GW adicionados em 2027.

Turbinas eólicas no mar acabam com a pesca
Turbinas eólicas no mar acabam com a pesca
James Ellis, chefe de pesquisa da BNEF na América Latina, afirma sua empresa foi a que mais entregou aerogeradores no Brasil em 2023 (2,2 GW), mais de 40% do total instalado no país. A empresa, porém, não está nem um pouco satisfeita com o atual momento do setor.

Uma das causas dessa crise foi a repetição do esquema de subsídios e vantagens comerciais desta vez dadas a instaladores de placas solares, ainda considerando que esses importam quase 100% dos componentes da China.

Enquanto não vem uma solução imediata, se as estrangeiras estão indo embora, e as empresas brasileiras procuram uma tábua de salvação no mercado internacional.


domingo, 1 de setembro de 2024

Florida suprime política ambientalista

Ron DeSantis, governador da Florida, baniu leis ecologistas
Ron DeSantis, governador da Florida, baniu leis ecologistas
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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Nos EUA, a maioria dos líderes do também maioritário partido republicano não acredita nos blefes da “mudança climática”.

Um dos mais recentes exemplos foi dado pelo governador da Florida assinando uma lei que remove da política de seu estado a preocupação pelas alterações climáticas, noticiou “RFI”.

A lei também encerra programas destinados a incentivar as energias renováveis e as supostas medidas de conservação ecológica. Na Florida se verificam muitos fenômenos climáticos desde que é conhecida quando foi descoberta pelos primeiros exploradores espanhóis no século XVI.

A nova lei foi assinada pelo Governador Ron DeSantis, e exime o estado da Florida de ter em conta as alterações climáticas na sua política energética.

O governador falou sem rodeios: “Impediremos a instalação de turbinas eólicas nas nossas praias, manteremos gasolina nos nossos tanques e rejeitaremos o programa dos ambientalistas radicais”.

A lei que proíbe a construção de turbinas eólicas também revoga os subsídios para incentivar a poupança de fontes de energia tradicionais para substitui-las pelas ditas “energias renováveis”.

As autoridades públicas já não são obrigadas a adquirir veículos elétricos ou a utilizar produtos ecológicos.

A Flórida, entretanto, sofre todo ano fenômenos climáticos ou hidrológicos de grandes dimensões, entre os quais crescimento temporário do nível das águas e furacões com frequência muito violentos.

Porém, a maioria dos habitantes do estado entendem que esses são fenômenos naturais próprios da região provocados por singularidades físicas que existem desde todo e sempre, registrados desde a chegada dos primeiros descobridores e missionários espanhóis no século XVI.

Geografia e climatologia favorecem eventos conhecidos desde que a civilização chegou à Florida
Geografia e climatologia favorecem eventos conhecidos desde que a civilização chegou à Florida
Essa certeza dos residentes força os políticos a adotá-la contrariando a pressão da mídia, grupos ambientalistas radicais, governo federal, órgãos internacionais e até encíclicas do Papa Francisco I, em geral não lidas pelos católicos.

Por isso, a decisão do governador da Florida não foi nova para a maioria dos habitantes. Talvez fez rasgar as vestes a ecologistas, enganados ou fanáticos, do exterior, ou frequentadores das assembleias da ONU ou promovidas pelo Vaticano no atual pontificado.

Em 2023, o governador recusou 346 milhões de dólares oferecidos pela administração federal chefiada pelo presidente Biden, supostamente para ajudar os residentes a tornar as suas casas mais eficientes em termos energéticos.

Obviamente, a Casa Branca e os legisladores do Partido Democrático, sempre propenso a adotar as causas das esquerdas, criticaram fortemente a nova lei da Flórida. Como se não existisse democracia e regras específicas para lidar com casos do gênero dentro da lei.

A porta-voz do executivo federal, Karine Jean-Pierre vituperou a nova legislação como uma “vergonha”.

“As alterações climáticas são um facto indiscutível”, disse Frederica Wilson, representante da Florida na Câmara dos Representantes do Congresso nacional, como se não houvesse centenas e milhares de cientistas e especialistas que contestam abertamente os blefes e enganos em que se baseiam os alarmismos ecologistas.

domingo, 25 de agosto de 2024

China envenena o planeta com anuência de ecologistas ocidentais

Na China, a água para beber é tão perigosa quanto o ar para respirar, segundo 'The Guardian'
Na China, a água para beber é tão perigosa quanto o ar para respirar,
segundo 'The Guardian'
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






No mundo ainda livre, governos e ativistas ambientalistas se empenham em pôr freios à produção, a China Vermelha continua alegre e impune pela deblaterada rodovia das emissões danosas ao planeta.

O “Wall Street Journal” demonstrou como a China prossegue violando as diretrizes ecológicas que a ONU, a União Europeia, entre outros, exigem de outros países a custo de serem parados. Apud “Why Does Red China Always Have a Green Light at Environmental Stop Lights?”

O ditador chinês Xi Jinping, promete ao mundo um futuro verde, mas nunca cumpre e é sempre aplaudido como campeão da luta contra o “aquecimento global” porque conta com múltiplas e altas cumplicidades nos países ocidentais.

A lista de violações chinesas dos mitos ambientalistas erigidos em dogma não é sequer mencionada pela rígida eco-polícia cujas delegacias ou tribunais punitivos que emitem condenações pela grande mídia, ONGs e organismos internacionais.

Em 2017, cerca de 1,24 milhões de chineses morreram devido à poluição atmosférica com protestos mínimos do movimento ecológico.

A China liberta hoje 50% mais emissões de CO2 do que a Europa, os EUA e o Japão juntos, fato que deveria levantar uma onda de indignados protestos. Mas até Greta Thunberg dá de ombros.

Outro desastre ecológico só tolerado ao regime comunista de Pequim é a destruição dos cursos de água.

Procurando a hegemonia industrial planetária, a China construiu reservatórios e desviou rios com incalculáveis danos aos recursos hídricos prejudicando até outros países asiáticos.

Um dos desastrosos resultados é que a grande parte da água da China, aliás famosa por seus enormes rios, não é potável e não pode ser utilizada para a agricultura.

Na época das grandes chuvas, numerosas cidades são alagadas de modo destrutivos.

Entre outros “crimes ecológicos” a marinha de guerra chinesa destrói delicados ecossistemas de recifes de coral.

No Mar do Sul da China, a armada comunista construiu instalações militares e pistas no topo de 90 milhas quadradas de recifes de coral. E os poucos protestos nem chegaram aos arautos ocidentais do planeta.

Tal impunidade aos imensos “crimes ecológicos” vai além de qualquer raciocínio: é de natureza radicalmente ideológica.

Após a queda da Cortina de Ferro, muitos militantes esquerdistas trocaram o velho vermelho marxista pelo novo verde ecologista.

A velha dialética da luta de classes se travestiu em ecologia, a política de identidade e o ativismo LGBTQetc. Os objetivos são os mesmos: o Ocidente deve ser destruído e uma nova desordem ecológica mundial deve ser instalada.

Poluição do ar mata quatro mil pessoas por dia segundo 'The Indpendent'
Poluição do ar mata quatro mil pessoas por dia segundo 'The Independent'
A falecida Natalie Grant Wraga, especialista na desinformação soviética alertou ao Departamento de Estado dos EUA sobre o engano soviético:

“A proteção do ambiente tornou-se a principal ferramenta de ataque contra o Ocidente, ela é usada como pretexto para minar a base industrial das nações desenvolvidas, para introduzir mal-estar, reduzir o padrão de vida e implantar valores comunistas”. Cfr. “Chapter Sixteen, Part I: The Communism Behind Environmentalism” .

O eco-movimento tolera os eco-desastres chineses porque partilha os mesmos objetivos filosóficos e sociais, que visam destruir os últimos restos da Cristandade, dissolvendo-os numa sociedade nivelada sem mercados livres, restrições, família, religião e moral tradicional.

Neste movimento revolucionário mundial para implantar uma sociedade utópica, só compreensível à luz da Revolução gnóstica e igualitária denunciada pelo Prof. Plinio Correa de Oliveira, a esquerda procura a destruição do Ocidente e das suas estruturas socioeconômicas.

Uma preocupação genuína com o planeta deveria incluir a condenação das desastrosas políticas ecológicas da China.

Mas, onde estão esses ambientalistas, ou ecologistas, que dizem estar sinceramente preocupados com o planeta?



domingo, 14 de julho de 2024

Fiasco dos carros elétricos chineses

Carros elétricos chineses empilhados em portos europeus
Carros elétricos chineses empilhados em portos europeus
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







A China montou numa megaestrutura produtora de carros híbridos e elétricos imaginando dominar o mercado mundial de carros, explicou “La Nación”.

Os capitais do regime maoista financiaram marcas novas como a BYD, que surgiram do nada para se posicionar por cima das maiores montadoras ocidentais de carros elétricos e dominar o setor a nível mundial.

A China chegou a construir pelo menos oito megacargueiros capazes de distribuir no Ocidente a fabulosa produção dos novos carros.

Em outros rubros o regime de Pequim já vinha dando poderosos sinais dessa vontade hegemônica com ambiciosos planos de expansão mundial, incluindo Europa e América Latina.

A capacidade das montadoras chinesas tocada a ritmo de produção militar, entretanto, atingiu logo o desequilíbrio e superou a procura por esses carros. Simultaneamente, os consumidores do velho continente e da América do Norte vinham se afastando dos carros elétricos por problemas novos ligados a essa tecnologia.

O resultado é que veículos de diversas marcas chinesas, bem melhores que os miseráveis primeiros modelos, se acumulam nos portos europeus e entopem as atividades.

O “Financial Times” exemplificou com a situação no porto de Antuérpia-Brugge, Bélgica, e o de Bremen, na Alemanha, principais terminais onde chegam os rodados chineses para serem distribuídos na União Europeia (UE).

Catástrofe dos carros elétricos chineses estocados nos portos europeus. Mais de100.000 em Bruges
Catástrofe dos carros elétricos chineses estocados nos portos europeus.
Mais de100.000 em Bruges
A própria UE estava pavimentando o mercado para a entrada chinesa obrigando as montadoras europeias a cessarem a produção de carros com motores a explosão em prazos ultra-apertados.

A UE errou em todos os sentidos e hoje se discute a subsistência futura dessa União. No que se refere aos carros elétricos chineses, eles saturam há meses a capacidade de armazenamento dos portos que os recebem.

Por falta de escoamento no mercado, muitos deles ficam estacionados por períodos prolongados, que podem levar até 18 meses até serem vendidos ao usuário final, conforme informa o setor de logística automotiva à mídia internacional.

Segundo as mesmas fontes diversas montadoras chinesas do novo estilo alugaram grandes áreas em zonas próximas dos portos para armazenarem veículos sem clientes.

“Os fabricantes chineses de automóveis elétricos estão cada vez mais a utilizar os portos como estacionamento ou armazéns”, se queixou um porta-voz de uma empresa de logística ao “Financial Times”.

E um executivo do porto de Antuérpia explicou que “em vez de exibi-los nas concessionárias, eles os vendem com retirada direta no terminal portuário”. Mau sinal.

Porto de Bruges inundado por carros chineses sem saída
Porto de Bruges inundado por carros chineses sem saída
À queda de interesse pelos carros elétricos na Europa soma-se o fato de que em 2024, alguns países da UE retiraram os subsídios financeiros para sua compra.

O financiamento governamental tem sido decisivo para a expansão das “energias alternativas” e suas aplicações, sendo aproveitado pelos consumidores enquanto existe. Mas cessando a distorção do mercado assim induzida, as promessas futuristas ambientalistas esmorecem ante a realidade.

A Alemanha, pioneira neste tipo de benefícios e de sua retirada, é um exemplo paradigmático: só em março 2024 a venda dos carros elétricos teve uma queda de 29%.

O baixo consumo abalou as ofensivas hegemônicas da China, embora ofereça preços comparativamente muito baixos.

Em 2022, as exportações chinesas de carros elétricos para a Europa aumentaram 58%, notadamente das marcas Great Wall, Chery, SAIC e BYD. Mas agora a tendência se inverteu acentuadamente.

Acresce que as marcas chinesas são cada vez mais vistas como predadoras incomparáveis que não compensam as exageradas facilidades nas tarifas europeias de importação que se aproximariam a um fim.

Na terminal do porto de Zeebrugge na Bélgica, os carros elétrricos chineses ficam em até 18 meses aguardando comprador
Na terminal do porto de Zeebrugge na Bélgica,
os carros elétricos chineses ficam até 18 meses aguardando comprador
“Os portos estão saturados há muito tempo”, disse Wolfgang Goebel, presidente da Associação Europeia de Logística de Veículos Acabados. “Temos um mercado fraco, o que provoca poucas vendas”.

As utopias ambientalistas não convenceram aos homens e só seriam implantáveis com uma introdução acelerada por governos que atropelam os desejos profundos de seus governados.

As diversas tecnologias “alternativas” estão irritando aos cidadãos não convencidos pela propaganda de quiméricas catástrofes espalhadas pela imprensa.