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domingo, 9 de novembro de 2025

Recorde de calor em 2024 é natural e não justifica alarmismo midiático

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
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A Associação de Realistas Climáticos que combate o “alarmismo climático” explica que o planeta se aquece desde o fim da Pequena Era Glacial por volta de 1840. 

O fato de 2024 ter sido o ano mais quente já registrado não causa alarme, pois obedece à repetição de oscilações climáticas rotineiras.

Mas a ONU se jogou numa interpretação aloucada e anticientífica incitando os líderes mundiais para que “ajam agora” para “evitar o pior da catástrofe climática” que, na realidade, cientificamente não merece consideração.

Os efeitos das emissões humanas de CO2 são insignificantes.

Assim como uma criança em crescimento vai ganhando altura, “o planeta em aquecimento faz o mesmo com sua temperatura”, explicam Javier Vinós (cientista independente e especialista em clima), Javier del Valle Melendo (professor de Hidrologia, Climatologia e Geologia) e Saúl Blanco (professor de Biodiversidade e Gestão Ambiental).

“Não há nada de anormal no novo recorde de temperatura para 2024. Se um ano é mais quente ou mais frio que o anterior se deve a fatores naturais.”

Os cientistas apontam que o aumento de CO2 na atmosfera em 2024 foi de apenas 3,5 partes por milhão (0,8%), e isso é “muito pouco para que seu efeito na temperatura global seja perceptível”.


domingo, 2 de novembro de 2025

Energias alternativas escureceram Espanha, Portugal e sul da França

Blackout na Espanha
Blackout na Espanha
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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Meses antes de iniciar a COP30, o ambientalismo nos forneceu mais uma escura mensagem da crise em que quer jogar a civilização.

A Red Eléctrica Espanhola (REE) empresa pública operadora única do sistema elétrico espanhol, reconheceu que o “colapso total” do sistema elétrico que pôs em pânico a Espanha e o vizinho Portugal foi causado pelas fontes de energia alternativa, registrou “El Mundo”. 

Em abril a mesma empresa garantia que em caso algum haveria uma interrupção nacional no fornecimento de energia.

Ela recusava o risco da perda de estabilidade do sistema, em consequência do fechamento das centrais nucleares espanholas. Semanas depois a Espanha entrou em pânico em virtude de um apagão inesperado que não podia acontecer.

O presidente da empresa os descartava e o governo socialista também o fazia enfaticamente.

Depois tudo mudou. Relatório da mesma operadora da rede elétrica reconheceu que havia riscos “graves” de cortes de energia ligados à “alta penetração de energia renovável” no país.

A causa do risco foi a muito alta dependência das “energias alternativas”, especialmente as eólicas.

A Redeia, havia alertado seus investidores no relatório financeiro de 2024, para cortes que “podem se tornar graves afetando significativamente o fornecimento de eletricidade”, “a curto e médio prazo”, registrou a AFP

Em breves termos as fontes de “energia alternativas” são intermitentes porque dependem do sol, vento, chuvas, que são impredecíveis.

E se essas fontes começam a ligar e desligar podem levar a um curto do sistema todo e provocar blackouts.

A “perda de produção firme” foi apontada por Redeia como podendo causar um “impacto no fornecimento” que poderia “afetar à Espanha toda”.

A empresa vinha alertando há cinco anos do perigo sendo desouvida e até abafada pelo fanatismo ecológico e socialista instalado no governo e na grande mídia.

Os relatórios eram conclusivos: a integração massiva de fontes energias renováveis ameaçava a estabilidade da rede na Espanha, escreveu, a posteriori “El Mundo”. 

Blackout também afetou Portugal e sul da França
Blackout também afetou Portugal e sul da França
Os técnicos da empresa pública pediam medidas “essenciais” para evitar desequilíbrios “inaceitáveis”.

Afinal aconteceu. Cinco anos depois do primeiro brado de alerta, essa foi a causa do apagão histórico que atingiu também o Portugal e o sul da França.

As medidas pedidas não foram implementadas ou a um ritmo lento, enquanto se acelerava a geração de energias “renováveis” causantes do desequilíbrio. Até que o sistema elétrico nacional ficou incapaz de amortece-los.

A Redeia alertava aos investidores o “risco de curto prazo” de “desconexões de geração devido à alta penetração de energias renováveis”.

O relatório também advertia que o fechamento de usinas de convencionais, como as a carvão, gás natural e nucleares, em decorrência de decisões políticas, “implicava na redução da capacidade firme e das capacidades de equilíbrio do sistema elétrico, bem como de sua robustez e inércia”.

A Redeia atribuiu o enorme blackout a um desligamento massivo de usinas fotovoltaicas. Essas geraram oscilações anômalas que causaram o apagão, “desconcertando o setor”.

Nos dias prévios ao apagão, as situações de alta instabilidade levaram a um alto funcionário do setor, a advertir que a Espanha “estava à beira de um apagão”.

O fanatismo ambientalista fez ouvidos surdos... e aconteceu mas continua igualmente fanático!!!


domingo, 26 de outubro de 2025

COP30 uma revolução dissimulada contra a humanidade civilizada?

COP30 Plenária ideranças indígenas, ONGs, autoridades do governo e parlamentares
COP30 Plenária lideranças indígenas, ONGs, autoridades do governo e parlamentares
exigem que o governo climático da Terra fique com os aborígenes
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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A Conferência da ONU COP30, que inicia neste novembro em Belém, trará um veneno dissimulado por trás da sua caótica montagem: sob pretexto de fictícias mudanças climáticas reformas mundiais que, abalará a vida das nações.

Os países sul-americanos, grandes produtores de alimentos e commodities em geral, poderiam ter mutilada a exportação de seus produtos.

E, para maior confusão poderia ser ameaçada sua soberania sobre a floresta amazônica, para citar um caso pioneiro gritante.

A imensidade da transformação que se discutirá na COP30 põe em relevância pretextos para “salvar o planeta”. Mas essas fantasias desviam as atenções para uma imensa revolução político-religiosa que se tenta efetivar não sem imensas dificuldades.

A COP30 foi cogitada para acontecer na região amazônica indo contra toda sensatez organizativa.

Mas, poderia resultar até, e por estranho que pareça, numa Amazônia erigida em reserva-santuário ou templo panteísta.

A revolução em curso na Igreja Católica de uma nova religião com cultos empestados de superstições diabólicas indígenas, teria o estímulo das altas cúpulas eclesiásticas incluindo os estímulos do novo Papa Leao XIV que vem de receber o MST junto com os movimentos sociais de todo o planeta arregimentados pelo anterior Papa Francisco I.

Essa danosa manobra traz entre seus pressupostos a mutilação ou, em última análise, last but not least, a condenação do agronegócio.

Há tempos, as esquerdas insuflam a revolução iindigenistaa agora com preextos climáticos
Vejamos de início este ponto que nos atinge tão de perto, malgrado a desorganizacão da COP30. Cfr. "La Nación".

A América Latina produz alimentos suficientes para mais de 1,3 bilhão de pessoas, ou mais que o dobro de sua população. Isto significa aproximadamente 14% da produção agrícola e pecuária mundial.

É, portanto, um ator fundamental na segurança alimentar global. Mas para a filosofia profunda dos movimentos comuno-ambientalistas mais ativos esses são títulos de condenação.

Esses pretendem golpear o agronegócio transformando as decisões da COP30 em condenações aos grandes produtores de alimentos a quem os promotores mundiais do evento acusam de serem responsáveis pelo aquecimento global.

E, por absurdo que pareça, a Mãe Terra – Gaia ou Pachamama, segundo a ideologia ou a superstição – segundo eles não poderia mais suportar um gênero humano que se multiplicou como o Deus da Bíblia ordenou.

Nossa eficácia produtiva é questionada com o pretexto espúrio de exercer pesar imensamente nas emissões totais de GEE (Gases de Efeito Estufa),.

Apelam para o fato de aproximadamente 45% do total de emissões líquidas de GEE estar relacionadas à agricultura e às mudanças no uso da terra.

Esse fato para quem conhece a Terra é um triunfo da ocupação dela como Deus dispôs já no primeiro momento da Criação.

O gado virou pêssimo esquentador do planeta e o agronegócio deve ser extinto
O gado virou péssimo esquentador do planeta e o agronegócio deve ser extinto.
Impossível maior absurdo!
Então um dos maiores adversários dos fanáticos ambientalistas da COP30 são os produtores agropecuários.

E a atitude dos governos sensatos como a do atual governo americano em relação à ação climática é criminosa, que eles qualificam de inflexivelmente danosa.

A esse estapafúrdio acrescentam eles que os EUA não lhes fornecem as fabulosas somas de dinheiro que estes militantes de hotéis e restaurantes de luxo exigem para cumprir seus mirabolantes e nunca confirmados projetos ecológicos.

A COP30 se configura assim como um teatro aparentemente complexo, mas que no fundo é claro: a luta dos revoltados da ordem da criação contra os homens de bem.

Um exemplo caraterístico foi fornecido pelo site Brasil de Fato, nascido segundo ele próprio para dar voz aos “movimentos populares em 25 de janeiro de 2003, durante o Fórum Social Mundial de Porto Alegre”.

Ele quer ser um site de batalha, ligado à luta planetária comuno-ambientalista contra a propriedade privada e o bem-estar alimentar da humanidade. https://www.brasildefato.com.br/quem-somos/

A respeito do COP30 foi bem claro: “o inimigo é o agronegócio” como escreveu nele o historiador Luiz Marques. 

Indígena não pode progredir e deve ficar nu no mato como numa gaiola para turista ver
Indígena não pode progredir e deve ficar nu no mato como numa gaiola para turista ver
Qual é o crime? De início esclarece que o acusado é o País todo como está organizado: “O Brasil, escreve, figura entre os maiores emissores de gases de efeito estufa do mundo e como a expansão de pasto e monoculturas empurra o país para o colapso climático”.

“Você está tirando a floresta que capta gases de efeito estufa e ainda colocando no lugar pasto […] que gera gases de efeito estufa”, acrescenta o professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) ao Manual de Sobrevivência, podcast do Brasil de Fato.

Marques explora os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo eles dados – e graças a Deus e à nossa sacrificada classe pecuarista – em 2024 havia por volta de 238,2 milhões de cabeças de gado.

“Tem mais boi do que gente no Brasil”, compara como se fosse uma blasfêmia.

“O Brasil tem condições de diminuir as emissões muito mais do que os outros países. O nosso inimigo é o agronegócio”, aponta o historiador, porta-voz desta imensa revolução.

Eis a nova fórmula da luta de classes, desta vez planetária e pintada de verde por fora.

COP-30 na-Amazonia não salvará o planeta mas tentará jogá-lo no comuno-indigenismo
COP-30: não salvará o planeta
mas tentará jogá-lo no comuno-indigenismo
O historiador pró-comunista e entusiasta da COP30 registra como outro mal o fato de o governo federal ter destinado R$ 516,2 bilhões ao Plano Safra 2025/2026.

Esse crédito historicamente está concentrado no agronegócio, e na filosofia anti-humana do ambientalismo radical é ruim porque alimenta a população brasileira e muitos milhões de seres humanos no exterior com alimentos em abundância.

Na filosofia ecologista o aumento da população é um mal e a Terra é incapaz de alimentar a população atual. Dessa maneira acabará como um planeta desértico por esgotamento.

Por isso, o crescimento demográfico segundo uma expressão cunhada nos arraiais ambientalistas é uma “bomba” de tempo que explodirá devastando o planeta.

Então, o número dos homens deve ser diminuído radicalmente.

“O boi e a vaca são ruminantes, eles arrotam metano”, aponta o historiador.

A Comissão Europeia e a Comissão Econômica das Nações Unidas para a Europa (UNECE) indicam que, em um período de 20 anos, o metano representa um potencial assustador de aquecimento até 87 vezes superior ao do diabolizado dióxido de carbono, ou CO2.

E esse seria outro malefício do bem caseiro metano, o gás que faz funcionar a cozinha de milhões de lares.

No esforço de satanizar a carne, o professor citado, parafraseando a seus colegas ideológicos, culpa os bois pelas queimadas também satanizadas na pessoa dos proprietários agrícolas.

“O agronegócio põe fogo: 99% dos incêndios no Brasil são culpa humana”, denuncia. Como o mal que se derivaria disso não pode ser demonstrado ele acusa as estatísticas oficiais de culposamente falseadas:

“O dióxido de carbono que sai dos incêndios não é contabilizado. A degradação [florestal] é extremamente importante e não entra [no inventário]”, declara.

Qual seria a solução segundo Marques e seus colegas ideológicos vermelhos?

Parada indigenista em função da COP30
Parada indigenista em função da COP30
Pois a velha bandeira de Lenine, Stalin, Fidel Castro, teologia da libertação, PT, e tudo quanto é bandeira vermelha comunista: a reforma agrária!

Porém acrescida das bastante esotéricas teorias da ecologia, incluída uma política drástica contra a natalidade, pior que a dos extermínios nazista e comunista.

Então uma reforma agrária que seja agroecológica, com multiplicação dos quilombolas e da agricultura familiar financiados por entidades como o Banco Mundial e ONGs de toda procedência.

E donde está esse modelo. No MST acolhido por Leão XIV!

Para o autor citado, “o Brasil tem o melhor modelo positivo de agricultura do mundo” nas experiências do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST).

COP30 assim manipulada será uma plataforma para a velha utopia vermelha comunista renovada e radicalizada pelo esoterismo verdes ecologistas.

E com a decisiva promoção eclesial, batizada de sinodal, da teologia da libertação da Terra também ela envolta numa miserável tanga indigenista.



domingo, 28 de setembro de 2025

Cúpula dos Povos quer extremismo climático na COP30

Volta ao primitivismo a fórmula para saalvar o planeta
Volta ao primitivismo é a fórmula para "salvar o planeta"?
Luis Dufaur
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A Cúpula dos Povos, coalizão de mais de 700 ONGs do mundo visa uma luta de classes étnica de fundo comunista contra os países civilizados na COP30 (30ª conferência das Nações Unidas sobre mudança do clima, em Belém), noticiou a “Folha de S.Paulo. 

Segundo esta coalizão as COPs anteriores foram um fiasco porque não mudaram o clima.

Aliás, não podia ser diferente porque o homem não pode reger o clima de uma natureza que o supera absolutamente.

Mas o fanatismo ecologista não aceita a realidade e reclama uma ditadura planetária de impostos e controles que afogarão as sociedades organizadas.

Na realidade, sob este palavreado se incubam caprichos ideológicos de teorizadores decepcionados com o fracasso do comunismo.

Por trás do folklore a liderança da esquerdaa que abala nossos países
Por trás do folclore a liderança da esquerdas que arruinam nossos países.
A cooperação - ou manipulação? - vem de longe
O evento que acontecerá entre os dias 12 e 16 de novembro, na Universidade Federal do Pará, em Belém, com a participação de 15 mil representantes, ativistas da ecologia e jornalistas.

Como nas anteriores COP reunir-se-á uma nutrida assembleia de políticos de esquerda e ativistas do meio ambiente pagos pelos impostos ·verdes’ financiados por Ministérios do Meio Ambiente, organismos internacionais, fundações multimilionárias e grandes capitalistas.

Também acontecerá uma assembleia paralela dos contestatários e revoltados do mundo que reclamam a derrubada da civilização e da cultura universal.

O volume de dinheiro gasto nestas gigantescas assembleias está sendo mais uma vez objeto de disputas internacionais, querendo todos passar dias de prazer e luxo com despesas caríssimas cobertas pelos governos.

'Aldeia COP' quer dar o tom do mundo futuro
'Aldeia COP' em Belém quer dar o tom do mundo futuro
Entretanto, o desinteresse crescente de largos setores da opinião pública por essas COP acompanhadas pelo desanimo pode levar a uma frustração de ativistas e jornalistas.

A larga disputa pelas despesas astronômicas do evento pode ocultar a crise do comunismo verde neste evento.

Assim agindo essa coalizão pretende uma revolução monstruosa fazendo convergir demandas de grupos afetados pelas mudanças climáticas (quem não o é?) impondo uma suposta vontade de povos originários e quilombolas que seriam excluídos dos processos decisivos pelos representantes governamentais.

A carta política lançada pelo movimento declara que “os países tomadores de decisão têm se omitido ou apresentado soluções absolutamente ineficientes colocando em risco a meta de 1,5ºC do Acordo de Paris.”

“As conferências se concentraram em objetivos ínfimos de redução de dióxido de carbono e em estratégias a serviço dos interesses das corporações responsáveis por desastres ambientais”, diz Iván González, coordenador político da Confederação Sindical dos Trabalhadores das Américas (CSA).

COP-30 na-Amazonia não salvará o planeta mas tentará jogá-lo no comuno-indigenismo
COP-30 na Amazonia não salvará o planeta 
mas tentará jogá-lo no comuno-indigenismo
Segundo González, sem a união das lutas por justiça ambiental e social, negociações sobre o clima ficam desconectadas dos problemas reais da sociedade. Em seu favor pode aduzir as exigências do Papa Leão XIV por uma justiça “socio-ambiental”.

Seus seis eixos orientadores evocam em tom indigenista as velhas reivindicações marxistas, misturado com o panteísmo e o culto supersticioso da Pachamama.

Eles são: "territórios vivos, soberania popular e alimentar; reparação histórica, combate ao racismo ambiental e ao poder corporativo; transição justa, popular e inclusiva; contra as opressões, pela democracia e pelo internacionalismo dos povos; cidades justas e periferias urbanas vivas; feminismo popular e resistência das mulheres nos territórios.

A escolha por eixos que aliam pautas diferentes é uma tentativa de fugir de caixas temáticas, explica Maureen Santos, coordenadora do Núcleo Políticas e alternativas da Ong FASE - Solidariedade e Educação e membro do comitê político da Cúpula dos Povos.

A Cúpula dos Povos teve sua primeira em 1992, no contexto da ECO-92—ou Rio-92— da ONU. Já paralelamente às COPs, ela aconteceu frente à COP20 em Lima, no Peru, em 2014, por exemplo.

A estruturação rumo à COP30 aconteceu em meio à Rio+20 (conferência das Nações Unidas sobre desenvolvimento sustentável) em 2012, no Rio de Janeiro.

A iniciativa de construir uma contraposição à COP30 partiu de movimentos sociais brasileiros na COP28, em Dubai.

Pressão eclesiástica é expectativa de posição contra capitalismo
Pressão eclesiástica é expectativa de posição contra capitalismo
Entre as organizações que se juntaram à ação, estão Observatório do Clima, Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Coalizão Negra por Direitos (CND) e Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM). Das 700 entidades, 84 são internacionais.

O caos na organização servirá para dizer que os governos dos países civilizados são incompetentes para “salvar o Planeta” e lançar um brado análogo ao do Marx na fundação da hoje velha Internacional Comunista, porém renovada com cores e slogans mais atualizados.


domingo, 24 de agosto de 2025

ONG religiosa articula pressão sobre a COP30

REPAM Lança Cartilha 'ABC das COPS'
REPAM Lança Cartilha 'ABC das COPS'
Luis Dufaur
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A Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM) lançou cartilha para os povos indígenas se engajarem na COP30.

Nela, a pretexto de obstar as mudanças climáticas, visa modelar o futuro do planeta segundo a utopia comuno tribalista.

A REPAM trabalha incansavelmente para articular esses indígenas, ONGs e ativistas das esquerdas na Amazônia, para levar os debates climáticos na COP30 a um objetivo extremista.

A organização integra a Cúpula dos Povos, que prepara uma ordem que arrancará a Amazonia do Brasil e estabelecerá uma nova religião com “missa” panteísta.


domingo, 17 de agosto de 2025

Alemanha entre o colapso e a guerra

Termoelétrica a carvão de Neurath, na Alemanha
Termoelétrica a carvão de Neurath, na Alemanha
Luis Dufaur
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“O crescimento industrial sofreu uma ruptura estrutural. As carteiras de pedidos permanecem vazias, as máquinas estão paradas, as empresas não estão mais investindo”, disse o presidente da Federação das Indústrias Alemãs (BDI), Peter Leibinger.

Isso está levando à mais longa recessão desde a reunificação.

A gerente geral do BDI, Tanja Gönner, repetiu que a Alemanha virou um dos países mais atrasados economicamente da União Europeia.

“As perspectivas são sombrias”, disse, segundo “O Estado de S.Paulo”.

Por sua vez o chanceler Olaf Scholz antes de deixar a função dispôs um custoso rearmamento do país em função do perigo russo que se adensa. 

As principais empresas alemãs anunciaram mais de 60 mil demissões no ano passado, os gigantes industriais lutam contra um ambiente macroeconômico cada vez mais hostil.

Agora, a Alemanha percebe ameaças adicionais vindas do oeste.

O retorno de Donald Trump à Casa Branca trouxe um terremoto tarifário que afeta a exportação de seus produtos para os EUA. Isso teria um impacto inesperado sobre a Alemanha.

Em verdade, essa se beneficiava, como outros países, das barreiras alfandegárias frouxas dos EUA e haviam criado laços comerciais preferenciais com os EUA, recusando os preços e as estratégias sedutoras, mas envenenadas, da China.

Agora em plena crise interna a Alemanha terá que se ajustar a um regime comercial tal vez mais justo, porém subitamente retornado à realidade, que não lhe oferecerá os recursos fáceis de até há pouco.

A Federação das Indústrias Alemãs fez a previsão sombria de que a economia da Alemanha poderá se contrair em 0,5%, só por causa da adequação das tarifas de importação sobre os produtos alemães que os EUA estão fazendo em relação a quase todos os países.


domingo, 10 de agosto de 2025

Suicídio alemão desintegrará a Europa?

Maior farmaceutica do mundo desafia o apagar de luzes, mas se prepara para cortes históricos
Maior farmacêutica do mundo se prepara para cortes históricos 
Luis Dufaur
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Angela Merkel, quando chanceler, enganou a Alemanha com as ideologias da “energia verde” e do “CO2 zero”. Esse ‘fuhrer’ verde que não parecia extremista da esquerda ecológica, hoje é vista assim embora eleita por um partido de “centro-direita”.

O jurista Drieu Godefridi, autor de “O Reich Verde” resumiu o legado devastador dessa falsa conservadora: 

1) islamização do país;

2) subordinação energética à Rússia;

3) destruição do patrimônio nuclear.


Segundo o autor, se Merkel fosse um agente russo, não teria agido de outra forma e não teria jogado a Alemanha num acelerado empobrecimento. O livro de Godefridi é uma alerta contra outros falsos conservadores.

O PIB alemão se contrai rumo à aniquilação industrial.

A BASF, líder do setor industrial germano desde 1865, opera 200 fábricas com 39 mil pessoas em Ludwigshafen.

Em 2024, fechou uma das suas duas unidades de amônia e deixou várias outras ociosas no mesmo local com perda de 2.500 empregos, explica a Chemical and Engineering News.

A BASF vinha de um encolhimento significativo em 2023, com as vendas despencando 21,1% e os lucros ajustados 60,1%. Ela anunciou planos para novos cortes de mais US$ 1,1 bilhão e de mais empregos.

O establishment alemão enfrenta uma revolta crescente da população, conforme mostra a ascensão do partido de direita AfD, que exige que a Alemanha diga adeus aos mitos da energia verde que estão destruindo a sua indústria.

Sem fornecimento estável de energia a Thyssenkrupp demitirá 11.000 operários
Sem fornecimento estável de energia a Thyssenkrupp demitirá 11.000 operários
A direita alemã porém não aprendeu do desastre provocado por Merkel. As pesquisas de opinião previram o desastre verificado da esquerda, enquanto a CDU/CSU de centro-direita e a AfD de direita continuaram sua ascensão.

A centro-direita e a direita deveriam convergir na política porque juntas têm uma grande maioria, mas o centro-direita recusa absolutamente governar com a AfD.

Num auge da ilogicidade, a CDU pensou em governar com os Verdes, a extrema esquerda mais radical da Europa.

O movimento de destruição dos recursos energéticos da Alemanha sonhando com a depois fracassada dependência do gás russo revelou uma massiva convergência ideológica: a CDU e os Verdes acreditam numa Energiewende (“transição energética”).

Essa pretende a substituição dos combustíveis fósseis e da energia nuclear pelas "energias renováveis", principalmente eólica e solar, que são intermitentes, caras demais e dependentes das mudanças do tempo.

Os painéis solares produzem menos em dias nublados e as turbinas eólicas geram menos em períodos de ar sereno. Não há, portanto, uma produção estável de energia.

A CDU tida até agora de centro-direita faz o haraquiri que pede aos berros a ideologia ambientalista. Acompanha ao maior grupo político do Parlamento Europeu, que se acreditava conservador, mas nomeou Ursula von der Leyen como chefe da Comissão Europeia.

Ela empurra a economia da União Europeia ao colapso. Enquanto a indústria desaparece, o islamismo prolifera. Ela se assanha por uma “transição energética” e uma mítica Europa de carbono zero, e na prática só aplica mais regulamentações superando todas as outras civilizações juntas.

Protestos sindicais contra fechamento de fábricas da Volks
Protestos sindicais contra fechamento de fábricas da Volks 
Essa política é um mito absoluto, insiste “O Reich Verde”. A “Europa carbono zero” não funciona, e ainda que funcionasse, não mudaria a proporção do CO2 na atmosfera.

Ainda que a Europa deixasse de existir não haveria quase diferença nas emissões globais de CO2 pois seu efeito sobre o clima, ali sim, seria zero.

A Alemanha se hipnotizou com mitos pouco melhores do que os séculos anteriores e se precipita à ruína levando consigo toda a Europa.

E o fanatismo dos mitos verdes é maior daquele que fazia marchar as SS e as cruzes gamadas ébrias de extinção final.


domingo, 3 de agosto de 2025

Europa desaba sob a tirania das energias alternativas

'O Reich Verde': um livro denúncia da autodestruição da Alemanha
'O Reich Verde': um livro denúncia 
da autodestruição da Alemanha
Luis Dufaur
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O jurista e filósofo, diretor do PAN Medias Group Drieu Godefridi é autor do livro “The Green Reich – Global Warming to the Green Tyranny” (“O Reich Verde – Do aquecimento global à tirania verde”, Texquis, 2020; Armada) que aponta a dependência de fontes de energia não confiáveis (eólica, solar), que combinada com a prcipitada eliminação da energia nuclear, fez da energia elétrica da Alemanha a mais cara da Europa.

O quadro geral alemão compromete a autonomia energética do país, e, em última análise, do continente europeu, escreveu na página do reputado “Gatestone Institute”. 

As condições climáticas caem drasticamente em períodos que ocorrem todos os anos. A produção de energia não pode se basear nos caprichos do sol (quase ausente no inverno alemão) nem nos sopros de Eolo.

A submissão a esses caprichos produz repercussões econômicas e ambientais de longo alcance, transtornando a política energética baseada em energias intermitentes. Essas verdades diretamente ligadas à natureza não interessam aos arautos ecologistas salvadores da própria natureza.

A Alemanha passou a ser uma das maiores emissoras de carbono e consome a energia elétrica mais cara da Europa que, aliás, é insuficiente para sua indústria que caiu no vermelho.

O país perdeu a sua autonomia energética, que equivale a um homem não dispor de oxigênio para respirar em virtude de teorias notoriamente falsas.

Nos últimos quinze anos, a Alemanha investiu maciçamente em energia solar e eólica, e sabotou enlouquecidamente suas usinas nucleares. Em 2023, as energias renováveis representavam 55% da produção de eletricidade do país. Em 2022, eram 48%.

A energia eólica tem 31% da produção total e a energia solar 12%, biomassa 8% e outras fontes renováveis, como a hidroeletricidade os 3,4% restantes.

No primeiro semestre de 2024, a energia renovável forneceu quase 60% da eletricidade alemã. Porém com momentos de crise no fornecimento como o “Dunkelflaute”.

Governo aprovou a extinção das usinas nucleares
Governo aprovou a extinção das usinas nucleares
Essa palavra dura para ouvidos brasileieros se traduz por “calmaria branda e escura”, quer dizer a falta de vento e de sol no inverno quando a demanda atinge o ápice. O “Dunkelflaute” então pode durar alguns dias a várias semanas quando a produção eólica e solar despenca para menos de 20% de sua capacidade, chegando às vezes a zero.

Em 12 de dezembro de 2024, a produção alemã de energia elétrica oriunda da energia eólica e solar ao atendia a 1/30 da demanda.

As políticas renováveis seriam aceitáveis se fossem estáveis, como o é, em oposição, a energia nuclear. Mas, desde 2011, na onda midiática entorno do desastre de Fukushima, o país decidiu fulminar a energia nuclear e fechou usinas em pleno funcionamento.

Extinguiu a energia elétrica estável e previsível ficando penosamente vulnerável às flutuações das energias renováveis.

Em suma, na Alemanha quando não há vento nem sol, há apagão, acrescenta o prof. Godefridi..

A Alemanha ficou incapaz de se mover por falta de energia suficiente, especialmente durante o “Dunkelflaute”. Então entra na correria para importar energia elétrica da França, da Dinamarca e da Polônia, e multiplica o consumo dos famigerados carvão e linhito para termoelétricas poluidoras.

Com mais um resultado absurdo: aumentos nos preços da energia elétrica que são realmente impressionantes. Em 2024, uma família teve que pagar o preço mais alto da Europa: € 400/MWh, com picos de € 900/MWh durante o sinistramente cômico “Dunkelflaute”.

Os preços médios na França e na Finlândia foram de € 250/MWh no mesmo período (2024), a metade portanto, porque dependem de reatores nucleares. E nos EUA, as taxas são 30% mais baixas do que na França, também por causa das nucleares.

Intensa propaganda 'verde' fez banir a energia nuclear e pos em crise a Alemanha
Intensa propaganda 'verde' fez banir a energia nuclear e pos em crise a Alemanha
Viva! Entramos no maravilhoso mundo para afundar “sustentavelmente” a Europa no precipício da carência e da desgraça. O modelo “sustentável para o planeta”, proposto pela seita vermelho-verde.

Em vez de líder contra o CO2 como pretextado, a Alemanha foi o segundo maior emissor de CO2 por unidade de energia produzida na Europa: dez vezes mais que a França.

Os altos preços estão levando à relocação das indústrias alemãs que procuram localidades mais acessíveis economicamente. Como os produtos alemães poderão ser competitivos quando se paga três vezes mais pela energia elétrica do que a concorrência? O gás natural é cinco vezes mais caro que na Europa e nos EUA.

Colapsam setores inteiros da orgulhosa indústria alemã. Primeiro as grandes empresas, VW, BASF, Mercedes-Benz, mas essas desaparecem ou encolhem levando junto um monte de pequenas e médias empresas para o buraco.

Os altos preços da energia alemã geram cada vez mais frustração.

O famigerado “Dunkelflaute” não é um mero problema econômico: por trás há o assalto de uma ideologia autoritária e irracional.

Anúncio da demissões em massa na Volkswagen gerou terremoto social
Anúncio da demissões em massa na Volkswagen gerou terremoto social 
Há anos este blog vem ecoando cientistas e analistas que julgavam que a Alemanha parecia ter ficado louca. Terá soado exagerado. Agora a realidade arromba as portas de lares e empresas germanas.

A Alemanha perdeu a autonomia energética, e, em última análise, alastra o continente a um precipício. As consequências estão sendo das mais variadas: os vizinhos estão fartos de uma tão estúpida falência energética, em virtude de um diktats irracional.

O gigantesco passo em falso da Alemanha provoca uma catástrofe europeia e em última análise, da civilização ocidental ex-cristã.


domingo, 27 de julho de 2025

Carros elétricos pegam fogo e afundam navios que os transportavam

Incêndio do 'Morning Midas' custou 3 bilhões de dólares
Incêndio do “Morning Midas” custou 3 bilhões de dólares
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







O navio “Morning Midas” que escoava 3.000 veículos chineses para o México pegou fogo no Oceano Pacífico. Segundo a gestora do navio, Zodiac Maritime, as chamas começaram entre 800 carros elétricos, informou a “Folha de S.Paulo”. 

Em 2020, o “Hoegh Xiamen” sofreu perda total em incêndio análogo; em 2022, afundou o “Felicity Ace” com 4.000 carros de luxo; em 2023 pegou fogo perto da Holanda o “Fremantle Highway” com 3.000 carros; e em 2024 ardeu o “Genius Star XI” levando baterias de lítio para San Diego, acrescentou o bem documentado blog “Mar sem fim”. 

Diante desses episódios, a indústria marítima global acendeu o alerta vermelho. Para a seguradora gigante Allianz, essas baterias essenciais nos carros elétricos trazem novos e graves riscos.

Os veículos elétricos usam baterias de lítio que podem superaquecer e causar incêndios que se espalham rapidamente, produzindo gases tóxicos, tornando-os difíceis e perigosos de extinguir.

Muitos protocolos de segurança contra incêndio a bordo das embarcações não foram projetados pensando nos EVs ou electric vehicles, que funcionam com baterias de lítio.

Sistemas de supressão de incêndio com inundações de CO2 podem não ser suficientes para incêndios de bateria de alta temperatura e auto-sustentáveis.

De acordo com a Special Provision 961 do Código Internacional de Mercadorias Marítimas Perigosas os veículos alimentados exclusivamente por baterias de lítio – ou veículos elétricos híbridos com baterias de lítio e motores de combustão – não estão sujeitos às disposições do Código, desde que atendam requisitos específicos de segurança.

Esta isenção permitiu que muitos veículos elétricos fossem tratados no transporte marítimo como mercadorias não perigosas.

“New York Times” informou que as baterias de lítio também representam riscos para as viagens aéreas, prossegue o blog citado. Nos últimos meses, a Southwest Airlines e várias companhias aéreas na Ásia reforçaram as restrições ao uso e transporte aéreo dessas baterias.

O 'Hoegh Xiamen' queimado pelas carros elétricos deu perda total

As proibições na Ásia entraram em vigor depois que um incêndio destruiu um jato de passageiros em um aeroporto na Coreia do Sul em janeiro de 2025.

Washington Post” publicou uma declaração de Sean De Crane, diretor da Associação Internacional de Bombeiros, que explica melhor as dificuldades:

Os incêndios elétricos em navios são notoriamente difíceis de apagar, resistindo aos efeitos dos extintores tradicionais à base de espuma e pequenas quantidades de água. 

Isso ocorre porque os incêndios de bateria de lítio após um acúmulo excessivo de calor se espalham de uma célula de bateria para outra, e desta bateria para a próxima.

Segundo o Lithium Safe, em 1º de julho de 2019 um submarino nuclear secreto russo AC-31, o Losharik, sofreu um incêndio mortal e uma explosão a bordo enquanto operava debaixo da água no Mar de Barents. 14 oficiais morreram.

O Losharik aparentemente tinha uma bateria de lítio mais moderna, semelhante às que são usadas em automóveis elétricos.

À princípio, a causa do incêndio foi um curto-circuito que ocorreu enquanto o submarino estava atracando na sua nave-mãe, Podmoskovye. Isso levou a uma dissipação do calor da bateria de lítio, que posteriormente explodiu e pegou fogo.

O Incêndio do submainho espião russo 'Losharik' foi atribuído as baterias de lítio
O Incêndio do submarino espião russo 'Losharik' foi atribuído às baterias de lítio
Em 7 de setembro de 2018, ocorreu um incêndio na garagem do super-iate My Kanga, ancorado na zona costeira da Croácia. Em menos de 25 minutos as chamas atingiram o convés superior e em seguida houve as explosões destruidoras.

A investigação de segurança publicada em 2019 concluiu que o incêndio foi provavelmente causado pelas baterias de lítio.

E por qual motivo estas baterias são tão perigosas?

O risco vem de um fenômeno chamado ‘fuga térmica’, quando a temperatura de uma bateria aumenta incontrolavelmente, levando a incêndios, explosões e à liberação de gases tóxicos.

O site especializado Cars Coops informou que algumas companhias de navegação, como a norueguesa Havila Kystruten, se recusam a transportar veículos elétricos, julgando que o risco é muito alto, conclui “Mar sem fim”. 


domingo, 20 de julho de 2025

Brasil pode ter 20 mil espécies desconhecidas

Espécie Sakesphoroides niedeguidonae foi descoberta na região de Caatinga
Espécie Sakesphoroides niedeguidonae foi descoberta na região de Caatinga
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs








Entre os tesouros que a Providencia depositou ao Brasil encontra-se uma fabulosa riqueza de espécies animais, vegetais e ictícolas que os cientistas até agora nem conseguem mensurar e classificar.

Uma pesquisa inédita conduzida pelo cientista Mário Moura, doutor em ecologia e professor visitante do Departamento de Ciências Biológicas da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), revelou que o País lidera a lista de países com maior potencial para descoberta de novas espécies de animais vertebrados terrestres.

Macaco Zogue-Zogue Rabo de Fogo, descoberto em dezembro de 2010
Macaco Zogue-Zogue Rabo de Fogo, 
descoberto em dezembro de 2010
Publicado na Revista Nature Ecology and Evolution , em 22 de março [2025], o artigo Shortfalls and opportunities in terrestrial vertebrate species discovery, foi produzido junto com Walter Jetz, do Departamento de Ecologia e Biologia Evolutiva da Universidade de Yale (EUA), e citado por CAPES [Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, do Ministério de Educação].

Moura explica que o País abriga duas grandes florestas tropicais do planeta: a Amazônia e a Mata Atlântica que com outras no continente Africano e na Indonésia, podem abrigar quase metade de todas as futuras descobertas do planeta.

“Isso indica o quão rica é a biodiversidade de florestas tropicais no planeta todo”, observa o pesquisador.

E, acrescentamos nós, quão exageradas resultam muitos alarmismos ecologistas pelo perigo de extinção por algumas poucas espécies.

Desde 1758, ano em que foi iniciada a catalogação formal, cerca de 1,8 milhão de espécies foram descritas em todo o planeta.

Bico-chato-do-sucunduri (Tolmomyias sucunduri) é um pássaro encontrado no sul do Amazonas, na região do Sucunduri
Bico-chato-do-sucunduri (Tolmomyias sucunduri) 
pássaro encontrado no sul do Amazonas, na região do Sucunduri
Outras estimativas apontam a existência de aproximadamente 10 milhões ainda por descobrir. 

Alguns exemplos de descobertas recentes divulgados pela CNN Brasil: 

Poaieiro-de-Chico Mendes (Zimmerius chicomendesi), foi registrado pela primeira vez em 2009, no sul do Amazonas, dentro da Floresta Nacional de Humaitá.

Macaco Zogue-Zogue Rabo de Fogo, descoberto numa expedição do WWF-Brasil em dezembro de 2010 ao noroeste do Mato Grosso. Teve seu nome “miltoni” dado em homenagem a um dos maiores primatólogos brasileiros, o cientista Milton Thiago de Mello

O pássaro Cantador-de-Rondon (Hypocnemis rondoni), nomeado em homenagem ao antropólogo, explorador, indigenista e marechal Cândido Rondon, encontrado no Sul do Amazonas

Rapazinho-estriado-do-oeste (Nystalus obamai), pássaro cujo nome homenageia o ex-presidente estadunidense Barack Obama e que foi encontrado numa área enorme entre o Brasil, Peru e Equador

Lula rara vista pela primeira vez nas profundezas do oceano
Lula rara vista pela primeira vez nas profundezas do oceano
Boto-araguaiano (Inia Araguaiensis), encontrado em 2014 na bacia do rio Araguaia, tem características moleculares e medidas do crânio diferentes dos botos encontrados na bacia do rio Amazonas

O Acari-de-Bola-Branca (Spectracanthicus zuanomi) é encontrado no rio Xingu, no Pará, na área de influência da hidrelétrica de Belo Monte. Este animal, portanto, já nasce ameaçado e corre o risco de muito em breve entrar em risco de extinção.

Pássaro Cantador-de-Rondon (Hypocnemis rondoni)
Pássaro Cantador-de-Rondon (Hypocnemis rondoni)
A perereca Pristimantis jamescameroni ocorre apenas no estado de Bolívar, na Venezuela, em tepuis com mais de 2,5 mil metros de altitude. Seu nome é uma homenagem ao diretor de cinema James Cameron, que atua em causas ambientais.

O Bico-chato-do-sucunduri (Tolmomyias sucunduri) é um pássaro encontrado no sul do Amazonas, na região do Sucunduri, onde o WWF-Brasil mantém projetos de conservação.

domingo, 11 de maio de 2025

Fracasso no horizonte da COP30 em Belém

Demagogia do 1.5º convenceu a muito poucos
Demagogia do 1.5º convenceu a muito poucos
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







O programa Copernicus da União Europeia achou que 2024 foi o primeiro ano com temperatura média 1,5ºC acima de tempos pré-industriais.

Na perspectiva ambientalista esse número é intolerável e frustrante pois patenteia que ficou impossível aos governos, ONGs, mídia, organismos internacionais leigos e religiosos cumprirem as promessas feitas no Acordo de Paris (2015).

As dezenas de milhares de militantes, diplomatas e lobistas que fruem todas as benesses de cada custosíssima assembleia anual COP da ONU, pedem mais milhões para eles e mais leis esmagadoras para extorquir e “conscientizar” os simples mortais

Três décadas de despesas milionárias e alarmismo invasivo resultaram em nada, ou pouco mais disso.

Para os entendidos não será possível resolver o engodo na COP30 de Belém.

Mudança climática virou pretexto para uma meta ideológica inconfessada
Mudança climática virou pretexto para uma meta ideológica inconfessada
Então, descarregam seu mal humor num governo tão amigo quanto o de Lula em políticas climáticas que falou em explorar petróleo na bacia amazônica.

A procura de petróleo na Amazônia poderia ser muito benéfica para o Brasil, mas é incompatível com o Acordo de Paris.

Vibram os alarmistas dizendo que poderá dar prejuízo e ser inviável climática e economicamente se apoiando nas análises ambientais do Ibama, oposto por princípio a essa exploração.

EPE e Petrobras estimam que a extração do vituperado combustível começaria após 2030 e atingiria um pico de 300 mil barris diários 14 anos depois.

Assim, perto da década de 2050 em que – exige o socialismo ‘verde’ – as emissões de carbono já deveriam ter sido eliminadas radicalmente para atingir o objetivo de Paris — na prática deveria ter desaparecido a queima de carvão, petróleo e gás.

Dito em termos ecologistas, deveria ter culminado a “transição para além dos combustíveis fósseis” enunciada na declaração final da COP28 em Dubai (Emirados Árabes), em 2023.

Exageros manipulando panico de aquecimento não cesam
Exageros manipulando pânico de aquecimento não cessam
Mas, a expressão, dogmática até então, desapareceu do comunicado final da COP29 em Baku, Azerbaijão.

Numa ótica ambientalista, a análise retrospectiva não edulcorada ou voluntarista do que se alcançou até aqui é muito amarga.

As emissões mundiais de carbono e a concentração de CO2 na atmosfera não diminuíram.

Antes bem os frios números apontam o fracasso da utopia.